Trecho da obra Librorum Prohibitorum
HISTÓRIA
O homem em sua
caminhada dificilmente esquece-se do que fez. Isto porque existem outros homens
que se lembram de muitos acontecimentos que por algum motivo alguém esqueceu,
em seus comentários diários. Independente se valorados como bom ou ruim. Mas,
existem acontecimentos que ganham notoriedade dentro de uma sociedade, já que
representaram um momento importante no contexto de forja da identidade de um
grupo humano qualquer. Outros, porém, apesar de não serem notórios viram
segredos, pois se somados a outros possuem o potencial de se tornarem notório.
É difícil avaliar qual circunstância é mais impactante para um grupo, ou seja,
a que simplesmente acontece notoriamente ou aquela que vai concentrando e um dia
se revela.
Dentro desta
perspectiva, as relações humanas sempre foram forjadas sob a luz de interesses
diversos, que produziram uma história contada de diversas formas, maneiras e
interesses. Deixando, sempre um rastro oculto nas entrelinhas dos fatos, e por
consequência obscurecendo a verdadeira gênese que originou uma realidade
paralela, que se sobrepõem a realidade que o homem deveria ver, mas não
consegue.
Contemporaneamente,
não existe uma verdade histórica, mas várias verdades, norteadas por
ideologias. As quais se formam de sonhos utópicos, mas se tornam pesadelos, já
que se transformam em ferramentas para as anomalias que tentam sustentar seus
interesses, no que tange a distorção da interpretação a seu bel prazer. Pois, alguns
humanos perceberam que quem domina o passado, domina o futuro. Mas quem domina
o presente é o senhor do passado. Pois,
domina as ações.
Mas o homem
aprende com que entra em contato. Evolui através dos obstáculos que enfrenta.
Escreve sua história de forma única e abrangente, mesmo não percebendo isto.
Pois, como o ser humano não sabe para onde vai, tão pouco de onde venho, vive
seus dias como se fossem os últimos. Consequência de ter se condicionado ao
tempo.
Tempo.
Elemento artificial que metaforicamente ocultou o surgimento do ser humano, lhe
legando uma questão, que se um dia resolvida, transmutará a consciência humana
e possivelmente radicalizará as relações humanas.
Bem vindo ao
Universo de Cronus, o seu deus! O deus que louvamos, mas não o reconhecemos.
Você pode pensar e expressar que não acredita nele. Mas, o reverencia e o
obedece. Pois, ele tem o controle sobre seu cotidiano e conta os passos rumo ao
estado terminal. Como também consome a sua lembrança. Constroem-se monumentos
em louvor a ele. Quem entende o Reinado de Cronus, percebe o estado presente,
já que abandona o estado passado. Isto ocorre, devido ao domínio da consciência
sobre a irrealidade da vida e da morte.
O tempo, uma
criação involuntária do homem duplamente sábio. Um elemento que não existe, mas
tem forma. Já que na prática parece existir e existe. Seria um apontamento para
a prova de que o homem cria concepções ilusórias e condicionam as pessoas a
acreditarem, a ponto de fazerem elas serem reais?
O grande
segredo do Reino de Cronus, é que não é o tempo que se move. Mas sim seus
súditos e marcos. Que a propósito, estão em constante movimento mesmo não
parecendo. E isto ocorre por eles simplesmente existirem e constantemente
interagirem elementarmente entre si. A ação e reação que estão sujeitos todos
os elementos compostos de quasar ou outras partículas desconhecidas são os
principais vetores que criam a ideia que o tempo é real.
A relevância
em se entender esta reflexão sobre a convenção tempo, é o principal norte para
se compreender a ideia “de ver o que ninguém vê”, de identificar o que nos é
apresentado como real, mas que sua raiz não é. Pois, na perspectiva da noção do
tempo, se encontra a vinculação dele com o espaço, movimento, condicionamento e
absolutismo da concepção.
Ao contemplar
o tempo, se entra em contato com outros universos. Ou seja, a partir dele, se
chega a pontos até então não relacionado a eles. Por que disso, porque ele possui
um espírito artificial, existente, mas não existente. Assimilar como uma coisa
que não existe consegue influenciar o que existe, é entender a fé e o poder
dela, mesmo este questionamento sendo mais uma metáfora.
É um assunto
complexo, sem nexo, mas que possui um reflexo de múltiplas interpretações e
condicionamentos. Pois, um dia alguém observou ou deu a ideia que não existem
verdades absolutas, no que tange o que é transmitido pela história ou estória.
De repente uma mentira repetida várias vezes e por um longo período, se torna
uma plausível verdade. E o que era verdade morre e é ocultado por mentiras
geradas para proteger a mentira principal. Uma verdade artificial?
O tempo foi ou
é uma verdade artificial criada com um propósito que nos separou de vez do mero
marco instintivo de sobrevivência. Supostamente nos beneficiou, mas nos deu
consciência de que a morte humana a cada dia que passa mais se aproxima de nós.
E como grande numero de pessoas possuem temores em relação à morte, as doutrinas
exploram isto para controlá-las dentro de um padrão. Ou interesses diversos
fazem o mesmo. Sendo assim, devemos aproveitar a vida humana! Mas que tipo de
vida se deve aproveitar?
A presente
noção de tempo se torna necessária justamente porque o contexto que envolve o
ciclo da vida artificial encontra-se sobre os domínios da convenção do tempo,
um elemento que a principio só existe na psique humana, como fato delimitador
de acontecimentos e da nossa relação com o meio de sobrevivência que escolhemos.
Neste sentido, a noção de tempo que rege a humanidade, é a que define que este
é meramente uma convenção humana. Pois, a psique capta e identifica apenas o
que tem movimento e o elege como marco para limitar suas ações.
