segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A LEI


As ações daninhas que o ser humano como individuo particular de livre arbítrio produz é o lixo que o torna público. Ou seja, o que sobra da vida privada dos homens “livres” se integra com as sobras dos outros. O lixo é comunitário. É a parte mais social dos humanos. A qual se contradiz com que racionaliza como harmonia e paz.   
O homem se comporta no contexto de atingir a recompensa que melhor lhe agrada. No entanto, o desejo de paz sempre foi o seu maior norte. Percebendo isto os líderes ainda em tempos remotos utilizaram este anseio para controlar as ações daninhas dos seres mais exaltados.
A promessa por um mundo perfeito que acolhe todos os merecedores após o advento de suas mortes, sempre estiveram ligados a regras que deveriam ser seguidas como teste, missão, estágio,... ou outra denominação que aporte a trajetória de vida perfeita. Por efeito doutrinas se desenvolveram ao redor desta ideia.
O problema é que tudo que é criado seja naturalmente ou artificialmente, deve evoluir. E é neste contexto que se observa o contemporâneo desrespeito as leis religiosas. Pois, elas não evoluíram no contexto de contemplar a nova realidade. Elas apenas tipificam e punem. Elas não conscientizam mais os homens. Elas não conseguem ser respeitada por quem não tem nada a perder. Já que se banalizaram e saturaram os meios físicos e humanos responsáveis em fazer a lei ser cumprida. Ou seja, não da nada!
A lei dos homens morre aos poucos junto com as doutrinas místicas. Pois, não inovaram em perceber suas imperfeições e seus reais interesses. Os humanos criaram a justiça, que não consegue contemplar o contexto de um universo de vetores instáveis.
As contemporâneas punições ainda se prendem na privação da paz e liberdade do ser exaltado. Quando na verdade não percebem que os atuais terráqueos valorizam os prazeres artificiais. É neste sentido que surge o questionamento: qual efeito de privar o viver e conviver de um ser que tem como objetivo viver seu dia como se fosse o último sem existir nenhuma preocupação com o amanhã? Ou seja, será que os fora da lei são os rebeldes que afrontam o tempo e o condicionamento? Como punir e conscientizar quem não tem nada a perder?
A lei é apenas uma poderosa ferramenta condicionante, que em tempos passados não necessitava ser escrita, pois todos a carregavam já que demonstravam isto com o respeito que possuíam por ela. Hoje elas precisam ser escritas porque os seres racionais não mais a carregam em essência. Isto ocorre devido a alma que as leis carregam. Ou seja, uma alma com gênese na politicagem. Mas mesmo assim devem ser respeitadas, porém questionadas para serem aperfeiçoadas de acordo com a essência existencial.
A lei deve ser questionada, porque se tornou uma faca de dois gumes. Uma arma que pode ser utilizada para atender interesses obscuros quando criadas em um contexto de politicagem. Isto porque é a lei que expressa de forma explicita e indireta, o artificial conceito que guia o ponto de vista do universo leigo, no sentido de recepcionar ou estabelecer a ideia de bem e mal.
Diante desta perigosa realidade sensível a manipulação, fica notória que nem sempre as ferramentas que nos protege, nos trazem segurança futura real. Porque toda lei possui uma essência que produz uma ação e por efeito reação. E neste sentido que antes de uma lei ser julgada boa ou ruim, ela deve passar por um processo que avalie suas consequências em lato sensu positivas e negativas frente a sociedade.
Na contemporaneidade as legislações são os reflexos da hipocrisia dos homens racionais. Ou seja, existem sem atender seu real objetivo de forma ampla e eficiente. Mas servem para nortear os humanos, onde os interesses de vários grupos sociais se perpetuam como sendo legal e justo. Quando em sua essência só limitam a ação de homens fora do grupo principal.
Porém, deveria ser diferente, pois se a lei busca inviabilizar consequência dentro de um contexto determinista, onde é possível ter uma perspectiva de como as coisas irão terminar, então por que se criam leis que se contradizem ao raciocínio determinista? Ou seja, se é possível perceber uma consequência que agravará uma situação que se quer evitar, então por que fortalecê-la com leis hipócritas, politiqueiras e carregadas de interesses.

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