quinta-feira, 21 de novembro de 2013

CONSIDERAÇÕES SOBRE AS PALAVRAS


 

Ao tecer linhas de contexto que transcendem a realidade formal a qual estamos acostumados a conviver, existem dentro de uma naturalidade espontânea, muitos questionamentos e reflexões sobre todos aqueles pensamentos expressados e revertidos a um objetivo.
Neste processo, deveria ser da natureza das pessoas, refletir e questionar. Porém, não é bem isto que acontece. Eis que, boa parte dos seres humanos, apenas flertam com os seus olhos, a superficialidade das palavras. E sem se quer contemplar a luz de reflexão alguma, os aceitam ou os desprezam. Ou seja, aparentam estarem condicionados a recepcionar,  apenas o que se contextualiza com os seus interesses, os quais são os mesmo da sociedade. O que foge a este condicionamento é renegado ao desprezo, sem se quer merecer uma análise realmente aprofundada. Porém, o contrário também ocorre, só que ao invés de ser rechaçada, é aceita sem alguma reflexão mais apurada. 
Este é o grande problema do ser humano, aceitar ou não aceitar o que lhe é apresentado, sem um esmero raciocínio coerente e cercado de considerações apartadas de interesses íntimos ou comuns a um grupo social.
Sabedores deste condicionamento manipulável de uma grande parte da população, muitas teorias, ideologias, doutrinas religiosas e científicas, desenvolvem palavras, técnicas ou condicionamentos psíquicos, que fazem uma população aceitar o que lhe é imposto por seus pensamentos.
Os inquestionáveis profetas inspirados por forças sobrenaturais, trabalham com a ideia de fé em suas palavras, para fundamentar o que não se pode explicar. Acredita quem quer, pois, é livre para aceitar ou não, porém, poderá sofrer consequências por não aceitar dentro de um contexto sobrenatural não definido, mas que atinge o imaginário do ser.
Já os plausíveis cientistas, trabalham suas teorias, dentro de um processo de experimentação cientifica. O qual se der certo é plausivelmente verdadeiro. E se der errado, é supostamente falso. Porém, a credibilidade alcançada pelo método científico, também sofre questionamento, já que não ocorre a recepção de “acontecimento verdadeiro” por parte de alguns grupos da população, que acham que tudo não passa de uma farsa. Isto se deve a vários fatores, porém, o maior é a ignorância do ser humano no que tange um processo reflexivo mais apurado.
No que tange os filósofos, suas observações, não surgem como certas ou erradas, mas se tornam condicionadas a interpretação e reflexão para sua aplicação dentro de uma plausibilidade. Neste contexto, se ramificam ideologias, que se apóiam na ideia matriz, e ganham adeptos que a tentam a promover como solução em processo de metamorfose e adaptação. Como, uma nova maneira de ver o mundo e se condicionar a ela.
Qual método esta certo ou errado, é difícil de julgar. Porém, o grande problema do ser humano, é se prender a certas superficialidades formais, para dar credibilidade a uma manifestação do pensamento.
Pois, que diferença faz a exposição de uma teoria, ministrada por um pós-doutor, e a mesma teoria criada e exposta por uma pessoa com pouco estudo? É o mesmo raciocínio! Porém, que possui o condicionamento de que é verdade o que é dito por quem tem um suposto título de estudo. Já o que é propagado por quem não tem um título de grau de estudo não é válido ou é uma loucura. Reflita, quantas foram as vezes que um “Zé Ninguém” fez observações sobre um acontecimento qualquer e você riu intimamente. E depois de algum tempo, você escuta ou leu que um fulano doutor da Universidade (X), que teorizou um acontecimento idêntico ao do “Zé Ninguém” ! Você riu desta vez?
É lógico, que recaímos no raciocínio norteador deste pensamento. Não devemos acreditar em tudo que nos falam, sem antes refletir. Porém, o que nos falta não é o livre arbítrio de acreditar ou não, e sim, o de aprender a refletir profundamente sobre o que nos é repassado, e não superficialmente.
Porém, existem pessoas que fundamentam sua análise, em erros ortográficos. Ou seja, se o fulano fala errado, ou escreve certas palavras erradas ou não as fazem concordar dentro da técnica de linguagem.  Ah! Tudo que foi escrito, não tem credibilidade nenhuma. Porém, o que estava para ser analisado não era a ortografia, mas sim o pensamento.
