sábado, 30 de novembro de 2013

GÊNESES


Acordo de um longo sono. Onde sonhava que estava na realidade. Mas que por algum motivo relacionado ao mecanismo de funcionamento da consciência, desconfiei que era um sonho.
Mas algo estranho ocorreu, parecia que o sonho continuava, e tudo que julgava ser realidade, não passava de uma mera artificialidade. Então caminhei, por um caminho, que era a mesma estrada de meus pares, mas que não parecia ser a mesma que eles estavam olhando. Tentei ver e caminhar como eles. Pois, achei estar louco.
Eram tempos de transição. Mas todo momento é uma transição. Mas naqueles tempos, pouco sabia da vida, teorias me condicionavam, a sociedade repassava-me valores. Eu era um jovem, mais um jovem que ascendia na sociedade, como a futura geração que conservaria a manutenção do mundo.
Por algum motivo que eu não sei explicar, mas que gostaria de achar respostas concretas, para me libertar destes passos subversivos. Sempre racionalizei diferente o que eu via. Um dia me falaram que era normal, pois, todos questionam em algum lugar do seu intimo a realidade que as cercam. Porém, são poucos os que compartilham esta reflexão. No entanto, os que compartilham sua maneira de ver o mundo, ou se tornaram filósofos, poetas, artistas..., ou foram presos, condenados aos tratamentos psiquiátricos ou simplesmente se tornaram uma grande piada na sociedade. Já no passado, alguns foram queimados e torturados em praça pública, sobre o som de aplausos!
Então conclui que não era normal pensar diferente, querer ver o mundo pregado pelas doutrinas religiosas e pelas teorias filosóficas. Mas estes pensamentos, eram de um jovem, cheio de ideais e sonhos.
Diante das minhas condições, deixei de sonhar com utopias, e convivi com a realidade, por algumas décadas. No entanto, apenas convivi, a aceitei, porque é assim que eu pensava que deveria ser, se eu quisesse sobreviver dentro de uma “normalidade”. Porém, algo me tocava. Algo que se escondia atrás dos muros, dos valores, tradições e comportamentos dos homens.
Foi no trigésimo primeiro inverno, que rompi um propileus, e resolvi explorá-lo.  Descobri, que as pessoas verem e escutam, o que o condicionamento delas necessitam. Ou seja, aceitam o que lhe fornece prazeres, uma pax. Porém, tudo dentro de um universo antagônico, que encarcera o ser, em seu próprio meio, criando um minúsculo mundo, limitado a outros pequenos mundos. Nada além disso. Observei, que a percepção da realidade esta no processo de comunicação, que só é possível ser percebida sob a luz de vários horizontes. Ou seja, quanto mais experiências de vida, maior é o campo de visão do ser. Porém, estas experiências, não se vinculam a um pequeno mundo, mas devem ser experimentadas no contexto de outros e diversos mundos. Pois, se a pessoa quer alcançar a universalidade, ela deve explorar outros mundos, além do seu. Eis que o Universo é formado por incontáveis galáxias, não só pelo Planeta Terra e seus vizinho do Sistema!
Mas rompendo a metáfora, a viagem, não precisa ser fora da realidade física. Basta apenas, quebrar a rotina cotidiana, visitar mundos próximos ao seu, mas que por condicionamento, via os longe. Porém, o grande desafio, é visitar mundos, (não se envolver fisicamente com ele), que são condicionados no intimo de cada um, como moralmente ou ideologicamente proibidos, não ilegais.
Mas existe um probleminha real e absoluto. Ou o condicionamento ganha novas ramificações, ou você irá ver a realidade sob uma nova perspectiva. Que na verdade, é uma manifestação só. Porém, que abre este questionamento. Será que eu estou sofrendo um novo tipo de condicionamento, que o é, ou estou vendo o que ninguém quer ver?
Paranóia, uma suposta doença identificada pela Psicologia. É esta a maldição. Ganha-se sabedoria, mas paga o preço de saber, que não existe certeza de nada. Que tudo, pode ser uma grande farsa, que será sempre explorada por alguém. Que a propósito, não é um conspirador. E nem vários. Mas oportunistas, que aprenderam os segredos do pensamento paranóico, e dele tiraram proveito para defender seus interesses. Que não são o superficial de dominar o mundo, mas de criar um mundo que os satisfaçam seus ideais de convivência.
Quem entrou por este propileus, jamais sai o mesmo. Pois, tudo que foi deslumbrado, afeta a consciência, como se fosse um encanto mágico. Não possui um momento especifico para se manifestar. Mas quando se manifesta, nem o percebe. Porém, quando se é detectado uma primaria manifestação, geralmente é observada por alguém. Esta manifestação então rompe sua penúltima barreira, que é o seu reconhecimento. A última barreira, geralmente é a mais resistente, porém, quando rompida, fica escancarada, e se não controlada, destrói a vida de quem carrega esta maldição.
Quem, pertence a este mundo, vai desdizer o que disse antes. Não vai ter mais uma opinião formada sobre tudo. Já que, que tudo, esta em movimento e em constante transformação. E isto se reflete no pensamento, que molda a realidade humana e vice-versa.
Não existem valores, absolutos, e sim princípios, que se adaptam e fundamentam o que molda o ser, e altera o horizonte a ser contemplado.
Tudo que foi redigido, um dia foi renegado. E o que foi renegado, renasceu. Pois, encontra sempre um interesse que o recepciona. Porém, o destorce e o adapta a ser uma ferramenta condicionante.
Eu fui a fonte. Porém, como esta fonte foi condicionada? Por que ao invés de ser e viver, vive e é um hipócrita, mas luta contra isto? Existem mundos a serem explorados! E pensamentos a serem renovados. Mas por que disso? Talvez um dia eu descubra, mas pelos olhos de quem? Tudo é mistério, tudo é condicionamento. Mas nada é real. São metáforas, que respondem metáforas. São contradições aceitáveis, que recebem outra denominação e entendimento.

Esta é a gêneses. Parece não existir um começo ou este começo ainda é superficial. Mas  você,  se aventurou até aqui, e agora você esta marcado. Foi a única coisa que descobri. As outras se encobrem no que não se consegue explicar, por meio terráqueo  algum. Este é a Gênesis  do Livro Proibido. Ou melhor, do pensamento proibido.    

