quinta-feira, 31 de outubro de 2013

CRIANÇA DESAPARECIDA, COMPARTILHEM!


CONSCIÊNCIA VITAL OU MORTAL?

É possível, contemplar um caminho convencionado por noções diversas, e concluir com convicção que morte ocorre pela falta de vida. No entanto, surge um novo problema: o que é vida? Como compreender a complexidade do questionamento: se existe vida após o fenômeno do nascimento? Ou, estamos realmente vivendo, somente pelo fato de estarmos condicionado ao nascimento? O que realmente nasce e o que é que a morte extingue? Quais as características dos “seres viventes” que os diferencia dos supostos “não-viventes”? Consciência e mente deveriam ser pontos de observações decisivas nessa diferenciação. No entanto, foi inspirado um suposto convencimento que a matéria, é considerada privada de vida, neste contexto, como os pensadores a relacionam no contexto da produção de vida consciente? Há de se destacar que as subpartículas se fazem presentes, da mesma forma, em elementos inanimados como a água, em uma barra de ferro, como também nos elementos animados (seres condicionados vivos) em qualquer tipo de vegetal ou animal, inclusive e principalmente no Homo sapiens sapiens. Por que é difícil entender os complexos processos eletroquímicos do cérebro do homem, com seus mais de cem bilhões de neurônios, no contexto de produção do fenômeno consciência? Então novamente questiona-se, o que se concebe como consciência e o que se entende como mente? É possível concluir que a manifestação consciente deveria ou é o próprio cérebro, já que este fenômeno é produzido por ele ou transcende dele, sem levar em consideração todas as partículas físicas?
Desde que o cérebro encontrou mecanismo para examinar e tecer conclusões do “cérebro”, um questionamento é incessantemente feito e respondido pelo ser duplamente sábio: qual a possibilidade de existir, uma diversificada forma ou não de consciência após o desencadear do fenômeno morte do corpo físico? No contexto dos estudos da neurociência, não se alcançou até o momento, nenhuma resposta plausível para esse humano questionamento. Porém, é curioso observar que não se tem nenhum vestígio que comprove, como também que não o confirme. Ou seja, é considerado por alguns pensadores que a “consciência se baseia nos fenômenos quânticos que ocorrem nos microtúbulos, componentes dos neurônios”.
Até este momento, não se conseguiu chegar a um consenso plausível, tão pouco na confecção de um rol de parâmetros que consigam de forma convicta, classificar o que se busca entender como seja um ser vivo. No entanto, já se considera no universo científico a possibilidade de considerar que o que pode se denominar de vida, está vinculado no plano subatômico sendo que o próprio quantum poderia ser a unidade fundamental da consciência. Diante dessa complexa interpretação e recepção da racionalização de vida desenvolvida pelos homens, se vincula num contexto abstrato de necessidade, no que tange a existência de um ser divino sobrenatural, como Vida e Consciência que estão propagadas por todos os lugares do Universo e lugares ainda não contemplados.  
Na contemporaneidade a Ciência da Biologia conceitua essência vital como aquela entidade que desenvolve a capacidade de constante metamorfose e de se reproduzir constantemente. Algumas doutrinas utilizam o termo científico autopoiese ou auto-criação. A fascinante autopoiese se tipifica como um mecanismo organizado sistêmico, onde os sistemas, em um contexto uno criam e conservam a força e ação de seus íntimos  componentes. Cria-se então a racionalização que o planeta em que vivemos se tipificaria como uma essência viva e auto-organizada, em constante metamorfose.
No que se releva pelas tradições sócios-religiosas, a noção de vida ultrapassa a sua essência física. A entidade vital é algo que transcende corpo físico e que num suposto momento condiciona-se a “habitá-lo”, ou seja, a dar-lhe vida. No contexto da medicina chinesa é ensinado que a essência vital origina-se no momento que o “imaterial” se vincula intimamente ao material. Para a Ciência da Psicologia Analítica, o ser humano contém diversas coisas que nunca conquistou por si mesmo, mas que recebeu como herança de seus ancestrais. Ao nascer, o Homo sapiens sapiens supostamente carregaria uma espécie de esquema já definido de seu ser, seja como indivíduo ou no contexto característico de espécie humana. Expressa-se com convicção que o estado da consciência não se origina independente, mas emerge das profundezas desconhecidas, acorda gradativamente emanando do extremo estado do sono, da sua condição transcendente de inconsciência.
Se fundando na noção científica contemporânea de que não se concebe uma racionalização de um corpo individual condicionados aos limites do espaço. Eis, que todos os corpos são por natureza, interdependentes. Ou seja, um conjunto de ações e reações viventes vinculados, onde a entidade vida e o estado de consciência se concebem a partir de diversificadas maneiras, ocultadas no universo quântico. Forma-se então uma plausibilidade, que a essência vital é uma propriedade do Universo em geral, vinculada a todos e a tudo. Considerando, que a entidade vida é Una, ou seja, um acontecimento que está submerso na totalidade da manifestação. Chega-se a uma plausível conclusão, que para que algo morra existe a necessidade que tudo morra.
Diante destas explicações, se observa uma reflexão que resumem o contexto da vida e morte na Rede da Vida vislumbrada na psicologia junguiana, que cita que a morte de qualquer ser humano diminui qualquer homem, porque não importa se sou eu, você ou outrem, eis, que todos estão associados na humanidade. Neste contexto esta filosofia estabeleceu como ponto comum o homem. No entanto se ela fosse elaborada contemporaneamente ela contemplaria como referencia todos os elementos do planeta e pr efeito do Universo.
Existe neste contexto, uma plausibilidade que a ciência contemporânea estreitou proximidade com as grandes tradições místicas. No contexto filosófico delas, a morte não se tipifica em literal fim e a vida após o evento terminal é um fato. A crença propagada na existência da morte, como extinção individual, desencadeou a não contemplação de um longo período, e corrompeu o mundo todo. Não se planeja mais o tempo futuro, pois, simplesmente se vive ambicionando os prazeres e desejos íntimos do ego. A natureza do sistema capitalista é um condicionamento de vida provedora de desejos insaciáveis. A quinta raça está destruindo a Terra e a si mesmo. Supostamente se concretiza que não existe a morte como naturalmente a consideramos. A morte ganha vida, simplesmente porque não se desenvolveu uma racionalização plausível e absoluta do que a vida é realmente. Isto se deve ao fato que ainda nos encontramos em um estágio onde os inconscientes da vida se dispõem no contexto de sua ausência de morte.
Diante dessa superficial contemplação, se demonstra agora, que os que questionam o que ocorre após a morte ingenuamente o racionalizam por não lhes ter ocorrido nada no período de desfrute da vida. Dentro deste suposto universo de Tánatos, onde se contempla tudo, mas não se chega a conclusão alguma, ocorreria a necessidade de um nascimento que transcenda o que é concreto e condicionado, para que o ciclo vital nos entremeie em sua abundância. Ao se alcançar o conhecimento sobre a essência vital, se descobre o renegado macro universo da morte. O reino de Tánatos é simplesmente uma transição de um estado em constante metamorfose da consciência para outro que possui um ciclo semelhante, sendo que a única coisa que morre é a própria morte.
Isto se dá, porque o que antes pertencia a um corpo hoje, amanhã pertencerá a outro. E continuará este ciclo, até se findar a energia matriz, que dá existência as menores e ainda desconhecidas partículas que formam a essência de um átomo, ou outra coisa que se consiga descobrir.

Diante disto, é plausível que o pai viva no filho. Que exista uma reencarnação, transmigração, vida eterna ou outro fenômeno pregado pelo misticismo. Porém, sob outra forma, isto porque, o corpo físico morre, fornecendo seus átomos e energia a outros seres. O que morre é a carne. Mas a existência continua. Quanto à alma ou consciência, isto também não morre, porque é energia propagada. 

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A VIDA E A MORTE NO ESPAÇO/TEMPO


