domingo, 20 de outubro de 2013

Além de uma simples poesia.

ANCIPTIS USUS  

Vocation in ius

O poder de interpretação,
Liga-se intimamente ao potencial da visão.
Não basta ler e imaginar,
Quando se tem que vivenciar,
Para começar a compreender,
O que não se quer perceber.

A jornada começou,
Alguém pelo caminho gritou,
Um horizonte se avistou,
Mas ninguém lá, ainda chegou.
Lá não é o fim, mas o começo,
A custa de um duro preço.

O valor das coisas,
E as coisas de valores,
Muitos dizem serem poucas,
Já que o supérfluo é corrompido por amores.
Aprendidos em lousas,
Passando despercebidos nossos maiores temores.

O organismo maior sente a doença,
Que se alimenta da crença,
Que nasce na descrença,
Do renegado vital.
Elemento fundamental,
Que alimenta um sistema mortal.

Falsos profetas e profecias,
Descrevem os contemporâneos derradeiros dias,
Servindo de vias,
Para fundamentar utopias,
Que abrem falência na simples intenção de revelia,
De quem não encontra respostas para as intimas agonias.

Palavras sem ação,
Questão sem solução.
Enferma reação.
Domesticada pela legislação,
Uma oculta manipulação,
Guiada sempre por uma religião.

Metáforas sem nexo,
Descrevem um universo complexo,
Que se resume na contradição do amor e do sexo,
Produzindo diferentes reflexos,
Carregando o ser com anexos,
De textos perplexos.

O nosso mundo não acabou,
E tão pouco o fim começou.
Porém o relacionamento mudou,
E o que é vital se alterou,
Abrindo caminho para algo que não se aceitou,
Mas que evolui, transforma-se, mas que não desabrochou.

Acelerou-se o processo,
Necessita-se de um regresso,
É o custo do excesso,
E do rompimento expresso,
Do que me faz, o seu universo,

Já que somos a continuação desse verso.

Poesia extraída da obra "LIVRO NEGRO. O LADO OPOSTO DO AMOR" disponível gratuitamente no endereço 

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