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

CONTRADIÇÕES


O novo horizonte deslumbrado visto além da aurora da alma nasce sob uma nova luz, mas que carrega sombra. Pois, é uma visão humana. Um cenário contraditório, que no fim, se desenha uma mesma estrada, onde os passos são dados por calçados novos, porém, sempre sob a mesma estrada.
A luz que se torna a rosa-dos-ventos possui uma foz. E toda foz, só existe, porque a violência das águas são contidas pelas violentas margens. Eis, que existe um motivo para isto. E tudo isto não passa também de um interesse.
Recairia em hipocrisia, se não houvesse percebido que a Ordem desenhada, funciona dentro de um padrão de interesses. Interesses, universais? O tribunal que irá decidir isto, não é o meu, mas sim o seu. Mas a sobrevivência humana é um interesse vital, o bem comum, é um interesse de sobrevivência. No entanto, sob que perspectivas que se fundamentam estes interesses?
Complexa contradição, que atenta o livre-arbítrio. Já que o simples ato de criar um pensamento que o norteie no caminho da reflexão, já é um ato subversivo e corrompedor do livre julgamento. Utopicamente viajando, seria possível, por si só, o homem duplamente sábio contemplar uma consciência plena, sem necessitar buscar respostas no pensamento de outrem?
Somos unidos por uma teia, o resultado de nosso livre-arbítrio, é um fato compartilhado indiretamente ou diretamente com outros seres. Porém, a alienação, é o momento de lócus-fusco do homem. Eis, que quando repasso a informação que não devemos recepcionar tudo que chega até nós de forma superficial, esta informação se torna um elemento alienador do livre-arbítrio, contaminado por um propósito, a qual oculta na literalidade da ação, um interesse.
Então a contradição é contemplada no contexto de rompimento da alienação, no combate dos interesses, nos conhecimentos que guiam o livre-arbítrio. Seria da natureza da vida em sociedade?  Mas viver só e isolado, traz o progresso? Mas quem nos condicionou que necessitamos evoluir? Sobreviver, não é a nossa meta?
O homem é uma grande contradição, porque combate o que cria, com as mesmas armas que estão sendo combatidas. Então transcendemos a um outro nível, onde descobrimos, que não é o ciclo vital complexo, mas sim o ser, que o deixa complexo, na tentativa achar alternativas para as suas ações de gênese destrutiva, sem no entanto, parar de realizá-la.
Hoje nesse novo horizonte, fui tocado por um eclipse. Vi a luz e as sombras se degladiando no manto celestial, enquanto a mãe terra, adaptava-se as efêmeras mudanças. Tudo que foi escrito se contradiz. E quem conseguiu perceber este eclipse no céu do novo horizonte, não precisa deixar a cordilheira de onde observa solitário, seus espelhos. Ou precisa?
Mas a contradição é complexa. Deveria ter um nexo. Mas se oculta e corrompe. Quem a vê, não mais se vê. Descobre que o caos, é o processo de um ciclo. Que a negação, é condição. E que o livre-arbítrio é tão artificial, quanto os nossos pensamentos.
O vento, depois de trinta e seis invernos, trouxe talvez, uma suposta oculta verdade de grande importância basilar, sobre tudo que até então carregou. Eis que mostrou, a contradição de seu mundo, e insurgiu o livre-arbítrio, ao condicionar isto na percepção de identificá-la, no nosso mundo crepuscular.
São revelações, que só consegue contemplar, quando se viaja por mundos renegados. Utópicos por interesses. Proibidos, por alienação. Esta descrito o horizonte e  mapeado o caminho que leva até ao seu propileus. Existem os que nasceram para  contemplá-lo  e os que viverão para o renegá-lo. Mas isto só se descobre no condicionado tempo. Porque isto é da natureza vital do homem. Sem este espírito, o homem não vive, já que não se aperfeiçoa para enfrentar os antagonismos e contradições.
Outra contradição é o combate à violência. Combater, tentar mudar uma situação é por natureza, ser violento. Mesmo, que esta violência não seja condicionada a ser vista assim. Pois, a revolução do ser, é um conflito entre forças antagônicas. Porém, demonstrar isto é complexo. Já que o ser alienado, já parte com a premissa, que combater o mau é normal; do que serve para sobreviver não é violência; o que causa morte ou dor física, recebe o status de violência. No entanto, a violência se manifesta em um contexto muito mais amplo. Pode ser propagada por palavras que destroem o ego de uma pessoa. Pode ser propagada pela economia, que muda radicalmente a vida da sociedade. Surge no contexto transformador do ciclo vital. Pois, alterar qualquer estado, seja por convencimento ou pela força bruta, se configura em violência.       
Combate-se o mau com bem. Porém, mesmo sendo bom, se esta aplicando um ato violento. Pois, se existe um antagonismo, então esta ação para o mau, é uma ação violenta, que fere seus interesses. Considerando estes fatos é notório, que qualquer agente modificador do sistema, seja ele composto por matéria ou por energia, é violento. Mas isto é uma visão que contempla um horizonte, que poucos conseguem tocar.
Feliz, é o ser que não se preocupa com sistema ou teoria alguma, que pouco se importa com que ocorre a sua volta. Pois, este vive a seu modo dentro das regras e deixa a vida o levar, como um grande desafio.
Talvez, um dia o livro por algum motivo o eleja. E por curiosidade, o eleito contemple apenas a literalidade do que enche seus olhos. Pouco entenderá e tão pouco a credibilidade das palavras lidas terão algum efeito. E por este motivo, o livro pouco importará. Já que ele carrega para o seu leitor, uma grande ficção.
Uma ficção tão complexa quanto a ideia, de que tudo que contemplamos, não existe, e sim,  uma criação do pensamento. Uma filosofia milenar, que poderia definir e dar sentido a real morte, pois, ao morrer o pensamento cessa. Mas, isto se contradiz, pela própria evolução do ser vivo, que recebe informações de seus genes, que evoluem de geração a geração. Então ninguém morre, apenas vive no ciclo existencial das próximas gerações. É complexo e sem nexo. Até o dia que um grupo o eleja como uma verdade plausível.    
Esta é a contradição, acreditar ou não. Aprender a contemplar a natureza, mesmo sendo um guia norteador do livre-arbítrio. Descobrir alternativas. Mais se deve identificar, que é a nossa ação mais simples que causa grandes mudanças. Porque estas ações se unem e se tornam comuns, aceitáveis, mesmo gerando o erro terminal. Mesmo sendo a pratica, da equação anti-vida, demonstrada pelos estudos mais “conspiradores” da matemática.
A Teia é uma Ordem Cósmica, a vida é uma rede paralela, o homem é o deus de seu Universo. Um universo antagônico, devoto de Cronus, Tánatos e Têmis. Um deus que devota outros deuses. Um universo de antagonismos contraditórios, que contextualiza o que não existe, mas se sente, porque é interessante isto para um grupo. Não um grupo de conspiradores, mais o grupo que alimentam os conspiradores. Mas que nega a sua existência, porque é melhor assim.   
Mas a maior contradição é: se aceitar tudo isto é viver sem paz, porém se lutar contra isto é buscar a paz. A paz é um estado que o ser carrega, pode ser compartilhado e até propagado. Porém a sua manutenção é intima e pessoal. Neste contexto ser passivo a tudo é egoísmo. Mas se desfruta de paz! Como lutar pela paz sem romper sua essência em todos os sentidos? Quem carrega a paz, não incomoda os outros, pois não busca o poder, a riqueza, não interfere em nada. Já que em tudo existe um caminho pela paz. Porém e incomoda quem não possui a paz ou não a compreende. Por isto, rompe a paz de quem a conseguiu, já que este acha que para ter paz, todos devem lutar por ela. Ou seja, a grande contradição esta raciocinar que para se atingir a paz se deve caminhar por um caminho antagônico a ela. Este livro pregou isto. Mas você percebeu?
Se não, é porque os valores estão comprometidos por doutrinas. Como então você explicaria a intolerância religiosa que em sua base deveria primeiramente lutar pela paz, no entanto em suas ações propaga o antagonismo?
As observações de contradições não esta no antagonismo superficial, mas no contexto do que dita a essência. Um exemplo: se a paz é individual, então para que ela seja universal, é necessário que um grande grupo de pessoas aprenda a ter paz. Ou seja, a encontrar primeiramente a paz nelas mesma. E não lutar pela paz dos outros ou pela paz que acha ser a “certa”.
No entanto, quando todos descobrirem que só existe a essência una. E que está deve carregar a sabedoria, pois é naturalmente volátil no contexto de como ela é usada. A busca pelo o que é nominado e nos faz bem se sessara. E a contradição será compreendida como expressão que demonstra a falta de visão em lato sensu. Ou seja, a contradição só é visível e se expressa onde à contemplação é superficial e limitada já que é gerada por aprendizagens e conhecimentos superficiais.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

CONCORRENTE DESLEAL OU CRIMINOSO?


A utilização de substâncias ilegais é um problema que se propaga entre todas as classes sociais. Porém, contemporaneamente a utilização de algumas substâncias transcende o “prazer” e são utilizadas para aumentar o rendimento físico e até intelectual, deixando o prazer para o segundo plano, para possibilitar vantagens extras sobre adversários.
Por uso de anabolizante, atletas são desmoralizados e ridicularizados pela mídia e sociedade. De heróis passam a ser vilões. Não vão presos, mas sofrem punições diversas, sendo a mais severa, o banimento do esporte que pratica. Consequência justa em frente a deslealdade proposital. Já que, o atleta ao utilizar anabolizante, ganhou um rendimento diferenciado e superior em relação aos que treinam normalmente e evoluem conforme suas condições naturais, determinação e aperfeiçoamento da técnica.
Já outros utilizam anabolizante para passarem em concursos públicos (principalmente para entrarem na carreira militar), pois os mesmos possuem o teste físico como eliminatório. Porém, a possibilidade de ocorrência dessa situação, já é previsto em muitos editais e regulamentos, o que acarreta na eliminação do candidato da vaga, com posteriores consequências judiciais.
No contexto dos parágrafos supracitados, é praticamente unânime a opinião da população e mídia em favor das ações contra as pessoas usuárias de anabolizantes. Porém, surge um questionamento: será que esta opinião publica aceitaria ou reconhece como errado a utilização de substâncias ilícitas para “melhorar” o desempenho artístico e intelectual?
Se levar em consideração que a criatividade humana se expressa no contexto artístico no sentido de transcender a realidade contemporânea e intelectual, e que pessoas ganham a vida com isso, sendo patrocinados ou apoiados por programas governamentais, e até se tornam referencia devido a sua rara expressão de dom. Ganhando respeito social e influenciando a mesma, se tornando ídolos para as novas gerações e até serem contratados para lecionar em academias.
Diante desse contexto, observo que o “suposto artista” que utiliza entorpecentes ganha uma grande vantagem nos quesitos imaginação, expressão corporal e naturalidade de enfrentar o publico. Pois, os efeitos dos entorpecentes ilegais proporcionam isto a ele. Ou seja, “o mundo ilusório criado pela mente entorpecida” é o mesmo em qualidade, realidade, percepção e contemplação em um mundo ilusório criado naturalmente sem a ajuda de substâncias ilícitas? O medo do erro afastado pelo entorpecente é ou não uma vantagem no contexto de uma apresentação bem sucedida em um palco, concurso, seleção para um grupo de teatro ou para entrar em uma academia?
Nesse sentido, observo que existe também uma deslealdade no mundo artístico. Pois, enquanto artistas sérios que se destacam por seus dons naturais não conseguem ou encontram dificuldades em conseguir oportunidades melhores para expor sua arte. Outros de forma desleal indireta ou diretamente conseguem a “fama”. Uma injustiça. Já que o artista desleal, toma a vaga de uma pessoa séria na academia, no teatro, em exposições, no pleito de patrocínio e apoio governamental.
Outro fato agravante é que o “artista” desleal é um usuário de drogas, um patrocinador do tráfico. Só que, devido a sua simpatia é visto com tolerância pela população e mídia. Ou seja, não sofre nenhuma punição legal além daquela legada por efeito do uso de drogas.
Por que as opiniões e as reações frente a um artista desleal são diferentes das recebidas por um atleta desleal, já que os mesmo cometem crime e prejudicam terceiros?
Esta abordagem deveria ter um questionamento maior, pois se levar em consideração que jovens imitam comportamentos de cantores e atores, então é plausível concluir que quando estes se “comportam” inadequadamente estão por efeito indiretamente e involuntariamente influenciando uma pequena parcela de seus fãs de personalidades manipulável.
O usuário de drogas deve ser observado de forma racional, não emocional. Independente de seu status social, econômico ou intelectual. Pois, involuntariamente ele colabora contra a evolução e manutenção da espécie humana.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