Diante da complexa exposição toca a luz da racionalização sobre a morte, desenvolvida no contexto da aurora cartesiana, que contempla que tudo pode ser previsto, quantificado e compreendido, mas que é recepcionada por muitos como um disparato utópico. Nesta mesma racionalização cartesiana, se tipifica que o tempo é linear e a morte não é um antagonismo consequente da vida, mas sim do nascimento. Numa plausível realidade os fenômenos do nascimento e da morte se contemplariam simplesmente como marcos referenciais no ciclo vital de um ser.
Supostamente, as racionalizações contemporâneas do universo de Tánatos se fundamentam em noções formuladas, observadas como imperfeitas pela Ciência da Física contemporânea, como a existência de um elemento que preenche um espaço e que dura por um período temporal. O que é que se extingue? Dentro de observações científicas experimentais, o “estado terminal” se desenvolve em todo momento e no que tange todo o suposto ciclo vital, não se configurando em um simples fenômeno que se finda, como se poderia racionalizar. 
No plano celular, distante de se configurar como uma catástrofe, o fim do ciclo celular é uma realidade que integra um complexo processo de aprendizagem e de auto-organização identificado como apoptose. Concebida, já no início do processo embrionário, a apoptose se tipifica como uma espécie de “suicídio celular”, que abrange, desde a desagregação dos dedos dos pés e mãos, até a extinção em grande escala de uma superpopulação de células de defesa, que se encontram sem função, após combater e destruir um agente patológico.
Este condicionamento de “se suicidar”, distante de ser um acontecimento raro é uma regra que possui a dependência e a todo instante da necessidade capaz de buscar no ambiente interno do organismo referenciais energéticos e informativos que a impossibilitem. Esse natural condicionamento dinâmico de promover uma espécie de comunicação temporária com o mundo interior, no contexto de um diálogo vitalício entre populações celulares é dentro de uma plausibilidade científica o mecanismo primordial por prover a vida e afastar, instante a instante, o fato gerador do “suicídio”.
Diante deste processo, o fenômeno apoptose é o responsável pela incessante manutenção renovadora do complexo corpo humano. Que se tipifica em uma constante sucessão de um estado que pereceu para um estado renovado perfeitamente ao original. Um exemplo deste processo é a mucosa do estômago que constantemente se renova, sempre dentro de um período de uma semana. A pele inteira sofre este processo de renovação no período cíclico de um mês. Os ossos sofrem este processo cíclico de renovação no contexto de noventa dias aproximadamente. O fígado em aproximadamente em um mês e meio, etc.. Sendo assim, é notório que o corpo físico do ser humano, com seus incontáveis números de átomos, substitui espontaneamente aproximadamente 98% desses elementos, todos os anos solar, de modo que no tanger de cinco anos solar/gregoriano aproximadamente, todos os átomos do corpo humano se tornam livres a vagarem pelo planeta, enquanto outros, que vagavam livres, são recepcionados e condicionados por reações químicas e físicas a estruturarem o nosso corpo físico.
O corpo físico supostamente “morre” dentro de períodos convencionados de cinco anos solar/gregoriano. Diante deste fato se questiona: o que é que permanece? Nem os átomos escapam deste processo terminal. Pois, até eles possuem um tempo de existência, que varia de elemento químico, para elemento químico. As energias também sofrem este processo. Porém, não percebemos, porque a vida delas muitas vezes é de milhares de anos ou porque, nunca consideramos um átomo ou uma energia como portadora de “vida” apesar  de existirem. Pois, vida para nós, é andar, falar, mover-se,..., é um condicionamento natural terráqueo.      
É fato que o corpo físico está em incessante processo de recepção e substituição de seus átomos, com o ambiente que faz parte. Seja pela respiração, ingestão e eliminações. Dentro deste raciocínio a pele não se comporta como um limite externo. Neste contexto se reflete sobre em que instante de nossa existência, o que pertencia ao Universo começou a pertencer ao corpo?  Em que instante vital o que fazia parte do corpo passa a ser do Universo? A grande questão é: o que pertence ao Universo e o que pertence ao corpo vital? Diante desta exposição ao nos detemos a refletir sobre isto, observamos que tudo que se manifesta não contempla nenhuma individualidade. Sendo assim, é plausível que toda a criação deslumbrada é impermanente, impessoal e interdependente, ou seja, é um conjunto de elementos.
Outro fator complexo para a concepção humana atual diz respeito ao reino de Cronus. Segundo a ciência contemporânea que chegou a uma plausibilidade que o tempo não tem um espírito absoluto, da mesma forma como o espaço. É possível, que não exista algo no que tange um tempo linear. Eis que o tempo está intimamente relacionado aos sentidos humanos, sendo parte do homem racional, de nossa psique. O homo sapiens sapiens é o único ser conhecido consciente e com sensibilidade no planeta Terra que possui alguma percepção do que se contempla como tempo linear. A partir desta observação, nascimento e morte, para a Ciência da Física contemporânea são raciocínios construídos inconscientemente pela psique dos seres da raça de ferro, fundamentado em uma interpretação do tempo no patamar de absoluto que está contido em um suposto contexto real exterior ao ser humano. Hipoteticamente, nem esse tempo absoluto, tão pouco essa realidade exterior existem. Sendo que uma suposta noção de “momentos” que fluem unidirecionalmente é uma particularidade da psique do homem, que involuntariamente interpreta a realidade que nos cerca e influencia, demonstrando-nos o “universo da mente”. Um universo que mente, ou um mundo ilusório.
Para alguns filósofos e cientistas a única convicção que é plausível é que o passado existe. Isto se dá devido o tempo presente ser extremamente passageiro, a ponto de não ser detectado pela percepção, ocorrendo o mesmo com o que tange o futuro, mas de forma complexa. Mas, existem seres racionais que se vinculam ao tempo passado, convivem com os erros e consequentes arrependimentos, magoas e com momentos que marcaram positivamente, que vivem nesse passado. Perdem a noção de viver o estado presente, alimentando a certeza de que o tempo presente é uma espécie de raciocínio que processa a ideia de “futuro do passado”. A partir desta exposição a Ciência da Psicologia contemporaneamente demonstra que o estado passado se condiciona eternamente no tempo presente. Sendo que todas as ideias inter-relacionadas que possuem um denominador emocional comum, o qual influencia significativamente as atitudes e comportamentos de um indivíduo que nos acompanham no tempo presente. Nesta perspectiva, passado perde sua natureza, não sendo mais o passado. Ou seja, viver no passado, do passado e pelo passado é um fator condicionante de involução e evolução ao mesmo tempo e espaço. Se desvincular do passado é um grande passo para se contemplar qualquer novo horizonte. No entanto desvincular é diferente de esquecê-lo, pois, é ele que possui as gêneses das experiências, que servirão para dar segurança ao desbravamento de novas circunstâncias. 
Partindo da noção leiga que recepcionamos a ideia de “presente”, concluímos o que se concebe que é “o passado”. A partir desse comum fato, a única concepção plausível que se concretiza é um eterno presente. Já a vida deveria ser os fatos que nos permeiam enquanto recordamos do passado ou articulamos planejamentos para o tempo futuro, ou seja, na concepção do budismo tibetano: o presente é real.
Na concepção estruturada de alguns físicos, no contemporâneo deslumbre de um tempo não-linear, os episódios cotidianos da vida nos precedem e não se produz nada inovador. Eis, todas as coisas já existem, sendo assim, elas apenas sofrem um processo de redescobrimento. A filosofia platônica considera que aprender é só uma circunstância relacionada a recordar. Não muito diferente, o pensamento hegeliano observou a perspectiva onde nada que exista é verdadeiramente novo. Neste contexto, não existe o passado nem o futuro. Ou seja, é possível admitir que o estado presente sempre carregasse involuntariamente em sua estrutura todo o estado passado. Eis, que isto é possível, porque é o produto final dele, e introduz no mesmo momento toda a potencialidade para o futuro. O brilho das estrelas e a própria existência humana, nos transmitem uma lembrança velada do Universo. Os seres da quinta raça são fragmentos residuais de estrelas que já desapareceram. Cuja vagante luz, permite visualizar a resenha de suas passadas existências. É possível desenvolver uma noção, a qual a Natureza contempla uma intima, única e complexa forma de “memória”.  No deslumbre poético, é concebível expressar que o ser humano é um ensaio das estrelas de se verem refletidas.
Imaginando a possibilidade, em um contexto onde conseguíssemos apagar a nossa memória íntima e as conjecturas. Fazendo desaparecer o passado e o futuro, só nos restaria um “agora”. Desta forma perceberíamos que o Universo está fluindo constantemente, sofrendo o processo de metamorfose evolutiva a cada infinitesimal do estado “agora” e descartando o seu vestígio no que tange a “memória” exclusiva da Natureza. Diante disto, somos conduzidos a desenvolver uma resolução que o Universo é um processo no qual estamos inter-relacionados, o qual nos conduz; um conjunto de ações criativo que não se findou. É possível que não “ocorreu” uma criação do Universo e da Era dos Homens; existe, uma criação do Universo e do ser humano! O homo sapiens sapiens  é uma semente, uma variável complexa. O que se pode contemplar da noção de passado e futuro, a partir disso tudo? Na perspectiva, da Física esta resposta poderia se enquadrar na racionalização que a “distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão, embora persistente”. 
Existem também sustentações com razões e argumentos que a teoria dos campos unificados para tornar claro o mundo quântico, seja ele o futuro como também o passado. Os quais estão indefinidos. Do mesmo modo, que o observador influi no contexto do caminho e da conduta natural das sub-partículas, nos ensaios científicos desenvolvidos nos aceleradores, no condicionamento que a psique do ser duplamente sábio, analisa o seu passado na contemplação da gênese de tudo, a consciência influi e escolhe uma entre as infinitas possibilidades de justificativas.
Que o pensamento é primordial no Universo. Isto já era corrente no pensamento de diversos povos, no que tange milênios de anos passados.  A milenar filosofia indiana desenvolveu o raciocínio, que a matéria tem origem da Mente Divina e é notória à psique humana, sendo que a mente do homem quanto a matéria são ocorrências de curta duração da Psique Divina e possui existência superficialmente formal: “na realidade só a Mente Cósmica existe”.
Para a astrofísica, o material basilar do Cosmo é a matéria-prima da mente. Sendo assim, a noção de vazio para a escola budista Cittamatra segue a regra da ciência. Eis uns de seu ensinamento que permitiu criar esta relação: o “fenômeno observado, e interpretado como externo a nós mesmos, é composto da mesma substância da mente. Negar a existência do objeto seria negar a existência da mente”. 
Neste contexto, onde tudo que existe, não existe, está “morto”. Então o que é a morte? Na era remota das civilizações, se condicionava o marco do estado de morte no que tangia o fim do processo de parada respiratória, este contexto é descrito no livro sagrado Gênesis. No entanto, no que tange a contemporaneidade esta condição por si só, não é mais plausível. Eis, que observou devido aos avanços da Ciência, que se a duração de parada respiratória for de curto momento o ser terá uma possibilidade de ser reanimado. Da mesma forma, é da consciência de muitos que mesmo a parada cardíaca não é mais um parâmetro delimitador.
No século XX depois de Cristo, o momento desencadeador da morte condicionou-se a ser relacionada com a falência da consciência e da atividade do sistema nervoso central. Ou seja, a cessação do funcionamento tronco encefálico, a qual se desencadeia no efêmero contexto de minutos de ausência de glicose ou oxigênio. Mas ocorrem situações em que pessoas conseguem retornar à vida com seis meses, já outras que resistem por períodos longos de aproximadamente quatro décadas ligadas a aparelhos. Mesmo com os avanços científicos, é fato, que o ser humano não é capaz de afirmar com convicção, no que tange todos os casos terminais, quando um ser já não possui alguma condição de retomar a consciência. E neste contexto que é percebido, que certas variáveis, não possuem uma contemplação existencial do conhecimento humano.

