PUBLICADO NA TRIBUNA DA BARREIRINHA nº 23 - fevereiro 2012
FORMADORES DE OPINIÃO OU MANIPULADORES DE OPINIÃO?
Os meios de
comunicação que costumo entrar em contato estão corrompidos, por seres que
perderam o poder, e de forma hipócrita solicitam e criticam circunstâncias nas
quais puderam resolver quando se encontravam no poder. Outros corrompem os meios de comunicação, para proteger
amigos, interesses e principalmente tirar o foco de acontecimentos que não
devem nunca passar pelo clivo da racionalização profunda. Já outros que não são
nada na ordem do dia por incompetência própria, buscam através de caminhos falaciosos
chegar a realização de seu sonho, para posteriormente agir do mesmo jeito,
daqueles que um dia criticou!
Estas
anomalias sociais se aproveitam da ação de repetir e considerar o que é desabafado
pelos outros de forma superficial simplesmente para satisfazer o ego, proteger
o interesse que defende. Já que identificaram que isto é um reflexo psicológico
carregado pelo ser de personalidade e racionalização frágil, que se expressa
como compensação de uma vida mal resolvida por constantes fracassos devido a
falta de reflexões sobre a concretizações de sonhos e a não contemplação
preliminar dos riscos, das consequências dos erros e as revoluções causadas
pelos fracassos.
Neste
contexto, não raro é observar a assimilação dos revezes no contexto do que forja
as observações que se faz do cotidiano. Independente se o fato observado está
ligado ou não, se possível e verdadeiro fundamento ao motivo do fracasso
logrado. É neste sentido que argumentos e justificativas propagadas por certos
“comunicadores e formadores de opinião” viram falácias, pois se integram a vícios
comuns presentes em leigas observações populares. Ou seja, se fala o que o povo
quer ouvir (que confirme), mesmo estando errado ou impossível. Lava-se
literalmente a “cabeça da platéia”, corrompe a personalidade do ser, dita o que
ele deve ser e como comportar-se. Cria-se uma massa de manipulação.
É por este
motivo que não raro, nos depararmos com situações onde é possível perceber, uma
informação falaciosa sendo argumentada,
para receber um status de credibilidade no contexto de sua recepção. Pode
ocorrer nos veículos como notícias vinculadas por um jornal escrito, por rádio
ou televisão; em artigos científicos e filosóficos; na pregação de um texto
sagrado no contexto de uma doutrina; na contestação de uma denuncia ou na
formalização de uma denuncia, ou seja, a argumentação de caráter falaciosa é
uma ferramenta de convencimento, que se fundamenta em fatos e circunstancias
reais, porém distorcidos ou de contexto fabricado que visam atingir interesses
diversos em prol do argumentador.
A
argumentação, por ser uma ferramenta de convencimento, é construída dentro de
um processo racional articulado, a qual se configura como a alma do
convencimento, pois compreende dentro deste processo um contexto de prova,
reflexão e conclusão. Mas, também é um instrumento que mesmo dominado
superficialmente permite deduzir a
veracidade de uma falácia. Como é possível ser utilizada para direcionar um
pensamento a um fim predisposto por algum interesse, e é por este motivo que
ela pode se tornar uma arma na mão de um ser com interesses obscuros.
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