VEREADOR SEM SALÁRIO.



Existe um questionamento polêmico ganhando força entre a população, ou seja: vereador deve possuir salário?    
É um assunto complexo, que não deve ser abordado de forma superficial, ideológica e tão pouca, sob a óptica leiga. Já que o mesmo sofre os efeitos diretos e indiretos de racionalizações afetadas pela indignação e revolta que interferem no veredicto coerente e que abranja soluções que realmente corrijam os problemas que atualmente existem.
Neste contexto, vamos retroceder ao final dos anos 70, quando foi criado salário para Vereadores. Pois, para quem não sabe, até aproximadamente 1977, os vereadores não recebiam um salário, mas sim uma ajuda de custo. Era um tempo de grande economia para os cofres públicos, pois as despesas com o Poder Legislativo eram mínimas.
Se isto ocorresse contemporaneamente, setores da administração pública como a Saúde, Segurança e Transporte seriam beneficiado (não coloquei Educação, porque esta deve ou já participa com 1/3 do investimento previsto em orçamento, o que é muito se comparado com o que recebe a Saúde e a Segurança, mas isto é um outro questionamento).
Acabar com o salário dos Vereadores seria um grande negócio. Porém, existe uma questão (ideológica, filosófica, sociológica?), ou seja, quem se candidataria ao cargo de vereador, se não tivesse salário? A resposta parece simples para o leigo, mas dentro da realidade capitalista que notoriamente se vive, esbarramos no problema: a vereança seria para todas as classes? Pois, se levar em consideração que a pessoa teria que se ausentar toda a semana de sua atividade para participar das sessões; teria que acompanhar atos oficiais; fiscalizar obras; atender populares,... resumindo, como uma pessoa assalariada e dependente do trabalho que realiza, administraria sua vida sem perder o emprego ou ter “prejuízo” no que tange a qualidade da vida familiar?
Diante desta situação apresentada, existe a hipótese de que o cargo de Vereador estaria mais adaptado a pessoas pertencentes as “elites”, já que poderiam se ausentar de seus afazeres, sem sofrer consequências disso, pois, não são funcionários e sim patrões. No que tange este quadro ela não contemplaria ao principio democrático rogado na Constituição, já que na formação das Câmaras estariam ausentes em sua maioria os representantes das classes menos abastadas.          
Porém a observação supracitada pode estar equivocada. Mas, historicamente, antes da criação do salário para os vereadores, as Câmaras eram quase que exclusivamente formadas pelas elites (comerciantes, industriais, grandes proprietários de terras, advogados,...), ou seja, assalariados, se quer disputavam eleições, salvo raras exceções que colocavam o idealismo na frente do interesse familiar.  
Outras considerações existem, mas o assunto é extenso para pouco espaço, porém o objetivo dessa coluna foi o de provocar o leitor no sentido de buscar informações mais aprofundadas e melhor analisadas, e com outras hipóteses favoráveis ou contrárias sobre o assunto.  

terça-feira, 26 de novembro de 2013

FORMADORES DE OPINIÃO OU MANIPULADORES DE INTERESSES?



Os meios de comunicação que costumo entrar em contato estão corrompidos, por seres que perderam o poder, e de forma hipócrita solicitam e criticam circunstâncias nas quais puderam resolver quando se encontravam no poder. Outros corrompem  os meios de comunicação, para proteger amigos, interesses e principalmente tirar o foco de acontecimentos que não devem nunca passar pelo clivo da racionalização profunda. Já outros que não são nada na ordem do dia por incompetência própria, buscam através de caminhos falaciosos chegar a realização de seu sonho, para posteriormente agir do mesmo jeito, daqueles que um dia criticou!   
Estas anomalias sociais se aproveitam  da  ação de repetir e considerar o que é desabafado pelos outros de forma superficial simplesmente para satisfazer o ego, proteger o interesse que defende. Já que identificaram que isto é um reflexo psicológico carregado pelo ser de personalidade e racionalização frágil, que se expressa como compensação de uma vida mal resolvida por constantes fracassos devido a falta de reflexões sobre a concretizações de sonhos e a não contemplação preliminar dos riscos, das consequências dos erros e as revoluções causadas pelos fracassos.
Neste contexto, não raro é observar a assimilação dos revezes no contexto do que forja as observações que se faz do cotidiano. Independente se o fato observado está ligado ou não, se possível e verdadeiro fundamento ao motivo do fracasso logrado. É neste sentido que argumentos e justificativas propagadas por certos “comunicadores e formadores de opinião” viram falácias, pois se integram a vícios comuns presentes em leigas observações populares. Ou seja, se fala o que o povo quer ouvir (que confirme), mesmo estando errado ou impossível. Lava-se literalmente a “cabeça da platéia”, corrompe a personalidade do ser, dita o que ele deve ser e como comportar-se. Cria-se uma massa de manipulação.    
É por este motivo que não raro, nos depararmos com situações onde é possível perceber, uma informação falaciosa sendo  argumentada, para receber um status de credibilidade no contexto de sua recepção. Pode ocorrer nos veículos como notícias vinculadas por um jornal escrito, por rádio ou televisão; em artigos científicos e filosóficos; na pregação de um texto sagrado no contexto de uma doutrina; na contestação de uma denuncia ou na formalização de uma denuncia, ou seja, a argumentação de caráter falaciosa é uma ferramenta de convencimento, que se fundamenta em fatos e circunstancias reais, porém distorcidos ou de contexto fabricado que visam atingir interesses diversos em prol do argumentador.
A argumentação, por ser uma ferramenta de convencimento, é construída dentro de um processo racional articulado, a qual se configura como a alma do convencimento, pois compreende dentro deste processo um contexto de prova, reflexão e conclusão. Mas, também é um instrumento que mesmo dominado superficialmente  permite deduzir a veracidade de uma falácia. Como é possível ser utilizada para direcionar um pensamento a um fim predisposto por algum interesse, e é por este motivo que ela pode se tornar uma arma na mão de um ser com interesses obscuros.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

