sábado, 19 de outubro de 2013

HISTÓRIA

Trecho da  obra  Librorum Prohibitorum

HISTÓRIA


O homem em sua caminhada dificilmente esquece-se do que fez. Isto porque existem outros homens que se lembram de muitos acontecimentos que por algum motivo alguém esqueceu, em seus comentários diários. Independente se valorados como bom ou ruim. Mas, existem acontecimentos que ganham notoriedade dentro de uma sociedade, já que representaram um momento importante no contexto de forja da identidade de um grupo humano qualquer. Outros, porém, apesar de não serem notórios viram segredos, pois se somados a outros possuem o potencial de se tornarem notório. É difícil avaliar qual circunstância é mais impactante para um grupo, ou seja, a que simplesmente acontece notoriamente ou aquela que vai concentrando e um dia se revela.
Dentro desta perspectiva, as relações humanas sempre foram forjadas sob a luz de interesses diversos, que produziram uma história contada de diversas formas, maneiras e interesses. Deixando, sempre um rastro oculto nas entrelinhas dos fatos, e por consequência obscurecendo a verdadeira gênese que originou uma realidade paralela, que se sobrepõem a realidade que o homem deveria ver, mas não consegue.
Contemporaneamente, não existe uma verdade histórica, mas várias verdades, norteadas por ideologias. As quais se formam de sonhos utópicos, mas se tornam pesadelos, já que se transformam em ferramentas para as anomalias que tentam sustentar seus interesses, no que tange a distorção da interpretação a seu bel prazer. Pois, alguns humanos perceberam que quem domina o passado, domina o futuro. Mas quem domina o presente é o senhor do passado.  Pois, domina as ações.
Mas o homem aprende com que entra em contato. Evolui através dos obstáculos que enfrenta. Escreve sua história de forma única e abrangente, mesmo não percebendo isto. Pois, como o ser humano não sabe para onde vai, tão pouco de onde venho, vive seus dias como se fossem os últimos. Consequência de ter se condicionado ao tempo.
Tempo. Elemento artificial que metaforicamente ocultou o surgimento do ser humano, lhe legando uma questão, que se um dia resolvida, transmutará a consciência humana e possivelmente radicalizará as relações humanas.
Bem vindo ao Universo de Cronus, o seu deus! O deus que louvamos, mas não o reconhecemos. Você pode pensar e expressar que não acredita nele. Mas, o reverencia e o obedece. Pois, ele tem o controle sobre seu cotidiano e conta os passos rumo ao estado terminal. Como também consome a sua lembrança. Constroem-se monumentos em louvor a ele. Quem entende o Reinado de Cronus, percebe o estado presente, já que abandona o estado passado. Isto ocorre, devido ao domínio da consciência sobre a irrealidade da vida e da morte.  
O tempo, uma criação involuntária do homem duplamente sábio. Um elemento que não existe, mas tem forma. Já que na prática parece existir e existe. Seria um apontamento para a prova de que o homem cria concepções ilusórias e condicionam as pessoas a acreditarem, a ponto de fazerem elas serem reais?
O grande segredo do Reino de Cronus, é que não é o tempo que se move. Mas sim seus súditos e marcos. Que a propósito, estão em constante movimento mesmo não parecendo. E isto ocorre por eles simplesmente existirem e constantemente interagirem elementarmente entre si. A ação e reação que estão sujeitos todos os elementos compostos de quasar ou outras partículas desconhecidas são os principais vetores que criam a ideia que o tempo é real.   
A relevância em se entender esta reflexão sobre a convenção tempo, é o principal norte para se compreender a ideia “de ver o que ninguém vê”, de identificar o que nos é apresentado como real, mas que sua raiz não é. Pois, na perspectiva da noção do tempo, se encontra a vinculação dele com o espaço, movimento, condicionamento e absolutismo da concepção.
Ao contemplar o tempo, se entra em contato com outros universos. Ou seja, a partir dele, se chega a pontos até então não relacionado a eles. Por que disso, porque ele possui um espírito artificial, existente, mas não existente. Assimilar como uma coisa que não existe consegue influenciar o que existe, é entender a fé e o poder dela, mesmo este questionamento sendo mais uma metáfora.        
É um assunto complexo, sem nexo, mas que possui um reflexo de múltiplas interpretações e condicionamentos. Pois, um dia alguém observou ou deu a ideia que não existem verdades absolutas, no que tange o que é transmitido pela história ou estória. De repente uma mentira repetida várias vezes e por um longo período, se torna uma plausível verdade. E o que era verdade morre e é ocultado por mentiras geradas para proteger a mentira principal. Uma verdade artificial?
O tempo foi ou é uma verdade artificial criada com um propósito que nos separou de vez do mero marco instintivo de sobrevivência. Supostamente nos beneficiou, mas nos deu consciência de que a morte humana a cada dia que passa mais se aproxima de nós. E como grande numero de pessoas possuem temores em relação à morte, as doutrinas exploram isto para controlá-las dentro de um padrão. Ou interesses diversos fazem o mesmo. Sendo assim, devemos aproveitar a vida humana! Mas que tipo de vida se deve aproveitar?    
A presente noção de tempo se torna necessária justamente porque o contexto que envolve o ciclo da vida artificial encontra-se sobre os domínios da convenção do tempo, um elemento que a principio só existe na psique humana, como fato delimitador de acontecimentos e da nossa relação com o meio de sobrevivência que escolhemos. Neste sentido, a noção de tempo que rege a humanidade, é a que define que este é meramente uma convenção humana. Pois, a psique capta e identifica apenas o que tem movimento e o elege como marco para limitar suas ações.