Quando se coloca em prática, as emergentes noções de tempo, espaço e matéria ocorrem questionamentos de uma nova formulação de racionalização sobre a morte, possivelmente se construirá uma argumentação lógica em defesa da manutenção da morte física. Ou seja, supostamente é no espaço-tempo que transcende a racionalização de finalidade. Porém, não irá ser este motivo, que a milenar contemplação de fatos dos homens irá se forjar com facilidade a essa análise teorizada. Bilhões de seres vivos já se extinguiram no planeta. Ou seja, morreram! É um acontecimento natural da vida.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

IMORTALIDADE


Uma grande ambição do ser da quinta raça é a imortalidade, no entanto a ciência até o presente momento só obteve êxito em aumentar o período existencial do ciclo vital de um ser humano e consequentemente melhorar a sua qualidade de existência. Esta utópica ambição de imortalidade está estreitamente condicionada ao temor do término do ciclo vital. Mas qual é a gêneses deste temor? Supõe-se ser que se desenvolva do natural temor que se contempla do enigmático ou do impulso espontâneo de auto-preservação que alimenta a sobrevivência, mas que incita o temor da própria extinção.
Místicos, filósofos, cientistas e leigos respondem e criam novos questionamentos. E a cada raio de luz que os iluminam, se aprofundam na racionalização que talvez o temor pelo desaparecimento da essência vital possui como gêneses uma suposta experiência vivida em tempos remotos, preservada na memória atômica já vivenciada e não mais ambicionada. Ou seria, como mais plausível e já destacado, do simples fato de o homem separar-se dos vícios que lhes propiciam tantos prazeres.
Não existem respostas plausíveis. Tudo que se tem, são perguntas que norteiam doutrinas. E que servem para alcançar interesses. Quais interesses? 
Se a criação mais perfeita dos deuses sonha contemplar o horizonte da eternidade, por que este ser insiste em vincular sua existência ao tempo e a marcos, como também em ter como verdade absoluta que a morte é um suposto estágio final?
Porém, se transcendemos a uma suposta realidade antagônica, onde o contrário estivesse acorrendo, em que os seres humanos contemplassem a convicção absoluta de sua vida eterna, ele buscaria sua auto-extinção?
Então se abre uma gama de novos questionamentos: será que o inconsciente interdependente do ser da raça de ferro, já possui essa convicção absoluta de uma suposta vida eterna? Será que as ações humanas destrutivas, frente à Mãe Natureza e que afrontam a si mesmos não são meios condicionados, mas intimamente ocultados de desfrutar o mais rápido possível esse estado imortal? Ou seja, se fala da morte como a aurora de uma nova vital jornada! Mas, morte não é contemplada como fim? Por que é proibido o suicídio e engrandecido o sacrifício?
As doutrinas que deveriam dar norte para as pessoas refletirem sobre o mundo de Tánatos alimentam a esperança em um novo horizonte carregado de interessantes perspectivas. Não explicam a morte, explicam apenas a continuidade da vida. Mas como poderiam explicar? Quantos supostos interesses seriam afrontados?  E quando se questiona isto, se profana os mistérios da morte, ou os interesses que a cerca?    
Qual a minha gênese, para que lugar irei? Questionamento existencial direcionada ou natural, que nasce com a quinta raça? Memória celular de manipulação e ignorância transmitida desde os tempos remotos? Uma constante busca de paciência com os sofrimentos no que tange à morte material pela perspectiva de uma vida “utópica” que venha depois em outro contexto de percepção ou aqui mesmo na realidade cotidiana (ressurreição, reencarnação ou transmigração), seria uma das motivações do interesse de se descobrir e desenvolver a espiritualidade. No mesmo viés, a ciência é um ensaio velado de vencer e domesticar a morte. Já, toda expressão artística é uma motivação do espírito de elevar-se acima do universo de Tánatos.
Existe uma ambição que se envolve no universo interno da única e exclusiva psique humana: a ambição por imortalidade em nosso contexto existencial físico temporal. Nesta perspectiva, o pouco que sabemos sobre o Reino de Tánatos é o suficiente para desencadear a motivação do processo evolutivo da ciência, das artes, das instituições, da economia e da política. Incita o ser duplamente sábio a viver, se relacionar, procriar e arquitetar coisas que lhe “eternizem”. A cessação da vida provê o norte à existência. Eis que insistentemente nos recorda sobre o grande valor que condicionamos no ciclo existencial. A morte é talvez, a maior motivadora da evolução.
No entanto as sombras eternas provocam medo, supostamente seria pelo extremo vínculo que possuímos com os elementos e valores materiais, às quais se desvincularemos para sempre quando cessar nossa vida humana, ou pelo laço de satisfação que desenvolvemos ao próprio ciclo cotidiano vital. No entanto, também existe a possibilidade de um vínculo à nossa persona, a nossa intimidade única e exclusiva que irá se reduzir-se a fragmentos, voltar a ser partículas moleculares, atômicas e sub-atômicas e energias. Dentro de um plausível condicionamento, supostamente o nosso temor possui uma origem em uma nascente ocultada nas profundezas do ser: desconhecemos a verdade do que somos. Porém, existe a perspectiva que após a morte física é que se poderá contemplar um possível desfrute de uma outra vida, mas isto se ela vir a se confirmar.
No entanto, não existe forma plausível conhecida de evidenciar uma possibilidade antagônica. Isto ocorre, porque não se terá uma suposta consciência desta nova condição. Neste sentido a filosofia helênica observou a milênios que desenvolver o temor pela morte e criar ficções sobre um contexto que não se tem certeza sobre a veracidade do que se tem como conhecimento, como também pelo que supostamente não se conhece se concebe justamente porque não conseguimos contemplar a essência simples e real de nada e tão pouco racionalizamos se não é um maravilhoso bem para o ser humano. Como também, pode ser uma extinção da consciência, um estado de sono ausente de sonhos que a princípio não carrega nenhum mal doloroso que se supunha, ou, poderia ser, uma jornada da alma que emigra para o Reino de Hades ou viver nos Campos Elísios.
 No que tange esta perspectiva, a de contemplar que conhecer o mundo de Tánatos não seja uma condição ou estado ruim. A partir disto se questiona a possibilidade onde contemplar o ciclo vital se contextualizaria em nossa “penalização”? Aceitar o ciclo vital humano torna-se uma relação de antecedência entre fatos ou proposições sob diversificadas manifestações de sofrimento e uma procura que não possui limites pela felicidade. Pois, é da natureza dos homens da raça de ferro. Neste contexto, contemplar a existência se condiciona complexamente a morrer em proporções insignificantes no passar do tempo diário, num estado que o fenômeno fatal que se contempla em um grande propileus, ao qual denominamos “momento terminal”, sendo este uma condição simples que se configura no estágio final do processo de morte. Deveríamos dentro desta suposição, criar temores no que tange o ato viver e não da morte. 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

VIDA e MORTE


O homo sapiens sapiens vive de seus sonhos e morre por eles. Um poeta explica a morte sentimental e a morte da alma. Mesmo de um corpo físico que ainda esteja em pleno funcionamento vital. Para um poeta uma pessoa morre e renasce tantas vezes quanto uma Fênix, e nas mais variadas situações. Mas a poesia nada mais é que um pensamento disperso, sobre o que não se prova ou que se toca. Nessa visão metafórica, muitos já morreram e viveram. Porém, esta complexa noção de morte e vida que deveria ser um devaneio fictício se torna o mais próximo da compreensão que temos de vida e morte. Mesmo sendo incoerente e sem nexo, esta artificialidade humana se transmite sem direção e contexto.
Uma gama complexa de definições que envolvem as diversas perspectivas que tentam explicar o universo da morte, muitas vezes contradiz a sua própria linha de raciocínio a ponto de se confundirem quando visto sob o foco das explicações filosóficas e de outras considerações místicas. Isto ocorre, porque não se consegue chegar ao consenso do que é vida. Esta reflexão foi contemplada por uma simples frase oriunda da sabedoria chinesa a mais de dois milênios passados ao observar que “quando não se compreende sequer a vida, como se pode compreender a morte?” Porém, a de ressaltar que esta consideração também pode estar equivocada.
Os intermináveis devaneios da filosofia e das crendices religiosas tornaram complexos e sem nexo os caminhos que levam até uma contemplação plausível da morte e da vida. Quando dentro de uma suposta realidade a vida se condicionaria a ser interpretada apenas sob o âmbito do que vemos, sentimos e fazemos. E dentro deste contexto chega-se a uma plausível conclusão lógica, ou seja, a vida é um fenômeno cíclico involuntário, que se inicia na concepção, nascimento, desenvolvimento, reprodução, transmissão de conhecimento e a morte. Tudo compreendido como um ciclo natural e na interdependência dos seres com a vida e com os elementos que dão provimento ao ciclo existencial.
Partindo dessa racionalização superficial, mas objetiva no que tange a luz do micro universo leigo de definição de vida, se entende como morte o fim do ciclo vital.
No entanto, devemos observar que somos seres da “raça de ferro”, e sendo assim, na jornada do interdependente ciclo vital, o homem duplamente sábio é norteado e influenciado por filosofias e doutrinas místicas, que além de condicionarem um providencial conceito de vida e morte, ainda definem regras de como estas deverão acontecer. Como se isto fosse possível, já que existe um suposto padrão artificial de interesses que se contradiz com o padrão que é observado na Natureza. Mas que de certa forma, pode possuir uma discutível, mas válida a intenção do controle da Ordem por meio de regras norteadora do ciclo da vida e uma nova existência após a morte, contemplando uma nova perspectiva.
Mas é válida tal explicação sobre a morte?
Até o presente momento ninguém comprovou o retorno de um ex-vivo que contou como é depois da morte. Apesar de existirem doutrinas místicas que fundamentam suas filosofias neste suposto acontecimento. Porém, quantos de nós damos credibilidade a estas doutrinas místicas, a ponto de pelo menos conhecer os seus fundamentos para refletir sobre eles e consequentemente aumentar nosso conhecimento e colaborar com a nossa condicionada racionalidade de evolução em busca da paz real e não da doutrinaria?
Diante deste exposto fica difícil chegar a uma plausível definição sobre a morte e sua relação com a vida (essência), já que o contexto que concebe estes dois fenômenos está intimamente ligado aos conceitos condicionados e instintivos que forjam os pensamentos de todos os “filhos de Adão”. Pois, todos reconhecem o padrão notório em que se contextualiza o que é morte e vida, mas não conseguem explicá-los quando relacionados a elementos de contexto místico, que tanta influência possui sobre nós. Seja direta ou indiretamente.
A partir disso se tece uma observação mais ampla sobre esta complexa questão, o qual nos reverte às teorias místicas, científicas e filosóficas. No tocante a este contexto é notório que nesses dias atuais que a essência vital eterna é a luz norteadora que guiam inúmeras e diferenciadas crenças religiosas como um fundamento basilar, glorificada como um mundo apartado, mas paralelo da realidade física.