POLUIÇÃO EM LATO SENSU


Em pleno século XXI onde a coleta de lixo chega praticamente a 97% dos domicílios da capital e serve a quase 70% da Região Metropolitana, ainda é possível notar o desrespeito ao meio ambiente, no contexto de encontrar sacos de lixos jogados em terrenos baldios e beira de estradas. E o pior, é descobrir que na região onde ocorre este tipo de crime passa a coleta de lixo!
Porém, o lixo coletado por consequência é depositado em algum lugar. E é ai que vem a maior contradição. Ninguém quer um lixão próximo a seu bairro. No entanto, a grande maioria que participa de passeatas, são os mesmos que colaboram involuntariamente para a produção de lixo.
É estranho, mas o ser humano é um dos agentes do sistema natural que mais modifica o meio em que vive e que consegue perceber isto. Neste sentido, não basta gritar palavras de ordem e de direito. Tem que buscar a ordem através de ações. Ou seja, não basta querer que os outros sigam uma ideia, se a própria propagadora da ideia não segue o que prega.
Eu produzo lixo, mas reciclo! Eu consumo produtos, porém somente o que necessito, não o que a “moda” manda eu comprar! Eu tento respeitar a natureza no sentido de agredi-la o menos possível,... Mas esta é a minha filosofia, meu jeito de ser,...
E os outros?
Independente se pensam ou não em um mundo mais limpo, com clima normal, sem perigo de epidemias causados pela ação poluidora humana,..., eu estou fazendo a minha parte, estou dando um exemplo, relatando fatos,...
Mas daí vem a hipocrisia, reciclar é legal, mas tem que mexer com lixo! “Eu não quero nunca ter que viver catando lixo, para sobreviver”,... “olha que nojento aquele catador, porque ele não trabalha em um serviço de verdade”?
São tantos paradigmas de valoração humana, os quais interferem diretamente na maneira de convivermos em harmonia com o meio que nos sustentam. Pois, tememos a vergonha ou as reações contrárias, ao invés de tememos as consequências que colocam em risco a sobrevivência da espécie humana.
Não queremos poluir, mas fumamos e consequentemente colaboramos para que uma terra fértil que poderia ser utilizada para plantar alimento, seja usada para produzir um alimento a satisfazer vícios, e por efeito, um espaço a mais tem que ser desmatado,...!
São tantos exemplos a serem citados, que transcendem a racionalidade superficial. Pois, eles se ligam a uma rede de interligações interdependentes que vai além da conhecida rede do ecossistema. Mas que em um contexto geral se recai no principio da ação e reação, que para os místicos se chama Rede de Gaia, para a Ciência se denomina Teoria do Determinismo,...  
O texto aparenta ser sem nexo, mas é um pequeno contexto das contradições que carregamos. Expressamos o que queremos que os outros façam, mas esquecemos de se olhar no espelho.
Hoje eu falo sobre poluição, a qual pode ser sólida, gasosa, líquida, radioativa, sonora, cultural, filosófica(!), porque observo que somos contra ela, mas pelo desconhecimento total ou um breve conhecimento superficial sem amplitude e interligações, pouco sabemos sobre ela, como age, como pode ser diminuída, se manifesta, como podemos com ações vencê-las. E por consequência, ao invés de combatê-las nos tornamos seus principais propagadores, porque esperamos que os outros façam o que nos deveríamos estar fazendo independente se outro faz ou não.
É inevitável o fim dos seres humanos, pois naturalmente o sistema que nos permite viver sofrerá alterações a ponto de apenas os seres que conseguirem se adaptar, continuarão a sua evolução. Mas isto é uma perspectiva para milhões de anos futuro. No entanto, parece que o ser humano quer antecipar para apenas “centenas” de anos! Ou seja, o homem não destrói a natureza poluindo, ele a modifica a ponto de torná-la inviável para o padrão natural de vida que contemplamos!
Tudo que o homem faz que afronte seu meio de sustentação e que não é interrompido por aqueles que identificam o perigo, é uma agressão que retorna para  exterminá-lo. É por isso que poluição não é só jogar lixo ou queimar folha,... Mas sim, é tudo que o ser produz que altere o seu meio biológico e social. Pois, não se mede o perigo pela ação, mas pelas (no plural) consequências dela geradas. 


domingo, 24 de novembro de 2013

O CAOS DO TRANSITO NACIONAL


"Havia um tempo que o transtorno do trânsito era um problema vivido exclusivamente pelos cidadãos dos grandes centros urbanos. Porém, nos últimos cinco anos este quadro mudou e contaminou toda a malha viária. Um dos principais fatores para que isto ocorresse foi a política de popularizar o automóvel, a qual a princípio funcionou. Pois, “o direito do cidadão possuir um automóvel” acabou saturando as obsoletas ruas que não foram planejadas para receber uma demanda tão grande de veículos transitando como temos hoje. E mesmo que fossem planejadas, a situação não seria diferente!
Mas o caos no trânsito não se resume só na qualidade que as vias possuem, mas também se relaciona diretamente as atitudes do usuário dos meios de transportes terrestre. Já que, do mesmo jeito que se tem o “direito de adquirir um automóvel”, existe o ônus do dever de conduzi-lo dentro das normas e zelar pela máquina que possui. Principalmente se racionalizar que um carro nas mãos de uma pessoa sem responsabilidades, se torna uma arma que onera os cofres públicos e saturam a Saúde e por efeito atingem a pessoa de bem quando necessita utilizar os serviços da Saúde.
Carro e moto não são brinquedos, devem possuir uma manutenção adequada (não lavagem de aparência); devem estar em dia com seus devidos tributos; devem possuir um condutor habilitado oficialmente para o mesmo. Pois, caso contrário quem paga a conta no final do mês é o cidadão responsável. O qual vê tudo isto e se cala achando que não deve se preocupar com os outros. Porém, não percebe a interligação dos problemas gerados pelo mau “dono de carro”, com os efeitos no seu dia a dia.
Questionamento: por que carros com mais de vinte anos, que são justamente os que mais poluem; os que mais gastam combustível e por efeito oneram o preço do mesmo já que quanto mais se usa, mais se precisa; que estão sucateados; que estão nas mãos de pessoas desabilitadas; que estão fora do padrão de segurança contemporâneo e que também sobrecarregam o trânsito, não pagam IPVA?
Por que as multas de trânsito não são revertidas diretamente para a Saúde Pública? Onde esta a fiscalização para retirar da rua carros sucateados, devedores de tributos e conduzidos por pessoas desabilitadas? Por que as taxas de financiamento subiram tanto? Seria efeito da inadimplência de quem quer ter carro sem poder ter?"
Sucatas trafegam livremente por vias sem sequer pagar IPVA porque estão isentas! Os custos da poluição e da segurança no trânsito deve ser só de quem tem carro novo ou semi-novo?

sábado, 23 de novembro de 2013

POLUIÇÃO SONORA


                Não raro nos últimos anos é observar nas manchetes dos jornais que circulam pelos grandes centros urbanos, títulos relacionados a brigas, transtornos e até mortes gerado pelo “som alto”.

Não se tece critica a quem adora escutar musica. Pois, é prazeroso escutar musica. O problema são os excessos cometidos por certos cidadãos conhecidos vulgarmente por “jacu boys”, que ao exercerem seu justo direito de escutar musica, afrontam o direito de outros. No entanto, a de ressaltar que quando um direito transcende os seus próprios limites e atinge o direito do próximo ele se torna contra lei.
Infelizmente este suposto direito de “escutar som alto”, esta se agravando e colaborando com o agravamento de outros problemas na sociedade. Pois, antes o que era uma simples contravenção penal o qual dispensava a prioridade policial, se tornou prioridade para se evitar consequências de capa de jornal. Ou seja, a polícia que já tem que atender casos de roubo, homicídio, tráfico, confronto entre grupos de exceção e sequestro, contemporaneamente também tem que dar atenção a briga de vizinhos por causa de “som alto”. Não é porque é o dever deste órgão estatal que devemos dar serviço a ele, quando se poderia fazer o contrario, ou seja, não agir fora da lei (não afrontar o direito do próximo), não saturar o serviço policial com atos que socialmente sabemos que vai dar transtorno, mesmo não se configurando um crime de status grave.
Outro problema do suposto “direito de escutar som alto”, principalmente dentro de carro e de forma cotidiana se estende ao futuro. Pois, o sistema auditivo possui também um limite de tolerância. Passou desse limite ele já começa a sofrer consequências, as quais não se percebem quando jovem, mas sim quando chega aos 40 anos. Ou seja, provavelmente daqui 20 a 30 anos, haverá um grande numero de pessoas com graves problemas auditivos. Os quais a maioria irão se tratar com o sistema de Saúde estatal. É um direito que as pessoas possuem! Mas poderia ser evitado por dois motivos: o primeiro é a consciência intima de saber o que faz mal ou bem para o organismo; o segundo em colaborar para não saturar o sistema de Saúde colaborando dessa forma para que o sistema consiga atender de forma digna as pessoas que realmente necessitam. O problema é que  quem mais usa o sistema são justamente os que sofrem por consequências de vícios causado por cigarro, bebida e entorpecentes; irresponsáveis no transito e pessoas que não se protegem nas relações sexuais. Ou seja, justamente os grupos que fazem o governo mais gastar com publicidade educativa!
O “jacu boy” custa caro para a sociedade. É o preço pago pela má educação familiar em impor limites e conscientização de boa convivência social. Se divertir é diferente de causar transtornos e consequências a outros.    

