O
ser humano além de indiretamente expressar a hipocrisia que se oculta em sua
alma, se prende a falácias que sustentam seus interesses. Contemporaneamente a
maioria dos homens se condicionaram a promover seus interesses filosóficos,
políticos, doutrinários e místicos através da exploração da miséria humana.
Porém, isto não é um fato dos nossos tempos. Mas é um legado de tempos remotos.
A
exploração da miséria é a atitude mais cancerígena que o ser humano carrega. E
o pior é que a carrega sem saber. Pois, independente de conhecer os fatos,
sempre o povo pobre tem a razão.
Sem
perceber o homem esta alimentando uma situação que serve de ferramenta e arma para
derrubarem governos, pessoas, doutrinas, filosofias e etc. Ou seja, no contexto
da ideia expressada e muito bem trabalhada que o povo pobre sofre, que esta
sendo desprezado pela sociedade, governo, e etc, se escondem interesses que
sustentam ideais, o poder de específicos grupos e de pessoas diversas da
sociedade mundial. A exploração do povo miserável é a arma mais poderosa que
existe no que tange por em prática um objetivo.
Mas
a exploração da miséria deixa consequências, pois, transforma pessoas em meros
escravos. Os quais, tudo dependem. Ou seja, são uma massa passiva, dependente,
manipulável e saciável com o mínimo previsto e permitido.
Deveria
ser uma teoria da conspiração tal observação. Porém, no atual momento histórico
o ser humano é extremamente capaz de acabar com a miséria, sem precisar manter
o povo com “programas esmolas”. Mas porque não acaba com este câncer? Porque
simplesmente não é interessante! Ou seja, se acabar com a miséria, se diminui a
ignorância. Diminuindo a ignorância, se diminui as facilidades de manipulação.
Tornando mais complexas a manipulação, fica mais difícil propagar teorias,
filosofias, doutrinas que vendam ao povo uma ideia de mundos, governos e
sistemas sociais utópicos, onde todos são iguais, sem violência, sem governos,...
O
explorador da miséria capta os anseios dos miseráveis e os transforma em
fundamento para seus argumentos. Ou seja, diz ao povo o que ele que ouvir, mas
possibilita ao povo apenas o que lhes acalme, mas que não resolva sua condição.
A
pobreza é um câncer, onde o culpado é o próprio ser que a vive por não buscar
em sua liberdade, ações e raciocínio sair dela. Pois, permite que outros pensem
por ele. E aceita e tira vantagem de ser um eterno “coitado”. Mas, esta culpa é
dividida com a hipócrita sociedade que percebe isto, mas não se dispõe a mudar
isto de forma real e permanente.
Combater
a pobreza não é dar ou permitir o acesso. Mas é ensinar as pessoas a conquistar
por si só seus objetivos, e ter responsabilidade em usar o que conquistou. Ou
seja, “condicionar” a pessoa a se comportar dentro dos parâmetros que o mundo se
encontra.
É
contraditória a ideia de condicionar com a perspectiva do raciocínio que o
livro apresenta, mas sofrer por fome, ser massa de sustentação de poder e
demagogia política filosófica e doutrinária, morar em local irregular com
incentivo de pessoas com consciência, também não é um estilo de vida aceitável
intimamente quando se alcança uma consciência racional mínima. Diante deste
exposto se depara com um problema. Que tipo de condicionamento social será
propagado?
Existe
um ditado popular que cita: “que a pobreza não é um estilo de vida, mas sim um
castigo!”. Observando estas palavras que se propagam de forma pejorativa e
ganha contestação hipócrita dos pseudos defensores dos miseráveis, verifico que
existe lógica. Pois, a ideia de castigo é equivalente a maldição. Ou seja, uma
maldição que atinge o ser que é perfeito e não aproveita seus dons. E da
sociedade que nada faz de forma efetiva e conclusiva para mudar esta situação.
Mas que sofre as consequências de sua hipocrisia.
O
pobre é a maior mina de dinheiro e poder para seu explorador. Mude a vida e a
realidade do pobre de espírito e de bens materiais, que metade dos problemas do
mundo como violência, doença e ignorância desaparecem.
Porém,
se o homem não muda por bem, os efeitos de suas ações a promovem pelo mal. Ou
seja, foram os constantes estados de guerras, epidemias e outras tragédias que
fizeram parte da história da Europa, que despertaram da pior maneira a
consciência cívica e de sobrevivência independente no povo europeu. Já na
África, quando o povo começou a se despertar para evoluir, os países e
organizações alienígenas começaram a “ajudar” com esmolas e cultura, ou seja,
minaram o processo de desenvolvimento da independente sobrevivência e cidadania
dos povos africanos.
Esta
é uma realidade que poucos observam, pois o questionamento da maneira que se
lida com a pobreza no contexto de “extingui-la”, nunca tem o norte de ser bem
recepcionada. Pois, questiona interesses indiretamente por efeitos.
