domingo, 17 de novembro de 2013

A RELAÇÃO DA POPULAÇÃO COM JUSTICEIROS, VILÕES E HERÓIS NO ÂMBITO HISTÓRICO


Existem no Planeta Terra, pessoas que nasceram para pensar, outras para fazer as coisas acontecerem, e por fim, o grupo maior, que são as que nascem simplesmente para sobreviverem e serem manipuladas. Este grupo maior, devido a sua condição supostamente   condicionada inferior, frente aos interesses de grupos dominantes, sempre alimentaram o sonho do surgimento de um herói libertador e realizador de todos os desejos do povo que lhe apóia. Eles apareceram, e do mesmo jeito desapareceram. Sem conseguir este cenário mudar.
No âmbito da história da humanidade, muitas foram as páginas reservadas a supostos personagens contextualizados como “heróis”, que promoveram mudanças sociais na realidade existencial do seu respectivo tempo, como também existem fatos, relacionadas e consequentes  das ações humanas que transformaram a sociedade. No entanto, nem tudo foi êxito e gloria no caminho desses supostos “heróis” e revoluções. Pois, estes sempre afrontaram forças superiores ou serviram de interesse a eles de forma indireta. E sempre foram descartados por estas forças superiores, quando as ações heroínas deixavam de interessar no contexto de seus planos obscuros. No entanto, o que ficou gravado, foi o ato que causou a reflexão na sociedade e nas lideranças por onde homens com ideias e com atitude passaram, mesmos servindo a um interesse ou se desvinculando a ele.
A partir disto, é notório que os grandes heróis revolucionários sempre afrontaram a ordem e o sistema que faziam parte. No entanto, poucos colheram o fruto de sua luta. Pois, isto foi condicionado, porque sempre foram traídos por seus pares, por interesses ou se fundamentaram num ilusório apoio da população. Como também caíram em desgraça por seus vícios; foram vencidos por subestimarem seu inimigo; viveram um momento, mas não cuidaram do básico para sobreviverem; não planejaram seus passos futuros, tão pouco não evoluíram. Chegaram ao objetivo, e pararam.
Um dos problemas da sociedade, é que ela se apóia em interesses. E quem apresenta um interesse que não fira seus vícios, seus sistema obscuro e que apaguem os focos de prováveis combustões e de situações comburentes. É sempre bem recepcionado. Desde que não promova uma revolução real, ou de caminhos para uma futura mudança que atinja quem realmente possui o poder. Não os fantoches e os laranjas.
Mas o grande problema da Teia, é a natureza comprometida do livre arbítrio humano. Pois, nada a satisfaz. Tudo é questionável no sentido de proteger a fonte de seus interesses.
Então, quem realmente é um herói?
Todo herói possui um interesse a proteger. Estas palavras possuem um interesse a proteger. Mas qual é o interesse que devemos proteger? Qual é a gênese desse interesse a ser questionado antes de ser seguido e protegido?
Heróis são inocentes seres humanos, que confiam nos homens para buscar o que ele acha melhor para todos. Busca o bem comum. Sem perceber que muitas vezes seus ideais, são uma nova arma para manter tudo como esta. Mas o cenário parece tão real, que o povo se satisfaz momentaneamente. Até o dia, que os velhos sintomas voltam, e tudo retorna ao seu status quo ante.
Mas as vezes, o que é herói em um momento vira vilão, pois, seu complexo ideal, se torna nocivo a interesses diversos. Já que podem provocar processo de mudanças irreparáveis. Jesus Cristo até onde se sabe foi um exemplo. Pois, ao querer promover uma revolução espiritual, começou a ver o fruto dessas mudanças aparecerem no contexto social e político. E isto, não era interessante para os que dominavam os interesses na época. Jesus nunca pregou a morte, a guerra ou a revolução contra o governo da época. Ele apenas, se comportou dentro de um contexto, que surpreendia. Não reagia com ódio, mas com amor. E isto chamava atenção. E isto começava a ser imitado. E por causa de sua benignidade, foi condenado pelo povo que pretendia salvar.
E Joana D’Arc, que foi usada como um símbolo de motivação do ignorante exército francês, até o momento em que conseguiu reverter a guerra para a França e ferir os interesses de quem lucraria com a guerra. Pois, em 116 anos de Guerra, uma oligarquia bélica crio-se, onde era formada tanto por ingleses quanto por franceses, os quais compartilhavam o mesmo interesse, e aquele conflito era a fonte a ser explora e foi muito bem. Até o dia que uma camponesa que escutava vozes (tinha inspirações não muito diferente do que eu estou fazendo agora. Porém, tão absurdas, quanto estas palavras), começou a ser seguida em seus exemplos. E isto, colocava em risco a fonte de riqueza de muitos. Pois, a guerra acabando, quem lucraria?   Antes de fazer parte da Guerra dos Cem Anos, foi submetida ao Tribunal do Santo Ofício, é foi absolvida do suposto crime de bruxaria. Depois, de garantir o caminho para o termino da guerra e a vitória da França,  foi julgada novamente por um Tribunal formado por novos membros, em território francês  ainda sob domínio inglês, (mas que preferia assim), que a condenaram simplesmente por não usar roupas femininas. Ou seja, eliminaram o símbolo que poderia fazer uma real revolução.                     