Já a bárbara civilização ocidental, materialista por condicionamento se forjou na racionalização cristã de que as jornadas prazerosas contemplam um fim certo, mas indefinido, com o advento da assustadora morte. Neste contexto, a dama que carrega uma foice é deslumbrada como um tabu, um mau agouro que não se deve comentar como algo simples que é, ou explorar seus mistérios. Porém, poucos são aqueles que racionalizam de forma clara e descondicionada. No qual, o Reino de Tánatos é dentro de uma análise superficial a única convicção que se possui na contemplação do ciclo vital. Já que a morte é o fim do ciclo vital. E não um acontecimento profano.

domingo, 27 de outubro de 2013

EXISTÊNCIA

Qual o segredo da existência? Seria a simples produção de uma essência que se acumula em algum lugar ainda indeterminado, mas que todos têm contato, porém limitados para algo ou alguém indeterminado, mas “merecedor” ou não acessar? Talvez até já estejamos acessando, quando somos tocados por uma inspiração, presságio, premonição ou coisa do gênero. 
Mas por que existimos? Seria para repartimos o efêmero conhecimento que diariamente é produzido e que se dispersa com o vento sem percebemos. Pois, somos compostos de átomos, por efeito as partículas que os formam pertenceram ao Universo. Diante disso, o que hoje esta em meu corpo, um dia esteve em lugares e tempos que nem se pode imaginar. De certa forma então somos o Universo, porque fazemos parte de seus versos, já que estamos integrados em um sistema de provável interdependência entre os elementos que existem no seu todo. Ou seja, já fomos de todos, de tudo e de ninguém e mesmo assim desconhecemos o além ou não aceitamos.
Nossa existência se expressa em matéria e energia que independentemente da vontade se irradia, e numa constante troca, migração e imigração de partículas são construídos os dias dentro de uma complexa harmonia.
Mas tudo não passa de especulação, o devir milenar alimentado por novos conhecimentos, que nunca foram novos, pois, o expressamos a partir de uma inspiração achando que descobrimos algo, mas que na verdade foi apenas uma contaminação promovida por uma única partícula que um dia pertenceu a uma fonte ou “ser” que transcende o raciocínio convencionado.
Convencionamos que se existimos é por algum motivo. Qual seria este motivo? Talvez ao tentar entende por que existimos, acabamos se confundindo com o motivo da existência. Somos máquinas orgânicas auto regenerativas, porém limitadas a um tempo de funcionamento, isto é fato. Mas a energia que deixa esta máquina, a qual chamam de espírito, para onde vai e por que tem que ir? Tento não ser afetado pelo misticismo, mas seríamos nós a própria onipresença e sabedoria universal que tanto devotamos?
Mas por que voltar ao criador? Seriamos um recipiente que armazena resultados de experiências intelectuais, para ser aplicado num futuro mundo perfeito. Pois, querendo ou não nosso Universo também esta morrendo. E segundo teorias físicas, uma simples partícula de energia aplicada em uma outra realidade “morta” seria o suficiente para iniciar um novo Universo. Ou seja, estamos construindo o Universo de amanhã.
É engraçado, se existe a circunstância onde a ação e a reação rege até o menor espaço, então porque não racionalizar que esta ação e reação é um princípio, uma regra, uma lei geral aplicável. Ou seja, não produzimos apenas o nosso futuro no Planeta, mas dentro de uma complexidade estamos produzindo algo maior.
Não sei se estou certo, mas as interpretações doutrinárias religiosas falam de estágios até alcançar o “Céu Supremo”. Não seria esta uma grande metáfora que explica o motivo da nossa existência?

No entanto a questão elementar é descobrir se vida e existência são sinônimos. 

sábado, 26 de outubro de 2013

GUARDIÕES DA ORDEM (parte -3 fim)

 A Ordem chama os seres que conhecem o seu segredo de funcionamento, de formas inusitadas para protegerem o ciclo da vida e a Teia da Vida. Pois, um não existe sem o equilíbrio da outra. Caso contrário, a primeira desaparece e a outra recomeça um novo sistema, se direcionando a uma nova realidade. Sendo que a segunda tem algumas características que se liga a ideia de tempo. Ou seja, a Teia, não tem começo e tão pouco fim, assim como a convenção tempo.
A ideia de Ordem não se liga a crenças, tão pouco a filosofias utópicas ou científicas com exclusividade, mas a todas elas num mesmo contexto ilógico, só que de forma de entendimento e de exposição diferente. Eis que, ela é apenas o que acontece, e se tenta explicar no universo de várias formas e métodos. No entanto, ela é real e a observamos ao nosso modo. E quando não se consegue explicar certos fenômenos, se viaja ao mundo místico, até o dia que pela lógica e cientificidade, aquele fenômeno deixa de ser magia e se torna uma simples tecnologia. Então não se defende uma religião, um ser sobrenatural, um sistema ou uma filosofia. Defende-se, o que nos mantém vivos. Simples e objetivo como a justiça da Rede.
Diante disso se a Ordem se protege e nos protege em um momento fundado nas crenças místicas, então a nossa missão é proteger a credibilidade daquilo que é pregado pela crença, no entanto, sem se tornar alienado a ela. Se a Ordem verifica a necessidade de existir pela visão da filosofia, se protege a filosofia, mas sempre sob a luz da sabedoria. Mas se a Ordem se fundamenta nas duas tendências, se protege a credibilidade das duas. Porém, o que se combate é tudo aquilo que afronte o ciclo da vida e a ordem que mantém este ciclo. Isto não quer dizer, que ao defender o ciclo da vida, se tenha que se privar de acelerar o ciclo vital daquele que corrompe a existência geral. Pois, o que é mais plausível, até o momento como ciclo da vida, se refere no contexto de um sistema que possui um começo, meio e fim. Ou seja, os seres humanos e os seres vivos existem graças ao ciclo que compreende a sua concepção, seu nascimento, desenvolvimento, reprodução, transmissão de conhecimento e a morte. Tudo isto dentro da Rede, exercendo uma função que compreende o erro e o acerto.
Diante deste exposto, pode superficialmente se chegar à conclusão que o extermínio de um elemento simplesmente que corrompa o ciclo, supostamente, muitas vezes se faz necessário. Caso contrário, o não procedimento desta ação ocasionaria o complexo processo de mutação e por efeito a extinção do elemento não adaptado que de forma rápida e sem precedente para a espécie atingida a consumiria. Neste contexto surge o preconceito natural e não o artificial que seria aceitável em um superficial primeiro momento, contra o ser imoral, ilegal, irracional, banal, mortal, diferente, doente, concorrente, intimidador,...  Eis que por seus “atos rebeldes e subversivos” dentro de uma visão superficial e corrompida é propagada a ideia que estes por si só corrompem o ciclo da vida e a Ordem em todos os sentidos.
O fim dessas anomalias superficialmente se justificaria como um possível tempo a mais de existência que a humanidade ganha. Porém, a ação deles e contra eles contaminaria o sistema existencial acelerando o ciclo evolutivo com ações revolucionarias e contrarrevolucionárias no contexto harmônico, e como consequência a rede jamais retrocederia ao estágio que estava antes. Diante destas linhas anteriores ocorre a necessidade de definir através do norte que criou as anomalias, os verdadeiros agentes inimigos da vida e da Teia da Vida, que mesmo dentro de um processo complexo de intervenção, podem condicionar superficialmente o que deve ser combatido sem piedade ou misericórdia pelos Guardiões. Com a pena de extermínio. Nem mais, nem menos. Somente o que é deles por direito adquirido e plantado em suas caminhadas.
No entanto, a complexidade que rege a Teia Vital, nos remete a condicionar nossos julgamentos, aos contextos geradores, e não ao produto final dele. Isto ocorre, porque a energia vida não desaparece, ela simplesmente se integra novamente ao ciclo vital. Como ação e reação e memória evolutiva. Pois, deixa marca que não são esquecidas, e por efeito, repetidas.     
Porém o “Anjo da Morte” caminhará entre os guardiões, enquanto se andar nos “caminhos das trevas”. É o preço, ao combater o ciclo da morte. Porém, a Ordem é justa, e enquanto existirem elementos subversivos e daninhos ao ciclo, ela proverá com “sorte” e sabedoria os caminhos do predador. Desaparecendo a anomalia, desaparece o predador. No entanto, este sofrerá as consequências criadas pelos seus atos, aceitando ou não. Pois, de certa forma a Rede testa a fidelidade de seus protetores. Se hoje somos Guardiões, amanhã, poderemos ser conspiradores. Um teste demorado, e sem linha lógica, que explora nossos maiores temores.
De forma geral, primeiro somos recrutados pela Ordem, depois guerreamos por ela, e por fim, somos testados por ela. Ou seja, se não aceitarmos, sofreremos consequências. Se aceitarmos a missão, sofreremos outros tipos de consequências. Esta é a Teia da Vida, que não nos oferece honrarias, apenas deveres. O nosso auto sacrifício em prol de pessoas que numa análise bem fria, nem mereceriam tal sacrifício. Mas que por serem nossos pares, os donos de nosso destino devem ser protegidos. Mesmo que eles nem imaginem que estejam sendo protegidos contra o fruto de seus próprios atos. Que os seus protetores possuem o poder de decisão sobre a luz ou a sombra de seus perseguidores. Pois, os Guardiões são sombras que caminham entre os inimigos e não se percebe. São aqueles que observam o que ninguém vê, morrem por quem não conhecem, vivem na esperança de quem não os conhecem e nem os imagina. O Guardião é um demônio, que aterroriza outros demônios, é o pesadelo em forma de anjo; é o bem fazendo o mal, para salvar a vida. É um justiceiro e ao mesmo tempo um assassino, é o seu juiz, mas ao mesmo tempo seu advogado. É o carcereiro da prisão sem muro. O Guardião defende o equilíbrio entre o condicionamento bem e mal. Não pende para nenhum lado. Ele não tem uma face, mais várias. Acredita em muitas coisas, mas não acredita em quem diz que faz o bem. Porque, sabe que ninguém age na pureza do sentimento e sim na inocência frente ao desconhecido. É um humano e sabe que lida com outro ser humano. Por este motivo, ele não se isenta de consequências diretas e indiretas.
Este é o caminho para os que aceitarem e não aceitarem a jornada do exercício da Guarda. Uma missão complexa e cheia de risco. Que deve ser guiada pela sabedoria. Um caminho de intrigas da Rede, de tudo que não se deseja, mas de tudo que leva ao bem comum, ou seja, a ordem da Ordem.
Palavras não fazem um Guardião, porque somente a experiência de vida de quem vivenciou várias situações e nunca temeu o destino é capaz de se forjar no exercício da Guarda. Se acha que aprendeu tudo, então você não serve, pois, na vida não existem conhecimentos concluídos. A busca de conhecimentos nos vários setores da vida é o treinamento continuo e fundamental de um voluntário. Aprende-se ensinando, e se ensina aprendendo. Esta é a regra. Pois, cada missão requer um novo conhecimento. Neste contexto, o Guardião deve estar preparado em receber sempre uma nova especialização.
O homem é feito para a luta, não para o repouso. Por isso devemos voar mesmo que o céu esteja cheio de abutres, porque o segredo da felicidade está na liberdade e o segredo da liberdade está na coragem.
O grande poder do homem esta na sua capacidade de tomar decisões. Cada decisão que tomamos nos permite modificar o futuro. Escolher, porém, significa comprometer-se, arriscar-se, quando escolhemos um caminho a trilhar devemos lembrar que pode ser muito diferente do caminho imaginado. E se eventos inesperados surgirem devemos refletir, já que qualquer homem é capaz disso, mesmo na insuficiência de conhecimentos específicos. Pois, para comprometer  nossas decisões, basta somente a nossa vontade de seguir em frente.
Avante, filhos da Terra, o dia da pacificação no horizonte raia, o estandarte ensanguentado da tirania dos deuses do Inferno contra nós se levanta. Ouvis nos campos e cidades rugirem esses ferozes soldados renegados pela sociedade? Vêm eles até nós degolar nossos filhos, nossas mulheres, nossa liberdade, nossa dignidade, nosso livre arbítrio. Às armas guardiões e homens de bem! Formai sólidos e insurgentes batalhões! Marchemos! Nossa terra do sangue impuro se saciará.
A Caixa de Pandora foi aberta, muito antes de nós, de nossos ancestrais. Ela trouxe o caos, e só o caos pode fechá-la. Ele se aproxima, acompanhado do anjo da morte, que vem com os olhos vendados, e com os ouvidos tampados. Não identifica criança de velho. Homem bom de seres malignos. Só sente o cheiro do sangue de suas vítimas, ceifadas como propagadores do caos. O anjo vem do céu, e além dele. Vem da crosta e abaixo dela. Propaga-se pelo ar. Fomenta a guerra. Semeia nos campos da vida a tragédia, para colher a morte. Talvez sejamos sua ferramenta, um alento ao homem de bem, mas o terror a anomalia que rasteja entre as sombras. Mas talvez esteja em nós a sua última barreira, antes dos dias de trevas.
Nossa missão é ingrata, pois, estamos entre a divisa imperceptível do bem e do mal. Nossos atos nos condenam, mas a negação desses atos alimenta a condenação do mundo que vivemos, e consequentemente nos penalizam. O horizonte para nós tem um novo sentido. Não um sentido utópico, de salvar o mundo ou fazer com que as pessoas mudem. Mas simplesmente de retardar o inevitável. O inevitável fim da era dos homens e dos seres viventes.                   
Tece-se com sangue, o que na prática, se propaga como radiação. É ilógico e lógico ao mesmo tempo. Uma contradição conflitante ente o divino e o profano. Uma ilusão, que esconde a realidade. O último risco de um ser que insurge para sobreviver, como ser vivente e não como zumbi, um humanoide programado.