O Reino de Cronus, o Titã dos Titãs. O nada que existe, um lugar para servir para dar existência a coisas reais, criadas de quasar. Onde tudo em volta dele passa, tem movimento, sem nunca desaparecer, apenas se transformar em algo novo.         
A contextualização do universo de Cronus no contexto da Teia da Vida é um dos assuntos mais complexos de serem compreendidos, pois, se emprega o norte de sua natureza em diversificados sentidos. Porta-se na perspectiva de um novo horizonte de percepção deste assunto, mesmo não se contemplando a presença das diversas reflexões de sua diferenciação clara vinculada as suas diversas noções. Diverso deste fator apresentado ocorre também à obstrução cujo, contemporânea concepção da psique humana, se compreende inepta para racionalizar assuntos que transcende o universo dimensional do homem.
No contexto destas exposições a noção de tempo, deixa de ser exclusiva ao tempo convencional propriamente dito. Mas segue na perspectiva, que tudo tem sua hora e momento, tudo acontece conforme os eventos resultantes da metamorfose determinam, e uma vez ocorridos, são irrecuperáveis. Mesmo se possível fosse retornar ao momento de sua ocorrência. Pois, se criaria um novo problema, que acarretaria na saturação da rede, provocando o surgimento de uma teia paralela interligada.
Diante desta exposição, se torna notório, que o tempo é um estado complexo que permeia a sua própria existência, pois, ele não existe, mas existe. Um estado contraditório, porém, que fundamenta de forma precisa a perspectiva condicionante humana, que permite criar um sistema paralelo, no entanto, descontínuo, ligado ao sistema natural, o corrompendo e o alterando drasticamente. Escravizando desta forma seus elementos.
Apesar da apresentação do texto ter sido exposta de forma complexa, pois, é uma criação humana, uma artificialidade com fundamentos, é possível encontrar nela a chave que permite escancarar as portas do horizonte proibido. Eis que quem compreende a alma do tempo, consegue dar inicio as explicações de problemas que permeiam a vida, a partir de sua interdependente gênese. O tempo é uma misteriosa e profana metáfora, que permite através do contexto de sua racionalidade existencial, dispor-se em analogia a solução de outros mistérios. O tempo não é o segredo, mas o Guardião e o guia dos segredos. Já que na forma que ele é apresentado, se contempla que ele esta longe de ser um conceito (artificial) e também distante de ser um principio. Isto ocorre porque do tempo decorre uma compreensão e analises que não se limitam a condição natural que a concebemos no cotidiano.     
Nesta condição apresentada, o mistério e as questões que se vinculam ao tempo se resumem em: movimento (ação e reação). Ou seja, o que o contexto desta complexidade quis demonstrar é que quem anda não é o tempo. Mas sim os seres que evoluem e toda a matéria que possui naturalmente um quasar se alteram. Mas cedo ou mais tarde. O tempo não existe porque é o homem que percebe suas próprias alterações e as alterações a sua volta e credita marcos para planejar como evitar tudo aquilo que vê. Porém ao criar marcos criam as formas mais simples de manipulações e prisões contextualizadas a perspectivas.  
Muitos verem a “máquina do tempo” como utopia, outros como um grande sonho ou desejo, mas são poucos que descobrem que ela é uma metáfora, o qual sua lenda, carrega informações que realmente transcendem o tempo e o espaço. O seja, o segredo que desmistifica a realidade. E que oculta à essência vital. Pois, ao descobrir a essência existirá uma grande possibilidade de se contemplar suas metamorfoses e objetivos.
A essência é a história, ou seja, as marcas de existência.
Todos possuem histórias. Tudo faz história, até o que é inanimado. Algumas teorias dizem o contrário. Que valor tem uma teoria que só considera como agente ativo o ser humano? E quando não tinha os seres humanos não existia história? Por que a Ciência fala de dinossauro, ou seja, conta a história deles? E a Terra em formação, quando não tinha vida, não é contada a história deste acontecimento?
História é um processo de reações e ações, conscientes e inconscientes que se desenvolve no “nada que existe, um lugar para servir para dar existência a coisas reais, criadas de quasar”, interferindo no sistema natural que por efeito atingi o artificial. O ser humano reflete esta condição, pois ou age dominado pela razão ou pela emoção.
Antes de querer entender a realidade, se deve entender a história (essência) das ações e reações do homem, tanto dos que participam diretamente, quando daqueles que tecem julgamento. Pois, tudo tem uma essência comum, um padrão, ou seja, o norte para as complexas reflexões que serão a sua sombra a partir de agora.
Este já é um segundo propileus que você curiosamente adentrou. É o mundo de transição entre a superficialidade do que se vê e o espontâneo afogamento em paranoias sem fim. Quando se tece sobre ações e reações conscientes e inconscientes, que esta seja entendida em lato senso, ou seja, se estende tanto ao aspecto da ação propriamente dita, quanto da análise que se desenvolve. Pois, se uma análise se influencia emocionalmente o resultado será diferente de uma perspectiva racional. Deste que esta não esteja corrompida por doutrinas, teorias, técnicas ou coisas que norteiam uma determinada conclusão.

Difícil ser imparcial. A história quando verificada a sua essência, os seus métodos, fontes,... proporcionam resultados que fogem de técnicas, doutrinas, teorias entre outras. A ideia não é entender e se prender em avaliar o que realmente é certo, mas sim refletir, se comportar como um sábio, observar e escutar e pensar. Quanto a hora exata de agir, que se entenda como uma mera questão de sobrevivência quando necessário.

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