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

ARGUMENTUM AD LAZARUM


O ser humano além de indiretamente expressar a hipocrisia que se oculta em sua alma, se prende a falácias que sustentam seus interesses. Contemporaneamente a maioria dos homens se condicionaram a promover seus interesses filosóficos, políticos, doutrinários e místicos através da exploração da miséria humana. Porém, isto não é um fato dos nossos tempos. Mas é um legado de tempos remotos.
A exploração da miséria é a atitude mais cancerígena que o ser humano carrega. E o pior é que a carrega sem saber. Pois, independente de conhecer os fatos, sempre o povo pobre tem a razão.
Sem perceber o homem esta alimentando uma situação que serve de ferramenta e arma para derrubarem governos, pessoas, doutrinas, filosofias e etc. Ou seja, no contexto da ideia expressada e muito bem trabalhada que o povo pobre sofre, que esta sendo desprezado pela sociedade, governo, e etc, se escondem interesses que sustentam ideais, o poder de específicos grupos e de pessoas diversas da sociedade mundial. A exploração do povo miserável é a arma mais poderosa que existe no que tange por em prática um objetivo.
Mas a exploração da miséria deixa consequências, pois, transforma pessoas em meros escravos. Os quais, tudo dependem. Ou seja, são uma massa passiva, dependente, manipulável e saciável com o mínimo previsto e permitido.
Deveria ser uma teoria da conspiração tal observação. Porém, no atual momento histórico o ser humano é extremamente capaz de acabar com a miséria, sem precisar manter o povo com “programas esmolas”. Mas porque não acaba com este câncer? Porque simplesmente não é interessante! Ou seja, se acabar com a miséria, se diminui a ignorância. Diminuindo a ignorância, se diminui as facilidades de manipulação. Tornando mais complexas a manipulação, fica mais difícil propagar teorias, filosofias, doutrinas que vendam ao povo uma ideia de mundos, governos e sistemas sociais utópicos, onde todos são iguais, sem violência, sem governos,...
O explorador da miséria capta os anseios dos miseráveis e os transforma em fundamento para seus argumentos. Ou seja, diz ao povo o que ele que ouvir, mas possibilita ao povo apenas o que lhes acalme, mas que não resolva sua condição.
A pobreza é um câncer, onde o culpado é o próprio ser que a vive por não buscar em sua liberdade, ações e raciocínio sair dela. Pois, permite que outros pensem por ele. E aceita e tira vantagem de ser um eterno “coitado”. Mas, esta culpa é dividida com a hipócrita sociedade que percebe isto, mas não se dispõe a mudar isto de forma real e permanente.
Combater a pobreza não é dar ou permitir o acesso. Mas é ensinar as pessoas a conquistar por si só seus objetivos, e ter responsabilidade em usar o que conquistou. Ou seja, “condicionar” a pessoa a se comportar dentro dos parâmetros que o mundo se encontra.
É contraditória a ideia de condicionar com a perspectiva do raciocínio que o livro apresenta, mas sofrer por fome, ser massa de sustentação de poder e demagogia política filosófica e doutrinária, morar em local irregular com incentivo de pessoas com consciência, também não é um estilo de vida aceitável intimamente quando se alcança uma consciência racional mínima. Diante deste exposto se depara com um problema. Que tipo de condicionamento social será propagado?
Existe um ditado popular que cita: “que a pobreza não é um estilo de vida, mas sim um castigo!”. Observando estas palavras que se propagam de forma pejorativa e ganha contestação hipócrita dos pseudos defensores dos miseráveis, verifico que existe lógica. Pois, a ideia de castigo é equivalente a maldição. Ou seja, uma maldição que atinge o ser que é perfeito e não aproveita seus dons. E da sociedade que nada faz de forma efetiva e conclusiva para mudar esta situação. Mas que sofre as consequências de sua hipocrisia.
O pobre é a maior mina de dinheiro e poder para seu explorador. Mude a vida e a realidade do pobre de espírito e de bens materiais, que metade dos problemas do mundo como violência, doença e ignorância desaparecem.
Porém, se o homem não muda por bem, os efeitos de suas ações a promovem pelo mal. Ou seja, foram os constantes estados de guerras, epidemias e outras tragédias que fizeram parte da história da Europa, que despertaram da pior maneira a consciência cívica e de sobrevivência independente no povo europeu. Já na África, quando o povo começou a se despertar para evoluir, os países e organizações alienígenas começaram a “ajudar” com esmolas e cultura, ou seja, minaram o processo de desenvolvimento da independente sobrevivência e cidadania dos povos africanos.
Esta é uma realidade que poucos observam, pois o questionamento da maneira que se lida com a pobreza no contexto de “extingui-la”, nunca tem o norte de ser bem recepcionada. Pois, questiona interesses indiretamente por efeitos.
A pobreza causa medo, principalmente em quem tem algo material a perder e por consequência um status social. Pois, se torna vergonhoso já que esta condição expressa a incompetência de se manter a qualidade de vida e os prazeres que advêm dos bens matérias. Já no lado contrário, o pobre sonha com o material que traz o prazer e realiza sonhos. Porém, desconhece que terá que comprometer sua paz para atingir o que deseja. Até poderá ter paz, porém esta será uma “pax”. Ou seja, o termo “pax” que utilizo, literalmente traduzida significa paz. Porém, esta carrega uma analogia de referencia a “pax romana”, um período de paz relativo garantido por força das armas. Especificadamente, uma paz sobre tensão e com a consciência do risco de acabar a qualquer momento. Diferente da paz essência, que também pode acabar de uma hora para outra, porém de contexto não previsível.
Por mais este motivo que a pobreza é explorada, porém desta vez são os efeitos dela. O medo e o sonho de se livrar dela. É neste contexto, que algumas doutrina cristã se contradizem. Principalmente no que tange o exemplo a ser seguido do personagem principal que devotam.
Não raro é verificar sacerdotes difamando outras doutrinas irmãs para tirar fiéis de seu seio, para os abraçar e se apossar de recursos materiais e do poder gerado pela confiança e fé expressada em templos lotados. Ou seja, se tira do pobre o que ele busca, que é justamente vencer a pobreza. E o pior, se incentiva indiretamente a ganância. Já que se explora a ideia de “melhorar a vida material”.
Porém, isto é o menor dos problemas, pois o cristianismo a principio é monoteísta (deveria louvar apenas Jeová, mas devota também Cristo). No entanto, em igreja de doutrinas exaltadas recentes, parece existir um culto velado ao Príncipe das Trevas! Pois, tudo é culpa dele; ele é o incentivador de tudo,... ou seja, parece que Lucifer é equivalente a Deus. Pelo pouco que sei, o vulgo “senhor das trevas”, é um mero renegado que nem deveria ser lembrado em cultos ou coisa do gênero. Pois, não é nada na ordem dos dias. Porém, ganhou força como garoto propaganda de seitas que exploram a ignorância e o medo dos seres de espírito e vida pobre. Resumindo o diabo é um meio de incentivar o homem a acreditar em Deus! Isto é uma estratégia “ideológica” perigosa.
Mas por que mexi em ferida proibida?
Porque o ser humano é um ser imperfeito e dependente de riqueza, poder e conhecimento, ele age no contexto de seus interesses. E se regula socialmente, legalmente e doutrinariamente como se percebe, de acordo a atingir estes interesses. Sua força esta nas massas, ou seja, na vox populi. Sendo assim, a voz do povo é a voz de Deus, ou dos “deuses” que de um ser divino não possuem nada, no entanto se parecem muitos com demônios renegados? Que temem ao divino, mas o afrontam dentro de sua realidade mas de forma daninha a todos os seres?
Argumentum ad lazarum, uma falácia que poucos percebem. E raros percebem os seus efeitos maléficos. A analogia com exemplos reais, não é uma contestação a doutrina cristão ou a outra não cristã em si. Mas é o melhor exemplo capaz de demonstrar o quanto uma ideologia séria e carregada de boas intenções pode ser desvirtuada e utilizada para um fim que ela combate. Por pessoas de má fé (jurídico, social e religioso).
Explorar a desgraça para colher frutos. Isto é o mal em essência, independente de analise filosófica, cientifica ou mística. Pois, causa danos. Alimenta guerras civis e revoluções que só muda os cenários e os nomes dos atores em uma peça reescrita com palavras e cenas diferentes, mas que no final termina do mesmo jeito que o teatro modificado. Porém, a diferença é que o povo inicialmente bate palma. E quando começa a diminuir os aplausos, alguém percebe e muda os atores e fantasia o roteiro.
Lutar contra a pobreza é diferente de simplesmente “ajudar” o pobre sair de seu status quo ou promover uma vida “digna com o básico” dando e facilitando. Pois, ocorreu ajuda? A pessoa aprendeu alguma coisa com a ajuda?
As vezes a adversidade é a melhor professora para um ser que precisa aprender a se ajudar por si só sem romper regras. Pois, transforma seu ponto fraco, em seu ponto mais poderoso. Mas isto vai depender de seu livre-arbítrio e de sua vontade, mesmo abalada.
É fácil falar e escrever. Mas para ser sincero existem os que vencem e os que perdem. Mas continuam vivo para tentar vencer, sem ignorar as regras. Se fosse no jogo da sobrevivência do mundo selvagem “irracional”, a derrota seria a morte. Ou seja, não existe chance para reparar o erro, descuido e a falta de vontade e superação da mesma. Pois, a Natureza é intolerante com os fracos, por isto que evoluir é se adaptar as adversidades. O problema é que o homem artificializou o seu convívio. E por efeito, colocou em risco a própria espécie.