Sabemos o que somos, sabemos porque lutamos, mas não sabemos porque nos fazem a não acreditar nisto. Inventaram um caminho que se tornou real. E o que é real se tornou proibido. Guarda-se o proibido o propagando.    

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

GUARDIÕES DA ORDEM (Parte-2)

Vida! Tantos significados e explicações. Mas apenas uma única condição de percepção tangível. Os nossos próprios passos na estrada de nossa existência. Pois independente se isto é real ou não, estamos sempre contemplando um universo.
Os passos que são dados correspondem aos quais temos o controle parcial. Pois, são estes que carregam o nosso “livre arbítrio” e a nossa condição de existência que nos permite interpretar o mundo que nos cerca. O qual se fundamenta no que é melhor para nós, mesmo tendo que afrontar ideais alheios. É neste momento que a ordem se corrompe e a Rede arrebenta em um ponto qualquer, causando consequências onde só o tempo fará nos adaptar, sacrificando vários vetores desta Rede. Seria este o processo da evolução, uma metamorfose constante.
Diante disso, ocorre o fenômeno expressado por um princípio complexo: “se você não vai até seu destino, ele virá até você”, ou seja, somos forçados a escolher um limitado número de caminhos para proteger a Rede, mesmo parecendo que ainda estamos no controle de nossas vidas. A Rede é justa, fria e objetiva, pois, a sua existência muitas vezes, corresponde ao nosso fim.
Não existem meios de burlar esta Ordem. Uns tentam, teorizando invenções como a “máquina do tempo”, mas não raciocinam que não estão voltando no tempo para concertar a Rede, apenas para remendá-la (alterá-la novamente). Que de um jeito ou de outro, a Rede vai reagir da mesma forma, piorando a situação ao invés de trazer o que se buscou “concertar”. A Rede é fria. Eis que é desta forma que ela se torna dona de nossos destinos, e nós se tornamos donos do destino do próximo. É nesse sentido que se criou outra regra: “não faça ao próximo, o que não quer que façam com você”. Ditados populares, observações da mão do destino sobre o homem. Um homem que ajuda tecer a Rede, sem ter consciência de sua colaboração e real importância.  
Mesmo a Rede sendo tecida com supostas “falhas”, ela continua sendo uma Rede perfeita, porém com uma nova complexidade de enlaçamentos. É neste momento, que somos involuntariamente “convocados” a proteger a Rede, tendo como principal objetivo proteger a transcendente ordem que nos regem para salvar a nossa própria existência e o sistema que nos faz sobreviver. Além de buscar novas perspectivas utópicas para tornar nossa caminhada tranquila e serena. É neste contexto, que recebemos o insurgente livre arbítrio de escolher o que deve e quem deve ou não fazer parte da Rede. Tudo para salvar o sistema que convencionamos de vida. Ou seja, motivado pelo princípio transformador do caos, presente em qualquer elemento animado ou não, expressamos, aceitamos e se condicionamos que o sacrifício de alguns, é a necessidade para a sobrevivência de bilhões e de outros seres humanos ou não. Ou melhor, o rompimento com o ponto em que a Rede foi corrompida, é a proteção da própria espécie humana. Porém, nossa intelectualidade ao se artificializar deixou de se fundar na sobrevivência e por efeito desvirtuou o natural, demorado processo e influência dos princípios do caos.
Espécie humana!
Predadora, destrutiva e assassina por natureza e racionalidade, seres que carregam um conceito artificial e extremamente condicionado de bem e mal dentro de si, que os utilizam conforme as suas necessidades, objetivos ou ideologia. Seres com um ciclo de vida curto, mas o suficiente para transformar tudo que tocam em um mundo que logo a vida como condicionadamente se concebe, não poderá mais ser desfrutada. Porque contamina com suas próprias atitudes e artificialidades. 
Mas mesmo assim o “instinto natural” nos incita a nos defender. Pois, somos uma espécie, que está evoluindo e eternamente evoluirá, se nossa existência continuar. A evolução acontece independente de aprendermos com os próprios erros ou se  compreendemos o funcionamento da Ordem que fazemos parte. Mas que se reflete nas nossas vidas, quando os observamos.  No entanto, este processo é lento se comparado com o veloz processo de autodestruição que foi iniciado no momento em que o homem passou a sustentar seus sonhos. Os quais são movidos a valores sociais e pecuniários ao invés de sustentar seus objetivos sob o norte da paz, ordem e sobrevivência vital racional, diminuindo assim o risco de reação mais agressiva e radical da Ordem.
O ser humano que a Ordem defende, somos nós mesmos, que cobramos o que não tentamos ou conseguimos fazer por hipocrisia. Os seres que perseguimos, são os que estão ao nosso lado e alimentado por nossos atos. A Rede que devemos proteger é a mesma que constantemente estamos corrompendo. Porém, poucos são os que chegam a este raciocínio descrito. E quando chegam, observam o mundo sob a luz de um novo horizonte. E deixam de serem seres comuns, pois, descobrem um segredo que não se consegue mais negar e entender. Quando isto ocorre, surge o sentimento de proteger a Ordem, e o recrutado pela Ordem é visto como louco e paranoico. Um perigo para a artificial e hipócrita sociedade.