A
pobreza causa medo, principalmente em quem tem algo material a perder e por
consequência um status social. Pois, se torna vergonhoso já que esta condição
expressa a incompetência de se manter a qualidade de vida e os prazeres que advêm
dos bens matérias. Já no lado contrário, o pobre sonha com o material que traz
o prazer e realiza sonhos. Porém, desconhece que terá que comprometer sua paz
para atingir o que deseja. Até poderá ter paz, porém esta será uma “pax”. Ou
seja, o termo “pax” que utilizo, literalmente traduzida significa paz. Porém,
esta carrega uma analogia de referencia a “pax romana”, um período de paz
relativo garantido por força das armas. Especificadamente, uma paz sobre tensão
e com a consciência do risco de acabar a qualquer momento. Diferente da paz
essência, que também pode acabar de uma hora para outra, porém de contexto não
previsível.
Por
mais este motivo que a pobreza é explorada, porém desta vez são os efeitos
dela. O medo e o sonho de se livrar dela. É neste contexto, que algumas
doutrina cristã se contradizem. Principalmente no que tange o exemplo a ser
seguido do personagem principal que devotam.
Não
raro é verificar sacerdotes difamando outras doutrinas irmãs para tirar fiéis
de seu seio, para os abraçar e se apossar de recursos materiais e do poder
gerado pela confiança e fé expressada em templos lotados. Ou seja, se tira do
pobre o que ele busca, que é justamente vencer a pobreza. E o pior, se
incentiva indiretamente a ganância. Já que se explora a ideia de “melhorar a
vida material”.
Porém,
isto é o menor dos problemas, pois o cristianismo a principio é monoteísta
(deveria louvar apenas Jeová, mas devota também Cristo). No entanto, em igreja
de doutrinas exaltadas recentes, parece existir um culto velado ao Príncipe das
Trevas! Pois, tudo é culpa dele; ele é o incentivador de tudo,... ou seja,
parece que Lucifer é equivalente a Deus. Pelo pouco que sei, o vulgo “senhor
das trevas”, é um mero renegado que nem deveria ser lembrado em cultos ou coisa
do gênero. Pois, não é nada na ordem dos dias. Porém, ganhou força como garoto
propaganda de seitas que exploram a ignorância e o medo dos seres de espírito e
vida pobre. Resumindo o diabo é um meio de incentivar o homem a acreditar em
Deus! Isto é uma estratégia “ideológica” perigosa.
Mas
por que mexi em ferida proibida?
Porque
o ser humano é um ser imperfeito e dependente de riqueza, poder e conhecimento,
ele age no contexto de seus interesses. E se regula socialmente, legalmente e
doutrinariamente como se percebe, de acordo a atingir estes interesses. Sua
força esta nas massas, ou seja, na vox populi. Sendo assim, a voz do povo é a
voz de Deus, ou dos “deuses” que de um ser divino não possuem nada, no entanto
se parecem muitos com demônios renegados? Que temem ao divino, mas o afrontam
dentro de sua realidade mas de forma daninha a todos os seres?
Argumentum
ad lazarum, uma falácia que poucos percebem. E raros percebem os seus efeitos
maléficos. A analogia com exemplos reais, não é uma contestação a doutrina
cristão ou a outra não cristã em si. Mas é o melhor exemplo capaz de demonstrar
o quanto uma ideologia séria e carregada de boas intenções pode ser desvirtuada
e utilizada para um fim que ela combate. Por pessoas de má fé (jurídico, social
e religioso).
Explorar
a desgraça para colher frutos. Isto é o mal em essência, independente de
analise filosófica, cientifica ou mística. Pois, causa danos. Alimenta guerras
civis e revoluções que só muda os cenários e os nomes dos atores em uma peça
reescrita com palavras e cenas diferentes, mas que no final termina do mesmo
jeito que o teatro modificado. Porém, a diferença é que o povo inicialmente
bate palma. E quando começa a diminuir os aplausos, alguém percebe e muda os
atores e fantasia o roteiro.
Lutar
contra a pobreza é diferente de simplesmente “ajudar” o pobre sair de seu
status quo ou promover uma vida “digna com o básico” dando e facilitando. Pois,
ocorreu ajuda? A pessoa aprendeu alguma coisa com a ajuda?
As
vezes a adversidade é a melhor professora para um ser que precisa aprender a se
ajudar por si só sem romper regras. Pois, transforma seu ponto fraco, em seu
ponto mais poderoso. Mas isto vai depender de seu livre-arbítrio e de sua
vontade, mesmo abalada.
É
fácil falar e escrever. Mas para ser sincero existem os que vencem e os que
perdem. Mas continuam vivo para tentar vencer, sem ignorar as regras. Se fosse
no jogo da sobrevivência do mundo selvagem “irracional”, a derrota seria a
morte. Ou seja, não existe chance para reparar o erro, descuido e a falta de vontade
e superação da mesma. Pois, a Natureza é intolerante com os fracos, por isto
que evoluir é se adaptar as adversidades. O problema é que o homem
artificializou o seu convívio. E por efeito, colocou em risco a própria
espécie.
Interesses
que geram a pobreza, para da pobreza fundamentar interesses. Este é o ser
humano, um dos animais mais recente do planeta, e talvez o de passagem mais
derradeira. Mas esta ultima frase é apenas uma hipótese, não uma verdade (?).
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