Interesses que geram a pobreza, para da pobreza fundamentar interesses. Este é o ser humano, um dos animais mais recente do planeta, e talvez o de passagem mais derradeira. Mas esta ultima frase é apenas uma hipótese, não uma verdade (?).       

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

CONSIDERAÇÕES SOBRE AS PALAVRAS


 

Ao tecer linhas de contexto que transcendem a realidade formal a qual estamos acostumados a conviver, existem dentro de uma naturalidade espontânea, muitos questionamentos e reflexões sobre todos aqueles pensamentos expressados e revertidos a um objetivo.
Neste processo, deveria ser da natureza das pessoas, refletir e questionar. Porém, não é bem isto que acontece. Eis que, boa parte dos seres humanos, apenas flertam com os seus olhos, a superficialidade das palavras. E sem se quer contemplar a luz de reflexão alguma, os aceitam ou os desprezam. Ou seja, aparentam estarem condicionados a recepcionar,  apenas o que se contextualiza com os seus interesses, os quais são os mesmo da sociedade. O que foge a este condicionamento é renegado ao desprezo, sem se quer merecer uma análise realmente aprofundada. Porém, o contrário também ocorre, só que ao invés de ser rechaçada, é aceita sem alguma reflexão mais apurada. 
Este é o grande problema do ser humano, aceitar ou não aceitar o que lhe é apresentado, sem um esmero raciocínio coerente e cercado de considerações apartadas de interesses íntimos ou comuns a um grupo social.
Sabedores deste condicionamento manipulável de uma grande parte da população, muitas teorias, ideologias, doutrinas religiosas e científicas, desenvolvem palavras, técnicas ou condicionamentos psíquicos, que fazem uma população aceitar o que lhe é imposto por seus pensamentos.
Os inquestionáveis profetas inspirados por forças sobrenaturais, trabalham com a ideia de fé em suas palavras, para fundamentar o que não se pode explicar. Acredita quem quer, pois, é livre para aceitar ou não, porém, poderá sofrer consequências por não aceitar dentro de um contexto sobrenatural não definido, mas que atinge o imaginário do ser.
Já os plausíveis cientistas, trabalham suas teorias, dentro de um processo de experimentação cientifica. O qual se der certo é plausivelmente verdadeiro. E se der errado, é supostamente falso. Porém, a credibilidade alcançada pelo método científico, também sofre questionamento, já que não ocorre a recepção de “acontecimento verdadeiro” por parte de alguns grupos da população, que acham que tudo não passa de uma farsa. Isto se deve a vários fatores, porém, o maior é a ignorância do ser humano no que tange um processo reflexivo mais apurado.
No que tange os filósofos, suas observações, não surgem como certas ou erradas, mas se tornam condicionadas a interpretação e reflexão para sua aplicação dentro de uma plausibilidade. Neste contexto, se ramificam ideologias, que se apóiam na ideia matriz, e ganham adeptos que a tentam a promover como solução em processo de metamorfose e adaptação. Como, uma nova maneira de ver o mundo e se condicionar a ela.
Qual método esta certo ou errado, é difícil de julgar. Porém, o grande problema do ser humano, é se prender a certas superficialidades formais, para dar credibilidade a uma manifestação do pensamento.
Pois, que diferença faz a exposição de uma teoria, ministrada por um pós-doutor, e a mesma teoria criada e exposta por uma pessoa com pouco estudo? É o mesmo raciocínio! Porém, que possui o condicionamento de que é verdade o que é dito por quem tem um suposto título de estudo. Já o que é propagado por quem não tem um título de grau de estudo não é válido ou é uma loucura. Reflita, quantas foram as vezes que um “Zé Ninguém” fez observações sobre um acontecimento qualquer e você riu intimamente. E depois de algum tempo, você escuta ou leu que um fulano doutor da Universidade (X), que teorizou um acontecimento idêntico ao do “Zé Ninguém” ! Você riu desta vez?
É lógico, que recaímos no raciocínio norteador deste pensamento. Não devemos acreditar em tudo que nos falam, sem antes refletir. Porém, o que nos falta não é o livre arbítrio de acreditar ou não, e sim, o de aprender a refletir profundamente sobre o que nos é repassado, e não superficialmente.
Porém, existem pessoas que fundamentam sua análise, em erros ortográficos. Ou seja, se o fulano fala errado, ou escreve certas palavras erradas ou não as fazem concordar dentro da técnica de linguagem.  Ah! Tudo que foi escrito, não tem credibilidade nenhuma. Porém, o que estava para ser analisado não era a ortografia, mas sim o pensamento.
No entanto, o grande problema esta na interpretação. Eis que o nível de conhecimento, sabedoria e grau de condicionamento social, esta diretamente ligado ao poder interpretativo das palavras lidas. Pois, palavras e frases metafóricas possuem o objetivo de chamar a atenção e consequentemente  a reflexão mais aprofundada do leitor.
Porém, o que adianta escrever milhares de pensamentos, se estes não possuem um fundamento científico ou são recepcionados por outros filósofos. E se a racionalização desenvolvida for totalmente nova e exclusiva, que teórico irá fundamentar? Ah! E onde está escrito ou fundamentado que um filósofo ou teórico possui credibilidade, para fundamentar algo, em um mundo condicionado a interesses e plausibilidade? E os filósofos, possuem alguma credibilidade? Quem são, como vivem, como conseguiram alcançar seus títulos, como adquiriram respeito, quais os interesses que recepcionaram suas ideias?
Se for por este caminho, recairemos no caminho da Teoria da Negação, da Conspiração, do Caos,... Resumindo, os pensamentos produzidos pelo homem, são sempre passíveis de análises profundas, tanto em sua gênese quanto em seu caminho e ramificações. Pois, ele sempre será contaminado por um interesse. Será distorcido para fundamentar uma ideologia. E a partir desta ideologia, se construirá novos conceitos e noções aos valores que forjam a sociedade.            
Porém, o que deve ser analisado é o pensamento. Pois, caso contrário, todas as teorias, profecias e pensamentos filosóficos perderão a credibilidade. Um exemplo é Karl Marx, numa análise super aprofundada o ser em reflexão, se caso se nortear a fundamentar sua análise a partir da vida de Marx, vai com certeza, desprezá-lo. Pois, questionará: como um homem que possuía mais de quatro faculdades, entre elas Medicina, acabou morrendo na miséria? Como alguém que não conseguiu supostamente organizar a sua vida, surge com uma teoria para salvar o mundo?
Ou seja, este tipo de análise, é superficial, mesmo havendo uma pesquisa sobre o seu criador. Pois, se norteou a um fato condicionado, e não a vários outros fatores que transcendem a essência da interdependência deste fato ao pensamento em questão. Eis, que não são somente estes os valores a serem analisados e sim a sua receptividade no contexto do “bem comum” e na maneira de ver o mundo de forma mais racional e menos condicionada.
Outro fator de condicionamento da credibilidade se relaciona diretamente a ideia de que a pessoa que escreve coisas fora do comum é portadora de problemas psicológicos mal resolvidos. A Psicologia é uma ciência que estuda e se baseia no comportamento humano. Sendo assim, para criar respostas a tais comportamentos, teve que eleger um comportamento padrão. Porém, a grande questão é: como se definiu este comportamento  padrão? Seria a partir do interesse social? Com certeza, explicações existem, dentro de processos experimentais e provados. Porém, estamos no mundo das plausibilidades.
É lógico que todo descontentamento, gera uma ação. Seja passiva ou ativa. Mas esta reação deve seguir um padrão para ter credibilidade?  O comportamento hipócrito, ganancioso, invejoso,... onde se encaixa?
Muitas perguntas que serão feitas, terão sempre uma resposta plausível a um interesse a ser questionado.
Esta breve e superficial introdução tecida até aqui, possui o objetivo de mostrar que a credibilidade de uma palavra esta diretamente ligada ao condicionamento de recepção. Pois, se a pessoa recepcioná-la já tendo um pré-julgamento, se quer vai refletir sobre que leu e interpretará de acordo com que defende ou esta condicionada. 
Tudo que foi redigido até o momento neste Librorum Prohibitorum, para muitos até antes das Considerações Sobre as Palavras, recebeu vários julgamentos. Porém, imagino, que após estas considerações, o veredicto foi anulado parcialmente, e uma nova perspectiva raiou. Pelo menos este era o objetivo. No entanto, supostamente imagino, que ainda exista resistência, em não aceitá-lo ou não concordar com as informações. Mas em vê-lo sobre um outro foco. Isto porque, ainda exista condicionamento provocado no âmbito do conhecimento ideológico condicionante.