 Mas como?  Por que é assim? Perguntas e respostas que não aparecem prontas, mas que estão em constante metamorfose. Questões que sabemos as respostas, mas resistimos em reconhecê-las verdadeiras e tão pouco refletir sobre elas. Estas perguntas que passam a serem questionamentos são espontâneas reflexões pessoais que transformam as pessoas aos olhos da sociedade em loucos profanadores de valores. Nesse ponto até com certo merecimento, pois, o protetor da Ordem, é anônimo, sigiloso, prudente, observador e paciente. Saindo dessa linha, o ser, deixa de ser um Guardião e passa a ser um arauto da Ordem. Pois, palavras proferidas por um louco, mesmo rompendo à lógica, sem nexo e carregada de um universo complexo fazem um ser “racional” refletir nos momentos de silêncio. E é esta ação que é vista perigosa no contexto de um interesse.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

GUARDIÕES DA ORDEM (parte 1)



O que plantamos é regado com nosso suor. Nossas atitudes apagam nossas palavras. Mas nossas palavras fazem ecos. O mundo que moramos é a nossa casa, uma moradia que abriga uma grande “família”, que compartilha os mesmos sentimentos. Mas não a forma de lidar com eles. Nossos pensamentos, então respondem sempre a necessidade de sobrevivência a qual somos arremessados, direta e indiretamente por coincidências, mas são consequências de um comportamento humano global. Que a pesar de não possuírem línguas, tradições e culturas semelhantes, possuem atitudes e senso de sobrevivência comum. Pois, todos nós somos ligados a todos e todos são ligados a nós. Talvez seja por isto que uma anomalia quando aparece em uma sociedade, logo e rapidamente se propaga, contaminando todo o planeta. Algumas anomalias se tornam predadoras vorazes, sem possuírem um controle capaz de contê-las, e acabam sendo absorvida pela cultura, que começa a conviver, sem perceber que esta cresce e se diversifica, gerando consequências cada vez mais nocivas ao ciclo natural e amplo da vida. Um ciclo interligado a outros ciclos existentes. Pois, a vida é interdependente. É a natureza inalterável dela.
A anomalia dessa forma não é inimiga do homem, mas da sobrevivência humana e de tudo que se inter-relaciona a ela. Sendo assim, a anomalia se torna um elemento incentivador de mudanças e transformador dentro do sistema complexo que faz evoluir o planeta, ocorrendo resistência, já que acelera o processo evolutivo e o rompimento da rede que nos permite continuar a existir.  Diante disso, a anomalia sofre a contestação desse sistema em vários aspectos e situações. A ponto de a anomalia predadora, ser caçada por um predador mais voraz que ela, só que a serviço da restauração da Ordem. Essa caça geralmente rega o solo com sangue, fazendo germinar a semente da intolerância e certas atitudes, situações e acontecimentos, que se renovam e radicalizam-se sempre a cada nova colheita. Rompendo fios, para religá-los dentro das perspectivas anteriores ao aparecimento da anomalia. Mas isto é impossível. Pois, a teia uma vez corrompida e contaminada, estará se desligando do que não evoluiu com ela. Como também não ameniza consequências, apenas cria adaptações a uma nova realidade.  
No entanto, a anomalia nunca desaparece, mas sobrevive como uma essência enfraquecida, mais persiste em caminhar como uma sombra. Sempre nociva a perseguir a existência, mesmo conhecendo seu predador. Pois, ela não o teme. Pois sabe, que seu predador tem um limite. A consciência, as crendices e as leis. Coisas que a anomalia não respeita e não considera como limite. Já que sua única regra é fundada no rompimento do ciclo vital. Muitos dizem que o ser corrompido serve como ferramenta de um processo de ensino aprendizagem que transcende o que é palpável e explicado, no caminho evolutivo do ser, (tal idéia não esta equivocada, o problema é compreendê-la de forma útil e abrangente).   
Porém, desse ciclo da morte, forjado pelo ódio, terror, pelo sangue de inocentes e pelo descaso da justiça e as “humanas” punições. Ascende como fogo negro, um novo predador. Um predador que não considera as leis e os processos legais, que não teme as crendices, tão pouco a morte. Pois, para ele, tudo isto é o auto sacrifício, em prol de sua existência, que se reverte na continuidade evolutiva da espécie humana e na preservação ambiental do planeta.
Uma continuidade que não definiu o mundo que busca. Já que existem vários pequenos universos dentro desse mundo. Que ditam regras diversas. Que se reverte no questionamento sobre que mundo se busca. Neste contexto, se busca um mundo ditado pelas religiões? Um mundo ditado pelas políticas sociais e econômicas? Ou um mundo ditado pelas filosofias?
Dentro de um sentido amplo, o mundo que é buscado é a mescla de todos estes citados, somados as experiências que se vive, no qual é gerado por ideais e objetivos movidos por sonhos e desejos íntimos que pouco importa para com quem se convive. Pois, todos carregam uma filosofia própria, apesar de todas as vidas estarem ligadas a uma rede interdependente, onde o rompimento dessa ligação em um ponto qualquer dela é sentido em toda a rede, independente de ser proposital ou não.

Neste contexto a de notar que somos responsáveis pelo destino de todos e todos são responsáveis pelos nossos destinos. De forma simples é notório que não somos os donos de nosso destino, pois dependemos da harmônica ordem natural da vida. O que nos parece destino, então é uma mera convicção que de um jeito ou outro irá sempre nos levar a um mesmo fim, o qual foi denominado como morte, ou início de uma nova vida! (continua...)
Texto extraído da obra "Librorum Prohibitorum" (ainda em processo de construção).

