segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A falta de organização e profissionalismo.

PUBLICADO NA TRIBUNA DA BARREIRINHA e TRIBUNA DO CENTRO - agosto/2012 

A falta de organização e profissionalismo.

Mais uma Olimpíadas finalizada, onde o Brasil ocupou a 22ª posição no quadro de medalhas, atrás de países como Jamaica, Irã e Coréia do Norte. Conseguiu apenas três medalhas de ouro, ou seja, o mesmo numero de medalhas de ouro da África do Sul e Etiópia e Croácia. E se o Quênia, Belarus e Azerbaijão conseguissem um ouro a mais, já passariam em nossa frente, pois o numero de medalhas de prata é maior.
Longe de criar uma ideia de superioridade e desrespeito, a presente introdução é um norte para se refletir. Pois moramos em um pais que é a 6ª potência econômica do mundo! Que apesar dos problemas existentes na saúde pública, educação e infraestrutura, o Brasil apresenta e oferece de longe melhores condições de vida ao seu povo se comparado com Etiópia, Quênia, África do Sul, Jamaica e Coréia do Norte.
Temos vale leite, bolsa família, luz fraterna, vacina, educação gratuita, comida barata se comparado com outros países,... ou seja, não carregam a qualidade que deveriam já que pagamos muito por isso em tributos, mas em comparação...
Então a questão é: o que acontece de fato com o esporte brasileiro?
O futebol não precisa de apoio governamental financeiro, pois é auto-suficiente, sendo uma das atividades econômicas mais expressivas no Brasil.
O atletismo, natação e judô independente do apoio governamental, é complementado pelo apoio financeiro da iniciativa privada. Já os outros esportes possuem suas particularidades, mas para não sair da rotina culpam o governo por não possuírem apoio necessário, que gerem resultados!
Apoio necessário em um país como o Brasil? Será que na Etiópia, Quênia, África do Sul, Jamaica... o governo investe em atleta? Pois, é longe e muito longe do que se é noticiado, estes países não investem em esportes, pois possuem assuntos mais urgentes a tratar, seus atletas são oriundos de sua força militar, grupos de investimentos internacionais (para satisfazer interesses sociais de ONG’s) e de uma pequena elite.
Então, e no Brasil o que acontece?
Temos um povo diversificado em suas características, clima diversificado,... ou seja, temos tudo que os outros possuem e com folga e um plus, para se adaptar a qualquer tipo de competição com qualidade e cotação para vitória.
Então o que acontece é a notória falta de organização e profissionalismo das respectivas federações, ministérios e secretarias que tratam do esporte. Ou seja, a mesma falta de organização e credibilidade que é percebido pelo setor privado, que quer investir, mas não o faz, pois sabe que será um dinheiro aplicado ao vento.
Resumindo, esta na hora de profissionalizar o esporte brasileiro como fez o Voleibol, pois é a única modalidade esportiva levada a sério no Brasil, porém até quando?    
Porém, profissionalizar o esporte com dois “SS” e não proficionalizar” com “c”. Eis, que o problema menor da evolução do esporte no Brasil é dinheiro e estrutura física. O que falta é gente competente e qualificada, não os que acham que sabem alguma coisa por que foram atletas. O esporte é coisa séria, pois, colabora com a economia, ajuda a combater a criminalidade sem ser violento e colabora com a saúde pública, pois colabora com a qualidade de vida de seu praticante.      

Antonio Ilson Kotoviski Filho. É professor de História, Bacharel em História, Especialista em História do Brasil, Mestre em Ciências da Educação, Bacharel em Direito, historiador, poeta e colunista da Tribuna da Barreirinha e Tribuna do Centro.

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