Nenhuma teoria é boa para o ser humano, a partir do momento que condiciona o  pensamento e recepção de um novo. Mesmo que não concorde com este novo pensamento. Pois, o conhecimento cego, é um conhecimento inútil, já que não acompanha o processo de metamorfose do ciclo interdependente da vida.
O Librorum Prohibitorum não é um pensamento que deva promover a negação de outras teorias. Não é um manual da conspiração. É apenas um pensamento que busca promover o descondicionamento do valor conceituado e denominado de liberdade. É o combate a gênese do que incomoda o homem de paz, corrompido por uma suposta virtù contemporânea.
Hoje esta racionalidade é do mundo, pois, foi inspirado no contexto de ser livre, e propagador da pacificação e extermínio de sentimentos artificiais e ações que torna a vida humana muitas vezes insuportável.
Os pensamentos que foram tecidos até o presente momento, se desenvolveram  dentro de uma linearidade lógica. Isto se deu desta forma, porque se a proposta era apresentar uma contemplação nova do horizonte que vislumbramos, haveria a necessidade de demonstrar e explicar as características de cada elemento basilar que faz parte desta inspiração profana. Apesar da apresentação linear ser vista como ultrapassada por grande parte de filósofos contemporâneos, (principalmente os “estudiosos” da História), existe a necessidade de contemplar a circunstância de que as informações cientificas, filosóficas, místicas e históricas, nos diversos propileus desbravados e utilizados, nem sempre são de conhecimento leigo. Diante deste fato, existe a relevância de no mínimo, se fornecer marcos e explicá-los. Caso contrário, se o texto for concebido, dentro do pressuposto que o leitor possui os conhecimentos que ali são referenciados, e por este motivo, o texto segue um contexto não linear, pode acontecer a situação que a pessoa apenas vai ler, e nada vai entender. No entanto, pode acontecer, que o escolhido pelo livro, se interesse e busque por si só as informações que não compreende. Mas este último caso, por experiência, dificilmente ocorre, pois, se a pessoa estiver em um nível avançado de manipulação e ignorância, ela vai começar um questionamento de forma correta com um desfecho ignorante, ou seja: “de onde este louco achou tanta besteira?”. Em consequência disso  mal vai se interessar em saber de onde apareceu tudo que leu.   
No entanto, a linearidade possui um lado ruim, pois, condiciona a pessoa a racionalizar dentro de estrada bem delimitada, que a faz não perceber que existem outras coisas fora daquela linha. Motivado por este fato, ocorreu a necessidade de alertar, sobre a extrema atenção que se deve ter a este condicionamento. Pois, cada propileus é uma explicação superficial, de conhecimento de um macro universo. Porém, que se relaciona sempre com outro propileus, complementando conhecimentos. Um propileus, não acaba quando começa o outro, mas sim deságua no novo, sem ter perdido a sua essência e nem a essência dos outros propileus, que a ele se uniram.
A explicação apresentada, se faz linear dos seus marcos, (pois, o papel não é a mente, que consegue contemplar, tempos e espaços diferentes dentro de um raciocínio lógico). Porém, estas explicações, são interdependentes e não esgotadas.
Se lá no começo: no propileus da História, você achou uma explicação linear e tradicional, então, reflita: “será que todos possuem o conhecimento histórico igual ao seu, a ponto de conseguir distinguir,  perceber e entender os fatos a serem apresentados sem estes estarem em uma linha lógica?” Tá eu sei! Mas e os outros povos e experiência? É como expliquei, são marcos, pontos de referencias que geraram consequências que sentimos hoje. No entanto, não estão esgotados, necessitam sempre serem aprofundados, por outros pontos de vistas. Mas isto não é válido só ao contexto histórico, mas a todas as informações que recebemos, não importando sua fonte.
Da mesma forma que é aconselhável relacionar, complementar, perceber e refletir os conhecimentos inter-relacionados que se espalham no universo do Librorum Prohibitorum com as informações da própria obra sem com isso se prender na linearidade. Pois, ele é um livro feito por um ser humano, não por um ser sobrenatural místico perfeito.
Por exemplo, este propileus possui ligação direta com o Propileus, Contradições, Simbologia da Guarda, Desenvolvimento da Integração, Considerações Fundamentais e de forma indireta com o restante da inspiração, pois, um complementa o outro, já que um depende do outro para possuir sentido. Ou seja, possui a mesma lógica complexa da Rede da Vida e do Meio Ambiente que nos provem a sobrevivência.
Estes pensamentos não foram dispostos prontos, necessitam serem aperfeiçoado, como tudo que o homem faz e cria. E da natureza dessas palavras, uma consideração que não deve ser descartada.  
Sendo assim, poderá ainda haver questionamentos quanto a superficialidade dos elementos expostos nesta obra proibida, no entanto, o que se deve compreender é o seguinte: o Librorum Prohibitorum é um pensamento, que forjou-se a parir de outros e da noção de diversos elementos, diante desta complexidade, o foco do livro não é seus elementos, mas sim a interdependência que eles possuem no trajeto de visualização do que se esconde a nossa frente.
Os elementos demonstrados, funcionam apenas como marco guia no caminho do desbravamento do novo horizonte, o qual motiva o escolhido pelo livro a buscá-lo e assimilá-los a parir de um estudo mais amplo que transcende as folhas de papel, ou seja, a pesar de existirem muitas metáforas, é fornecida uma explicação básica, mas composta de conhecimentos e palavras-chaves que possibilitam ao escolhido, deslumbrar em macros universos específicos, o contexto que lhe causa curiosidade e duvida na complementação de contemplação melhor da visão que este librorum tenta ilustrar.
Pois, a superficialidade é outro condicionamento, principalmente se refletirmos, que um livro por maior que ele seja, é apenas segundos de pensamentos, um instante efêmero de inspiração, que se tenta em anos e em diversas páginas o dispor. Ou seja, uns poucos segundo de raciocínio, não conseguem ser contemplados por um simples livro e em anos. Mas, o que se tem, é um resumo e um breve caminho que levaram até aquele conhecimento.
Neste contexto observamos a contradição da convenção tempo-espaço nas insipientes noções que o fazem dele. Pois, como relacionar o pensamento humano, na mesma velocidade e abrangência interdependente que ele possui na mente (no instante de inspiração), a uma breve exposição, seja oral ou escrita?
Resumindo, o grande livro que é para ser explorado esta na própria mente, pois, ele contém todos os conhecimentos básicos necessários para uma elucidação de um conhecimento, é altamente veloz e involuntário, na disposição de uma pesquisa interna, seja de experiências vividas ou de conhecimentos assimilados. Isso sem contar que é possível trabalhar com qualquer informação simultaneamente a outras diversas, deslumbrando e interagindo a elas ao mesmo tempo. Isto sem contar, que conhecimentos que demoraram anos para serem registrados, se apresentam resumidos, contextualizado,  sugeridos e ensaiados espontaneamente e simultaneamente. Sendo assim, as palavras escritas ou faladas, ações humanas, situações cotidianas,... são códigos que despertam e abrem este livro.
Neste contexto, se verifica que nenhuma palavra expressada é realmente superficial. A superficialidade esta no ser, pois quanto mais pobre a sua mente for de dados, experiências de vida e criatividade, menos abrangente será sua interpretação. Diante disto, o Librorum Prohibitorum deixa de ser superficial, pois, o propósito dele é justamente motivar o escolhido, a preencher a mente com conhecimentos diversos e não com conhecimento condicionante. Eis, quando se teceu sobre o tempo, vida , morte, guardiões, Teia da Vida, justiça,..., se buscou mostrar o básico dos marcos que quando inter-
relacionados ou percebido seu complexo já existente inter-relacionamento, se conseguiria vislumbrar e recepcionar novos universos que transmutam a vida.
Porém, existe um bloqueio na mente, que transcende o condicionamento. O qual é; como funciona; qual a sua gênese;..., não foi possível identificar de forma coerente e plausível, devido a sua extrema complexidade, mas que a principio, se encontra respondido dentro de cada um de nós, e não no outrem. Talvez, seja este bloqueio, que não permita o ser humano, utilizar de forma mais dinâmica e consciente (não conveniente) a sua mente. E talvez, seja por este motivo, que o escolhido ou o curioso, esteja rindo de tudo que lê, justamente pela dificuldade de entender tudo que foi escrito até aqui.
O caminho para superar esta dificuldade já foi diversificada vezes expressado, mas não só por este livro, porém, existe o bloqueio. E quanto a isto, não a nada a se fazer, pois todos são supostamente livres para aceitar ou não esta condição.    