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

HOMEM – O PREDADOR

HOMEM – O PREDADOR

(continuação)       
Porém, séculos e milênios se passaram e as guerras continuaram acontecendo. O poder continuou sendo disputado, grandes impérios surgiram e desapareceram, uns por falta de estrutura ocasionada pela própria época em que surgiram (Persa, Macedônico, Babilônico, Assírio,...), outros por problemas internos (corrupção, disputa por poder, intriga) não controlados nem pela religião ou pela legislação (Romano, Otomano, Bizantino,...). Ou seja, o caos nestes momentos históricos que aparece no mundo atingiu apenas organizações humanas de grande complexidade e de alta concentração populacional. Que sofreram a falência dos meios de produção de sua época, os quais não conseguiam prover os recursos suficientes para satisfazer as suas respectivas populações, fora a desigualdade social que existiu e que fez surgir vários tipos de câncer no contexto destes impérios. Neste período parecia que a Natureza começava perder o controle sobre a raça humana, que cresceu muito, tanto vegetativa quanto demográfica. Sendo que suas intervenções causaram uma suposta espécie de estagnação junto à humanidade, a qual foi notória numa parte da Europa Cristã a princípio, mas que não era o cenário do resto do mundo. Pois, cada região tinha seu desenvolvimento, evolução e regresso pertinente as suas particularidades históricas que se vinculavam a um complexo sistema de ação e reação que nasce no seio de tudo que existe.
Nestes tempos, mas especificamente na Europa, onde este fenômeno mais se alastrou o homem só faltou virar um Homo habilis, novamente. Pois, se tornou extremamente ignorante, selvagem, desprovido de qualquer sentimento mais profundo, se não o extinto natural de reprodução, sobrevivência e tolerância limitada aos que se identificava devido ao dom da comunicação oral mais complexa. Vivia em vilas rurais, desprovidas de infraestrutura alguma, como a que um dia foi desfrutada nos grandes centros urbanos do Mundo Antigo. O homem vivia na mais completa falta de higiene, era um ser passível de manipulação. Porém, era o homem sapiens sapiens!
No entanto existiam ainda os seres que não tinham sido muito afetados pela ação natural ou “mística” (dependendo do ponto de vista de quem esta lendo). Estes de forma consciente tiraram proveito da situação, e involuntariamente se aproveitaram de uma estrutura que se denominou sistema feudal. Nesta época, a Natureza voltou a ter controle sobre o homem, mas sob um preço alto para a humanidade. Mas não toda ela, se diga de passagem, pois, os fatos históricos não seguem uma linha linear.
Neste período, didaticamente convencionado por historiadores ocidentais como Idade Média, a natureza controlou o homem de forma direta por várias formas: a guerra, tanto que uma das funções da nobreza era viver da guerra; a religião, cuja ação da Igreja Católica foi marcante no controle social da população, (pois, sua ação apesar de ser reprovada pelos leigos de caráter analítico limitado e influenciável, não permitiu que o homem europeu se extinguisse como evitou a entrada do islamismo na Europa); as epidemias como a Peste Negra, Cólera e outras doenças, controlaram o crescimento vegetativo e nocivo da população, além da fome, miséria, violência, que perseguiam os que viveram na didática linear “Idade das Trevas”.
E onde o Cavaleiro da Peste pouco cavalgou, foi o homem europeu que levou a guerra com ele. Um grande exemplo foram as Cruzadas. Expedições militares motivadas num primeiro momento por interesses religiosos, e posteriormente por interesses vinculados ao poder, comércio e terra.
Mas a peste não cavalgou apenas em terras européias, ela passeou pela Ásia, África, América..., exterminou grupos humanos diversos e brilhantes povos (antes, durante e depois deste período que esta sendo narrado). Manifestou-se na forma de agentes patológicos diferentes e extremamente vorazes. Um exemplo de ação devastadora foi uma suposta epidemia de sarampo, que exterminou a brilhante civilização grega, desestruturando-a e fazendo-a sucumbir.
Porém, todas estas circunstâncias de manifestação do caos resultou em um processo evolutivo europeu conhecido didaticamente como Renascimento Cultural, muita coisa mudava nos anos em que apareciam mais pessoas com conhecimento, sempre mais intenso e desenfreado. O mundo europeu começou a se reorganizar, enquanto que o mundo não europeu evoluiu em outros setores, e estagnou em outros, mas de qualquer forma, também sofria este processo evolutivo. Porém, esta evolução foi mais condicionada do que propriamente natural. Pois, o grande impulso foi dado pela classe burguesa, que estava sedento por poder político, ou melhor, para a consolidação de seu status superior proporcionado pela riqueza.
Neste contexto, de busca pelo poder numa sociedade conservadora das velhas tradições, manipulada pela Instituição da Igreja Católica, os burgueses perceberam que se quisessem chegar ao poder, teriam que mudar os pensamentos dos homens, pois, em consequência, mudariam os pontos de vista da sociedade. Foi sob esta perspectiva que a burguesia protegeu e patrocinou artista e cientistas “renascentistas”. Eis, que estes sem necessidade de serem forçados a desenvolver os ideais que desmistificassem o antropocentrismo, os prazeres materiais e questionamento do que era divino ou era fruto do homem, responderiam aos interesses de grupos poderosos formados por burgueses. Porém, os mesmos interesses que promoveram a grande revolução no qual tangia a suposta libertação do homem que estava preso nas garras do “Mundo das Trevas”, foram os mesmos que estão nos levando para as trevas profundas.
Resumindo, acelerava-se o processo do caos de novo. Pois, a Europa ao evoluir estruturalmente, socialmente e politicamente, por necessidades e interesses diversos, se aventurou com ação de afrontar os mitos. Por efeito descobriram lugares desconhecidos aos olhos europeus, onde impôs dominação aos mesmos, subjugando e exterminando (ou por força das armas, ou pelas doenças que carregava) a população que não aceitasse a nova condição. A “cultura superior” em determinadas técnicas, destruía a “cultura inferior”. Neste contexto, a Natureza parece ter resolvido estender seu controle sob outras regiões que necessitavam. Porém, a situação tornou-se caos novamente, mas se generalizou pelo mundo todo. Parecia até, que o sangue derramado, regava os cadáveres no chão enterrado, fazendo-os brotar, e seus frutos caminharem pela terra novamente, multiplicando os povos e os problemas gerados pela falta de conhecimento em lidar com as consequências da evolução técnica, social, política e cultural. 
Povos subjugados, exterminados (por doenças e guerras) e escravizados. Tudo em nome de um interesse econômico, de status e poder. África, América, Oceania e Ásia, continentes que abrigavam povos de cultura e processo evolutivo diversificado. Nem atrasados, tão pouco adiantados. Mas sim, únicos. Sofreram as consequências das necessidades dos grandes reinos europeus. Sofreram com o que já conheciam e praticavam, mas dessa vez como vitimas, e nunca mais como propagadores. Até hoje, isto ainda continua assim, a diferença é que a violência da guerra bélica foi substituída ou diminuída pela violência cultural e econômica que é manifestada sobre as nações teoricamente independentes, mas de economia fraca e de cultura fragilmente protegida.
Com o advento da Revolução Industrial e o fortalecimento do capitalismo, parecia que a Natureza perdia o controle sobre a humanidade. Porém só parecia! Pois, as consequências do colonialismo, do neocolonialismo, imperialismo, da produção descontrolada, revoluções burguesas, sociais, filosóficas, ideológicas, acabaram sendo apaziguadas por duas Guerras Mundiais, duas Explosões Atômicas, que acabaram sossegando o mundo em termos e por um período que parece que será curto (mais isto é apenas uma suposição). Ligado a isto tudo ocorreu a Guerra Fria e com ela a ameaça de um “conflito de verdade”, onde o risco para toda a humanidade de desaparecer ou começar do zero era certo. Mas isto foi um grande circo segundo muitos intelectuais. Mais a História não pode viver de suposição, seria a profana velada verdade sobre o homem, que ele é um hipócrita e mentiroso, só para alcançar seus interesses? E chamaram Nicolau Maquiavel de demônio quando demonstrou em suas obras este lado dos homens. Mas isto são teorias, observações, suposições. Cada uma aceita conforme a necessidade do momento.   
Por sorte ou azar de meus interesses de sobrevivência, uma guerra nuclear nunca ocorreu até o presente momento, principalmente com a falência das hipócritas interpretações marxistas representada no condicionamento ocidental pela “malvada”  União Soviética (quantas ideologias influenciam e são carregadas pelos homens em suas expressões, independente de preferência ideológica), e o teórico fim da bipolarização do mundo. Mas em contra partida, começaram florescer as consequências do capitalismo e da ação transformadora do homem sobre a natureza, que atualmente se chama de poluição. A qual se ramifica em várias espécies, esgotamento de jazidas e recursos naturais, falta de água potável, desemprego em massa, pobreza extrema, falência de filosofias, religiões e até do controle das leis, crises estatais,...
Como era no passado, é realidade no presente. Eis, que as grandes nações capitalistas para poderem garantir a manutenção de suas empresas e por efeito de suas respectivas economias necessitam dominar mercado para escoar os excedentes industriais. Como também, precisam desesperadamente de matéria-prima para fazer suas indústrias funcionarem. Neste contexto todo, estas poderosas nações, ou conseguem matéria-prima através de acordos comerciais, ou através da força, manifestada de várias formas, sendo elas: a invasão do território provedor desta matéria-prima sob a luz de pretextos diversos e que assustam o povo leigo depois de um processo de condicionamento; ou através do enfraquecimento da união da nação não colaboradora através de patrocínio a grupos separatista, oposicionistas ou extremistas no sentido de desencadear uma guerra civil e posteriormente, facilitar a ação dominadora desta região.   
Em consequência desta ação, o continente Africano colhe os frutos podres (fome, pobreza, doenças, baixo índice de desenvolvimento humano, e guerras civis intermináveis).  Já a Ásia, mais especificamente o Oriente Médio, convive com conflito étnico e religioso, como também, é de onde se propaga a maior parte de ações terroristas contra as potencias capitalistas. Porém, isto ocorre, justamente por ser a única tática de guerra capaz de atingir e causar medo nos invasores. Isso se dá, porque suas forças militares são frágeis demais frente ao invasor. Outra questão é o impasse entre palestinos e israelenses, que atiça o extremismo religioso, grupos paramilitares árabes e interesses de países poderosos.         
Neste contexto parece que a Natureza perdeu o controle sobre a humanidade. Porém, é notório que não, como historicamente ela vem demonstrando. No entanto, se cria uma perspectiva fundamentada na atual realidade do mundo, em que a próxima ação da Natureza não vai ser piedosa, principalmente porque somos mais de seis bilhões de habitantes, e temos tecnologia para diminuir os impactos da fúria da Natureza como se observa. No entanto, isto é pesado por ela no contexto de ação e reação. Diante disso, o que se reserva para humanidade se não for o extermínio total, vai ser algo muito próximo a isto. A ponto de a Idade das Trevas, perder o título para a nova situação que já esta se mostrando e que se não for feito algo poderá acontecer breve.
Porém, a sabedoria humana trabalha sempre a favor de sua sobrevivência. Pois, o homem ao perceber que o mundo não mais consiga atender as suas necessidades, resolveu se aventurar novamente, e não mais pelo mar, mas agora, para além do firmamento. Para repetir, de forma mais organizada, o que fez com o Novo Mundo. Porém, a diferença que o homem atual, esta vendo apenas o começo do processo, tendo como questionamentos, os mesmos vividos de quinhentos anos cristãos atrás. Com novos cenários e artistas. Vivemos tempos, em que o limite do céu não mais conterá o caos, e este se perpetuará por onde o homem passar. É da natureza humana.       
Mais a trajetória do homem, não se prende a regiões específicas ou apenas no que livros expressam, elas se concentram nas sociedades diversas. Não possuem línguas específicas, bandeiras, ideologias. Elas apenas se concentram até que explodem, causando uma real revolução evolutiva. Onde tendências se alteram, influenciando a moral e os valores nela contido e não contidos. Pois, não são as ideias que mudam a sociedade, e sim o homem. Mas são as ideias que mudam os homens. Continuamos hoje sofrendo com o problema da fome, doenças e violência de todo gênero e espécie. Porém, nada muda. Mesmo o homem sendo o principal agente histórico de seu tempo.           
Diante disso, ao se relembrar uma pequena e resumida trajetória humana, se buscou criar uma reflexão, sobre nossos atos e como podemos atrasar este caos inevitável se verificarmos uma suposta e parcialmente plausível Teoria do Caos. Diante desta situação, a Teia da Vida ou da Rede de Gaia, tenta alertar o ser humano, que ele faz parte de um complexo ciclo vital. Proteger este ciclo é uma obrigação para quem o descobre. Pois, se vivemos em um sistema cíclico, logo as ações de ontem, chegam como consequências para todos nós no mundo hoje. Uma consequência cega, que não escolhe os seres que irá exterminar. Ela apenas extermina. Pois, a Natureza não escolhe lados em uma guerra. Ela apenas providencia situações que se alcance o equilíbrio de forças antagônicas.      

terça-feira, 22 de outubro de 2013

HOMEM - (Parte-2)


O homem, independente de origem “apareceu” sobre o Planeta, supostamente dotado de inteligência criativa. Supostamente, por que nenhum outro animal se desenvolveu tanto quanto ele em tão pouco tempo a princípio e dentro da concepção permitida e contemplada atualmente. Por necessidades de sobrevivência, sempre  alterou o espaço natural que o cercava. Porém, conforme evoluía, esta alteração ocorria sempre de forma mais visível, agressiva e transformadora em comparação aos outros animais. Não que ele não o alterasse antes, mas conforme ele sentia a necessidade de se satisfazer e percebia que isto seria possível, o ser humano se transformou em um agente modificador cada vez mais voraz e presente e suas ações modificadoras mais notórias e carregadas de consequências.
Com o aparecimento dos primeiros grupos humanos organizados, já começou ocorrer diferenças no que tangia a importância das ações e quem as realizava. Que forneceram fundamentos que se convencionaram ideologicamente com um propósito e se expressaram como classes sociais, que eram bem notórias nos primeiros grupos de civilizações que apareceram na face do planeta. No entanto, esta era apenas uma das primeiras formas de relação de poder, das muitas que surgiriam.
Mas o que se tornou uma relação de controle da população foi fabricado no mundo da religião. Pois, o homem percebeu que o desconhecido e inexplicável, causava medo em quem carregava a ignorância profunda. E devido a este relevante fato, o utilizou para alguns propósitos, entre eles, o controle de algumas ações humanas, que eram nocivas à harmonia do grupo. Por este motivo, criaram superstições, mitos, histórias e estórias, filosofias, que demonstrassem ao povo que certas ações não eram aprovadas pelos seres místicos e que por este fato, o homem poderia ser repreendido de várias formas e por muitos meios “elegidos sabiamente pelos deuses”.  
O misticismo sempre esteve involuntariamente ligado à organização social. No entanto, se percebeu que poderia retirar mais “benefícios” desta circunstância e com o tempo, a religião se vinculou a política de forma proposital, para dar fundamento ao poder (este fato ocorre ainda na contemporaneidade). Porém, a ideia de regular a sociedade de forma mais ampla, que transcendesse a moralidade, sob os aspectos não abrangidos pela religião foram impostos pelas leis humanas. No começo regulavam o comércio, o sistema escravista e assuntos ligados à manutenção civil do Reino ou Cidades Estados, não importa a denominação, o que é importante destacar, é que já havia uma preocupação com o comportamento que extrapolavam o direto de liberdade exercido por alguns. E que estas ações afrontavam indiretamente a política local, pois revoltavam a população, que em contrapartida cobrava de seus líderes soluções. É lógico que existiam leis de manipulação do povo, como atualmente existe, mas também havia quase que em grande parte, as leis que protegiam a harmonia de uma população. Principalmente no processo de aparecimento das cidades, e no contexto dos fenômenos que ocorre em consequência do crescimento desordenado das mesmas.