O Reino de
Cronus, o Titã dos Titãs. O nada que existe, um lugar para servir para dar
existência a coisas reais, criadas de quasar. Onde tudo em volta dele passa,
tem movimento, sem nunca desaparecer, apenas se transformar em algo novo.
A
contextualização do universo de Cronus no contexto da Teia da Vida é um dos
assuntos mais complexos de serem compreendidos, pois, se emprega o norte de sua
natureza em diversificados sentidos. Porta-se na perspectiva de um novo
horizonte de percepção deste assunto, mesmo não se contemplando a presença das
diversas reflexões de sua diferenciação clara vinculada as suas diversas
noções. Diverso deste fator apresentado ocorre também à obstrução cujo,
contemporânea concepção da psique humana, se compreende inepta para
racionalizar assuntos que transcende o universo dimensional do homem.
No contexto
destas exposições a noção de tempo, deixa de ser exclusiva ao tempo
convencional propriamente dito. Mas segue na perspectiva, que tudo tem sua hora
e momento, tudo acontece conforme os eventos resultantes da metamorfose
determinam, e uma vez ocorridos, são irrecuperáveis. Mesmo se possível fosse
retornar ao momento de sua ocorrência. Pois, se criaria um novo problema, que
acarretaria na saturação da rede, provocando o surgimento de uma teia paralela
interligada.
Diante desta
exposição, se torna notório, que o tempo é um estado complexo que permeia a sua
própria existência, pois, ele não existe, mas existe. Um estado contraditório,
porém, que fundamenta de forma precisa a perspectiva condicionante humana, que
permite criar um sistema paralelo, no entanto, descontínuo, ligado ao sistema
natural, o corrompendo e o alterando drasticamente. Escravizando desta forma
seus elementos.
Apesar da
apresentação do texto ter sido exposta de forma complexa, pois, é uma criação
humana, uma artificialidade com fundamentos, é possível encontrar nela a chave
que permite escancarar as portas do horizonte proibido. Eis que quem compreende
a alma do tempo, consegue dar inicio as explicações de problemas que permeiam a
vida, a partir de sua interdependente gênese. O tempo é uma misteriosa e
profana metáfora, que permite através do contexto de sua racionalidade
existencial, dispor-se em analogia a solução de outros mistérios. O tempo não é
o segredo, mas o Guardião e o guia dos segredos. Já que na forma que ele é
apresentado, se contempla que ele esta longe de ser um conceito (artificial) e
também distante de ser um principio. Isto ocorre porque do tempo decorre uma
compreensão e analises que não se limitam a condição natural que a concebemos
no cotidiano.
Nesta condição
apresentada, o mistério e as questões que se vinculam ao tempo se resumem em:
movimento (ação e reação). Ou seja, o que o contexto desta complexidade quis
demonstrar é que quem anda não é o tempo. Mas sim os seres que evoluem e toda a
matéria que possui naturalmente um quasar se alteram. Mas cedo ou mais tarde. O
tempo não existe porque é o homem que percebe suas próprias alterações e as
alterações a sua volta e credita marcos para planejar como evitar tudo aquilo que
vê. Porém ao criar marcos criam as formas mais simples de manipulações e
prisões contextualizadas a perspectivas.
Muitos verem a
“máquina do tempo” como utopia, outros como um grande sonho ou desejo, mas são
poucos que descobrem que ela é uma metáfora, o qual sua lenda, carrega
informações que realmente transcendem o tempo e o espaço. O seja, o segredo que
desmistifica a realidade. E que oculta à essência vital. Pois, ao descobrir a
essência existirá uma grande possibilidade de se contemplar suas metamorfoses e
objetivos.
A essência é a
história, ou seja, as marcas de existência.
Todos possuem histórias.
Tudo faz história, até o que é inanimado. Algumas teorias dizem o contrário.
Que valor tem uma teoria que só considera como agente ativo o ser humano? E
quando não tinha os seres humanos não existia história? Por que a Ciência fala
de dinossauro, ou seja, conta a história deles? E a Terra em formação, quando
não tinha vida, não é contada a história deste acontecimento?
História é um
processo de reações e ações, conscientes e inconscientes que se desenvolve no
“nada que existe, um lugar para servir para dar existência a coisas reais,
criadas de quasar”, interferindo no sistema natural que por efeito atingi o
artificial. O ser humano reflete esta condição, pois ou age dominado pela razão
ou pela emoção.
Antes de
querer entender a realidade, se deve entender a história (essência) das ações e
reações do homem, tanto dos que participam diretamente, quando daqueles que
tecem julgamento. Pois, tudo tem uma essência comum, um padrão, ou seja, o
norte para as complexas reflexões que serão a sua sombra a partir de agora.
Este já é um
segundo propileus que você curiosamente adentrou. É o mundo de transição entre
a superficialidade do que se vê e o espontâneo afogamento em paranoias sem fim.
Quando se tece sobre ações e reações conscientes e inconscientes, que esta seja
entendida em lato senso, ou seja, se estende tanto ao aspecto da ação
propriamente dita, quanto da análise que se desenvolve. Pois, se uma análise se
influencia emocionalmente o resultado será diferente de uma perspectiva racional.
Deste que esta não esteja corrompida por doutrinas, teorias, técnicas ou coisas
que norteiam uma determinada conclusão.
Difícil ser
imparcial. A história quando verificada a sua essência, os seus métodos,
fontes,... proporcionam resultados que fogem de técnicas, doutrinas, teorias
entre outras. A ideia não é entender e se prender em avaliar o que realmente é certo,
mas sim refletir, se comportar como um sábio, observar e escutar e pensar.
Quanto a hora exata de agir, que se entenda como uma mera questão de
sobrevivência quando necessário.
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