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

RADICALISMO


 
O medo então se torna terror, e o extinto mais extremado de sobrevivência primitivo, ocultado por milhares de anos de evolução, é despertado. A racionalização é corrompida e alienada, só existem sombras, e o ser mais maligno desperta inconsciente, desprovido de reflexão benévola. No entanto, sabe que renasceu, para proteger seu confinamento. Guia-se pelo desejo de vingança, se banha com ódio e age na frieza da hipocrisia.  Anda como humano, mas se comporta como predador enquanto não satisfaz seu interesse no sangue daquele que o despertou. Então o Cavaleiro da Teia, torna-se anomalia. Corrompe-se no contexto do que combate. Radicaliza sem perceber que seu ato é o que deveria ser combatido por primeiro.              
Entende-se como radicalismo, toda ação humana de tendência extremamente exaltada e que busquem resultados de satisfações imediatos, guiados por interesses superficiais ou por condicionamentos ideológicos genéricos, dentro de um processo complexo de combate as anomalias sociais e vitais.
Sendo assim é um fenômeno que pode ocorrer no contexto de qualquer doutrina, ideologia, religião, política ou outra forma de manifestação racional expressada pelo homem. Diante disso, na analise dos que ainda não perceberam o segredo que se busca encontrar para caminhar no exercício da Guarda, irão concluir que o contexto basilar da Rede de Proteção da Ordem é de tendência radical. Pois, querendo ou não, ela busca eliminar as anomalias que impregnam a Teia da Vida. Porém, devido a sua suposta radicalidade, já que emprega a ideia de “extermínio” em muitas de suas expressões de reflexão, ela deve possuir algumas considerações que limitem ou impeçam a radicalização mais exaltada dos fundamentos e da teoria. Isto se deve, porque na eminência da radicalização da tendência, poderá acarretar não mais a Proteção da Ordem, mais um comprometimento desta.
Neste sentido a ação não deve ultrapassar nunca as complexas necessidades da Teia da Vida. Desta forma, se deve fazer uma separação coerente entre radicalismo, e a adaptações e a criação de novos fundamentos que serão necessários, para responder as necessidades de ações da Guarda, sobre o universo social.
Diante desta perspectiva é clara a rigidez da Rede de Proteção quanto a inovações radicais que se fundam nas superficialidades de efêmeras observações. Mas, a tendência é flexível quanto a inovações que visem a contemplar uma real e nova necessidade. Porém, esta flexibilidade só será possível, se a inovação vier de um processo de avaliação e análise, que encontrem nexo as novas perspectivas de ação e reação que realmente provoquem um fenômeno de metamorfose do caos, que fluam de forma a proteger o contexto provedor do ciclo vital.
O guardião deve-se guiar pelo princípio de que tudo que é criado pelo homem, tem dois lados e alternativas diversas que derivam deles. Devem conhecer o antagonismo dos elementos, e a contradição das ações. São premissas difíceis de contemplá-las, porém elas vão sempre existir, no que tange o caminho alternativo que afasta a possibilidade da radicalidade do rompimento do ciclo existencial físico. 
A radicalização é de uso exclusivo da Natureza. Não deveria ser do filho racional dela. Pois, a partir do momento que o ser duplamente sábio, racionalizou regras, condicionou-se a um comportamento de bem comum, deixou de ser selvagem, mesmo tendo este lado ainda dentro dele. Mas, ainda se radicaliza, por motivos fúteis. E se aceita em partes a radicalização por motivos de extrema relevância. Mas a grande realidade, é que a radicalização não se liga exclusivamente com a morte física humana, mas com o fim e o começo de um novo horizonte, que se contempla em qualquer setor da existência e do provimento existencial.
Toda ação de afrontamento de uma situação no contexto da Rede da Vida, é uma atitude radical, pois, dela se propagam transformações e imposições de comportamentos que gerarão consequências inevitáveis. Por mais que se tente minimizar os impactos e o processo de transmutação, ele ocorre. Por este motivo, que quando não se observas alternativas coerentes para uma determinada situação, as consequências geradas, são piores que o que se tentou combater, porém quando se escolhe uma alternativa superficialmente analisada como radical por muitos olhares passivos e condicionados, certos problemas realmente são resolvidos com um mínimo de consequência. Porém, quando uma ação se torna realmente radical? E quando a radicalização é realmente benéfica?
Reconhecer e analisar as ações próprias antes de praticá-las, é o primeiro passo para evitar a radicalização malévola. Nada se faz sem pensar, como também nenhuma ação se torna conclusa e perfeita. Tudo gera ônus e bônus ao mesmo tempo, conseguir ver isto no contexto futuro, evita a radicalização da imperfeição, em qualquer setor da vida, sociedade e ambiente.
Grandes exemplos de radicalizações malévolas podem ser observados no contexto das doutrinas religiosas, pois, em consequências de um fanatismo cego, muitas guerras foram travadas, impérios caíram, civilizações desapareceram, classes sociais foram rigidamente criadas e pessoas foram perseguidas e desprezadas.
O radicalismo que é observado na religião fez a Civilização Asteca ser dizimada, pois, os donos da verdade e da credibilidade representados na imagem dos altos sacerdotes astecas, interpretaram os invasores espanhóis como deuses e os vincularam a uma profecia sobre o seu fim. De certa forma acertaram sobre o seu fim, porém, hoje, os historiadores deduzem que um dos motivos do pequeno grupo de 400 homens de Cortez, ter alcançado êxito frente as tropas astecas que superavam 500 mil homens, foi justamente a colaboração involuntária da religião propagada cegamente pelos sacerdotes astecas, que assustou o povo e posteriormente já criou uma espécie de espírito de derrota antes dela ocorrer (outros fatores também colaboraram).
A lendária Troia seguiu o mesmo destino, ao recolher o famoso Cavalo para o interior de sua fortaleza, este fato se deu, porque os altos sacerdotes interpretaram que se não fizesse aquilo, o deus Poseidom iria os castigar com sua fúria.
No contexto de nossa realidade, ainda é possível verificar confrontos entre católicos e protestantes no Reino Unido, ocasionado pelo fanatismo e rivalidades religiosas que se desencadearam no período didaticamente denominado de Reforma e Contra Reforma.
Na Índia o sistema de casta desenvolvido pelos arianos através da religião para controlar a população local sub-julgada por eles, atualmente provoca uma incoerente desigualdade social e conseqüente miséria, para aqueles que são considerados como intocáveis. Porém, este fato é uma tradição sagrada, que pode ser revista pelos brâmanes, no entanto, isto depende de uma interpretação dos novos tempos. Mas qual seguidor da religião bramanista  terá coragem de afrontar a tradição e os seus radicais defensores?
O radicalismo gera fundamentalismo que corrompe qualquer doutrina, independente se mística ou filosófica. Estar atento a isto, é proteger uma cultura sem afrontar tradições. Perceber isto, é evitar a intolerância ativa e a passiva. Reconhecer isto, é proteger a vida e realmente aproveitar o melhor de qualquer doutrina ou ideologia. Porém afrontar um fundamentalismo, pode significar a perseguição, da mesma forma que ocorreu com os “hereges” e “bruxos” na idade média.
O radicalismo é singular a passividade e o antônimo da sabedoria. Porém, o radicalismo pode ser benévolo, no entanto esta ação radical deixa de ser denominada e interpretada dessa forma para ser entendida como evolução. Um exemplo bem comum e pratico é o da pessoa que possui o vício da bebida, e de repente resolve se afastar dos colegas de farra, da vida noturna e até mesmo da cidade onde mora, para realmente mudar de vida. Ou seja, tomou uma atitude radical, mas que o possibilitou a evitar a bebida diminuindo a tentação já que cortou as motivações externas, o qual possibilitou a enfrentar as motivações internas. É lógico que esse exemplo, é um fato raríssimo, pois o vicio é um grande teste para determinar a força de vontade de um ser.
No entanto, apesar de se ter afastado do foco principal deste propileus, e por este motivo, possivelmente ocorrer a possibilidade de se ter criado uma falácia, já que, a argumentação fugiu um pouco da ideia de mostrar que o radicalismo pode comprometer uma ideologia. O pertinente exemplo de radicalização benévola, demonstrou bem, em forma de uma metáfora comparativa, o contexto em que uma ideologia, doutrina ou projeto para ser aplicado eficientemente, necessita afrontar de forma mais profunda os vetores causadores de um grave problema. Porém sempre observando o equilíbrio entre a ação e reação.
O nosso condicionamento, só contempla o conceito, valoração e ação radical em sua essência maléfica. Poucos conseguem refletir e contemplar que a radicalização também ocorre em eventos que trouxeram a paz e a harmonia no contexto de qualquer circunstancia cotidiana, natural ou global. 
Perceber isto é aprender a controlar a ação e prevê suas reações antes de realizá-las. Pois, se é “de boas ações que o inferno está cheio”, então se deve rever se as reações do que se contempla uma boa ação, é realmente boa.