Dentro de uma concepção social regulada por leis e controlada pela religião, se alcançava uma harmonia condicionada. A qual só rompida pelas constantes guerras, que aconteciam geralmente pela disputa de terras férteis, contingente de pessoas para escravizar, e formação de um império maior além de outros motivos ligados a sobrevivência e poder. Muitas pessoas morriam nessas guerras da antiguidade. Neste tempo a Natureza ainda controlava o elemento homem.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

HOMEM - PARTE 1

Até onde se sabe ou é permitido saber, só existem “teorias” sobre o surgimento da vida e do homem, não uma verdade absoluta. Neste contexto, para relatar a caminhada do homem no planeta, é necessário descobrir em um primeiro momento, onde supostamente apareceu ou como apareceu vida. Para depois, narrar como hipoteticamente ocorreu a gênese do homo sapiens sapiens.
Isto se deve, porque o homem é um ser que se relaciona a vida, mas se desvincula de seu processo cíclico. Parece ser um ser alienígena em processo de adaptação ou transição no contexto do planeta, no que tange suas ações desproporcionais ao equilíbrio natural. Possui geneticamente a mesma estrutura de outros seres vivos, mas se diferencia e compromete o meio em que vive, como se o ambiente em que se faz presente não fosse o seu real habitat natural. O ser humano se comporta como um encarcerado no planeta, e não como um ser realmente livre.
Por diversas motivações e condições científicas e não científicas, o mistério da   origem da vida ao decorrer dos tempos terráqueos, teve por incontáveis vezes diversificadas teorias racionalizadas por profetas, filósofos e cientistas. Muitas dessas teorias não passam (hipoteticamente) apenas de estórias lendárias, no entanto, outras, também dentro de uma plausibilidade, possuem um maior grau de credibilidade, por estarem contextualizada no que tange determinada lógica e fundamentos científicos. Mas a grande verdade, é que ninguém até onde se pode contemplar, descobriu este segredo.   
Pois, até onde é possível saber ninguém conseguiu fazer a vida, ou seja, integralizar energia com a matéria e fazer algo espontaneamente funcionar (viver), e posteriormente explicar o que ocorreu.
Um exemplo, da busca pela verdade absoluta, são as diversas teorias que surgem, e tempos depois perdem credibilidade e às vezes ressurgem conforme a filosofia e as considerações científicas encontram novos paradigmas.  Neste contexto, de teoria que um dia foi plausível, mas que devido ao desenvolvimento científico e filosófico humano foi desconsiderada por experimentações científicas simples a mais de um século passado em relação ao terceiro milênio depois de Cristo.  Cito a hipótese da Geração Espontânea ou cientificamente denominada abiogênese, ou seja, a vida que tem origem a partir de elementos não animados, denominados de abióticos.
Entre as hipóteses científicas parcialmente aceita é a Panspermia Cósmica, esta teoriza que o Planeta Terra, supostamente tenha sido contaminado por seres vivos microrgânicos originados em algum astro do cosmo, ou seja, que migrou de algum lugar  do espaço sideral, através de meteoros. Estes microrganismos teriam encontrado no ambiente do Planeta Terra condições favoráveis para se desenvolverem e evoluírem. Esta teoria não é plausível entre a comunidade cientifica pelo fato de que as formas de vida que contemplamos na contemporaneidade, supostamente não resistiriam às adversidades do espaço sideral, como também, só explicaria o aparecimento da vida no Planeta Terra e não a  origem da vida. Outro fator de questionamento, é que não é provada a existência de seres extraterrestres, até onde se sabe, e o que se permite saber.      
A hipótese com maior credibilidade no plano científico é a Biogênese. Esta é uma teoria plausivelmente aceita (por enquanto) por uma grande parte da humanidade na atualidade. Segundo esta hipótese, os seres vivos surgem a partir da evolução de outros seres vivos, descartando, até que se prove o contrário, a possibilidade do surgimento por seres abióticos. Porém o grande questionamento é como surgiu o ser vivo matriz?
E dentro de um contexto social, hipoteticamente desvinculado do científico, existem as teorias Teológicas, relacionadas a doutrinas religiosas, que expressam que a vida surgiu a partir da vontade de um ser sobrenatural conhecida.      
A partir destas hipóteses se ramificam teorias que tentam contemplar quais seres vivos surgiram primeiro na Terra. Estas teorias foram denominadas de Autotrófica (hipótese sobre os organismos vivos que produzem seus próprios alimentos) e a Heterotrófica (que diz respeito aos organismos vivos que não produzem seus próprios alimentos). A comunidade científica se simpatiza mais com a teoria Heterotrófica. Mas não descarta a hipótese Autotrófica.    
Outra teoria que ganha plausibilidade entre a comunidade científica é a denominada de Evolução Química. A qual se desenvolve no contexto da exploração científica relacionadas às biomoléculas e nos episódios que supostamente tenham ocorrido no que tangeu as condições climáticas do Planeta Terra a teóricos bilhões de anos passados. Admiti-se, até provar-se o contrário atualmente, que composições inorgânicas simples reagiram com gases presente na atmosfera terráquea, e teoricamente poderiam ter originado aminoácidos, nucleotídeos e outras moléculas orgânicas mais complexas, tornando-se pioneira das proteínas e dos ácidos nucléicos.
Supostamente no século XXI Cristão, em seus anos iniciais, foi compartilhado com o mundo, a revelação científica que alguns exemplares de ácidos ribonucléicos (RNA) possuem a capacidade de se desagregarem quando ocorre a falta de proteínas. Isto fortalece a plausibilidade da teoria que expressa que os pioneiros seres viventes seriam ancestrais de RNA, sendo capazes de realizarem uma forma primitiva de reprodução. Na tentativa de provar esta hipótese, os pesquisadores tentam reproduzir em laboratório as prováveis condições do planeta Terra, do período geológico que condicionou o aparecimento da vida.
Porém, mesmo se utilizando de diversificadas técnicas de experimentação científicas, com todo o suporte tecnológico presente e em constante evolução na contemporaneidade, o ser humano ainda se encontra distante de chegar a uma conclusão plausível sobre suas origens, até onde é permitido saber.
No que tange estas várias teorias demonstradas, são raras atualmente as que possuem sentido mais plausível ou não recebem muita credibilidade, hipoteticamente por falta de provas mais concretas ou por outros motivos. Tem-se conhecimento apenas, que a origem da vida é um suposto e plausível mistério para a grande maioria da humanidade, e que a cada mínima contemplação, a ciência se aproxima mais de novas hipóteses, mas ainda está distante de uma conclusão exata e pertinente a aceitação “social”.
Como se percebe, não existe até onde se sabe, concordância sobre como a vida surgiu no Planeta. Porém, no que tange o homem, esta discordância aumenta. Muitas vezes geradas por questões sociais estruturais da civilização humana, do que propriamente por falta de “provas científicas”.  Neste contexto, apenas como aspecto informativo, é teorizado dentro de uma determinada coerência ideológica, social e política, que o ser humano sob a perspectiva da Teoria Evolucionista, é um animal recente na história geológica do Planeta Terra. Pois, seu ancestral e também de todos os primatas existentes no planeta, surgiu à aproximadamente dez milhões de anos atrás. E os primeiros homens com todas as características do ser humano atual só apareceram no contexto do planeta, a cerca de cem a cento e cinquenta mil anos passados. Surge então o mais devastador predador que o planeta já testemunhou.
No contexto da Teoria Criacionista, o ser humano foi criado por uma entidade mística superior, o que sob este ponto de vista, vai variar de tendência religiosa para tendência religiosa. No entanto, em todas as tendências, sempre o homem é o último elemento a ser criado.
Outra teoria sem muitos adeptos, devido a sua complexidade profana sobre o surgimento do homem e dos outros seres vivos existentes e que também dos que não existem mais, diz respeito que o homo sapiens sapiens é descendente de colonizadores alienígenas com a mesma característica humana. Oriundos de outro planeta, que aqui na Terra se fixaram e tentaram reproduzir um ambiente parecido com o de seu planeta natal, mas que por algum motivo, sofreram um retrocesso técnico e perderam o controle do projeto inicial. A partir desta teoria se ramificam outras, que se vinculam ao misticismo e a ciência,..., ou seja, o homem a princípio, só sabe para onde vai (morte), mais pouco sabe sobre sua origem.
Mas faria alguma diferença? Será que anteciparia o fim de seu ciclo, a partir de seus próprios atos destrutivos?

O mistério não esta na vida, e sim no processo que desencadeia o fim do ciclo existencial do homem poderoso. E não do homem comum. Pois, para o homem comum, o que importa é sobreviver e satisfazer-se com o sistema, independente da ideologia aplicada sobre ele.  
   Texto extraído da obra  "Librorum Prohibitorum" (ainda em processo de construção).