Por onde os “heróis” passaram, deixaram inimigos poderosos, porque afrontaram interesses que sustentavam a ganância por poder e riquezas de muitas pessoas. E isto, é uma afronta mais grave, que a própria ação contra a vida de um ser obscuro.      
A lista de heróis é gigante. No entanto, o objetivo destes exemplos, é demonstrar, que o Guardião nunca vai estar seguro entre a população. Como que ele nunca deve subestimar o inimigo, pois, este aprende com o que enfrenta, com os erros e também tem criatividade. Que nunca deve agir sem planejamento, já que o inimigo as vezes se torna a fome e a doença (a Inglaterra ganhou a Guerra das Malvinas cercando a ilha, e não deixando entrar comida nela, forçando a opinião publica a fazer pressão sobre o governo argentino, para se render e salvar seus soldados). O Guardião, nunca deve confiar no inimigo arrependido. E principalmente, agir até o limite de suas forças, além disso, é irresponsabilidade. Rara a exceção.
Pois, como vimos o “herói” histórico é um justiceiro, que luta por objetivos diferentes, mas sempre afrontando a ordem. Ou seja, uns afrontam o governo, outros o sistema, outros o interesse de uma comunidade, outros a vida da anomalia, outros a dominação, outro as ideologias cientificas, religiosas...
A decapitação promovida pelos revolucionários franceses, que não poupou nem o rei, era uma atitude de justiceiros, só que ocultado por uma nova ordem. Os Cavaleiros de Cristo (Cavaleiros Templários), matavam islâmicos em nome de Deus, eram o exército da Igreja Católica, justiceiros ocultados por uma missão fundamentada na fé.    
De forma marcante, sempre o Câncer criou um predador para acabar ou controlar os que o tenta destruir. Seja ela qual for, e em que cenário for, e sob o pretexto que for. Porém, as vezes, o que o Câncer cria, ou o que é aproveitado por ele, se rebela.
Porém a Teia privilegia aos novos predadores de anomalia, porque lhe dá o relatório do passado para observado, analisado, relacionado com a realidade. Tudo para que não se repita as mesmas situações (só que em cenários e temas diferentes), com os mesmos erros e com o mesmo fim. (A Alemanha perdeu a Guerra contra a Rússia, porque cometeu o mesmo erro da França comandada por Napoleão, ou seja, foram consumidos pelo inverno Russo). No Brasil, os Rebeldes do Contestado foram cercados da mesma forma que os Revolucionários Farroupilhas.
Diante disto, a história do inimigo deve ser analisada, como também a história de suas ações e contra reações. Prevendo seus movimentos erros. E agindo sempre com criatividade e sem uma rotina de ações previsíveis, o Guardião poderá ter sucesso a longo prazo.
No entanto, lembre-se. A “casa cai” por descuidos não percebidos e ocultados pela idéia de que estamos no controle. Nossa vida é como dirigir um carro, vacilou, espirrou, não olhou, perdeu atenção por menos de um segundo, o acidente acontece.
Quanto as revoluções. Geralmente são assim chamadas, porque alteram a ordem natural do que se esta acostumado a contemplar, ou seja, radicalizam as mudanças. Todos nos fazemos revolução. Porém, nem sempre é o nosso objetivo. O que acontece, é que quando buscamos o melhor para nós, se torna melhor para o outro e é copiado e repassado, sem precisarmos pedir para que façam isto. Mas quando tentamos impor o que achamos que é melhor para os outros, nos transformamos em fantoche  de um grupo, que esperava por idéias novas para satisfazer o povo, sem perder o controle e a exploração de interesses sobre ele.
O exercício da Ordem não tem o objetivo de revolucionar. Porém, é uma consequência inevitável dele. Já que vai causar uma transformação supostamente para melhor na sociedade. Eis que a diminuição de anomalia e o temor de sofrer a ação da Guarda, será notório. No entanto, toda ação, causa uma reação. A História nos mostra isto e a Física teoriza isto. Mas só Cronus nos mostra se agimos certo ou errado.
Eu prefiro entender que os objetivos da Guarda, como atos de guerra contra o inimigo chamado crime. E você?
A Ordem, não precisa de heróis, precisa de exemplos práticos e simples de combate e reabilitação da anomalia. Pois, a água só para de vazar se fechar o registro. O ato de conter o que já vazou, apenas é retardada até que o balde encha.  
O Guardião não pode ser herói. Pois, não existe mérito em tentar resolver, o que todos deveriam ter por objetivo e ação. Diminuir o Câncer, não é mérito é dever.
Os seres humanos não precisam de um outro herói. Pois, estão fora das ruínas, no lado de fora dos escombros. Não podem cometerem o mesmo erro toda vez. Apesar de agirem e serem as crianças,... a última geração.
Os seres humanos são aqueles que se abandonaram. E eu me pergunto, quando nós vamos mudar, vivendo sob o medo, até que nada mais reste...
Nós não precisamos de um outro herói, nós não precisamos saber o caminho para casa. Tudo o que queremos é vida além. Mas a procura por algo em que possamos confiar, recai no sonho e esperança de haver alguma coisa melhor lá fora dessa realidade, que transcende o amor e compaixão. Mas os fins dos dias dos seres da quinta raça está chegando. Já que, tudo mais são castelos construídos no ar...
Então, o que fazemos com nossas vidas? Nós deixamos somente uma marca. Nossa estória ou história brilhará como uma luz ou terminará no escuro? Entregue tudo ou nada.             

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