No entanto, o grande problema esta na interpretação. Eis que o nível de conhecimento, sabedoria e grau de condicionamento social, esta diretamente ligado ao poder interpretativo das palavras lidas. Pois, palavras e frases metafóricas possuem o objetivo de chamar a atenção e consequentemente  a reflexão mais aprofundada do leitor.
Porém, o que adianta escrever milhares de pensamentos, se estes não possuem um fundamento científico ou são recepcionados por outros filósofos. E se a racionalização desenvolvida for totalmente nova e exclusiva, que teórico irá fundamentar? Ah! E onde está escrito ou fundamentado que um filósofo ou teórico possui credibilidade, para fundamentar algo, em um mundo condicionado a interesses e plausibilidade? E os filósofos, possuem alguma credibilidade? Quem são, como vivem, como conseguiram alcançar seus títulos, como adquiriram respeito, quais os interesses que recepcionaram suas ideias?
Se for por este caminho, recairemos no caminho da Teoria da Negação, da Conspiração, do Caos,... Resumindo, os pensamentos produzidos pelo homem, são sempre passíveis de análises profundas, tanto em sua gênese quanto em seu caminho e ramificações. Pois, ele sempre será contaminado por um interesse. Será distorcido para fundamentar uma ideologia. E a partir desta ideologia, se construirá novos conceitos e noções aos valores que forjam a sociedade.            
Porém, o que deve ser analisado é o pensamento. Pois, caso contrário, todas as teorias, profecias e pensamentos filosóficos perderão a credibilidade. Um exemplo é Karl Marx, numa análise super aprofundada o ser em reflexão, se caso se nortear a fundamentar sua análise a partir da vida de Marx, vai com certeza, desprezá-lo. Pois, questionará: como um homem que possuía mais de quatro faculdades, entre elas Medicina, acabou morrendo na miséria? Como alguém que não conseguiu supostamente organizar a sua vida, surge com uma teoria para salvar o mundo?
Ou seja, este tipo de análise, é superficial, mesmo havendo uma pesquisa sobre o seu criador. Pois, se norteou a um fato condicionado, e não a vários outros fatores que transcendem a essência da interdependência deste fato ao pensamento em questão. Eis, que não são somente estes os valores a serem analisados e sim a sua receptividade no contexto do “bem comum” e na maneira de ver o mundo de forma mais racional e menos condicionada.
Outro fator de condicionamento da credibilidade se relaciona diretamente a ideia de que a pessoa que escreve coisas fora do comum é portadora de problemas psicológicos mal resolvidos. A Psicologia é uma ciência que estuda e se baseia no comportamento humano. Sendo assim, para criar respostas a tais comportamentos, teve que eleger um comportamento padrão. Porém, a grande questão é: como se definiu este comportamento  padrão? Seria a partir do interesse social? Com certeza, explicações existem, dentro de processos experimentais e provados. Porém, estamos no mundo das plausibilidades.
É lógico que todo descontentamento, gera uma ação. Seja passiva ou ativa. Mas esta reação deve seguir um padrão para ter credibilidade?  O comportamento hipócrito, ganancioso, invejoso,... onde se encaixa?
Muitas perguntas que serão feitas, terão sempre uma resposta plausível a um interesse a ser questionado.
Esta breve e superficial introdução tecida até aqui, possui o objetivo de mostrar que a credibilidade de uma palavra esta diretamente ligada ao condicionamento de recepção. Pois, se a pessoa recepcioná-la já tendo um pré-julgamento, se quer vai refletir sobre que leu e interpretará de acordo com que defende ou esta condicionada. 
Tudo que foi redigido até o momento neste Librorum Prohibitorum, para muitos até antes das Considerações Sobre as Palavras, recebeu vários julgamentos. Porém, imagino, que após estas considerações, o veredicto foi anulado parcialmente, e uma nova perspectiva raiou. Pelo menos este era o objetivo. No entanto, supostamente imagino, que ainda exista resistência, em não aceitá-lo ou não concordar com as informações. Mas em vê-lo sobre um outro foco. Isto porque, ainda exista condicionamento provocado no âmbito do conhecimento ideológico condicionante.
Nenhuma teoria é boa para o ser humano, a partir do momento que condiciona o  pensamento e recepção de um novo. Mesmo que não concorde com este novo pensamento. Pois, o conhecimento cego, é um conhecimento inútil, já que não acompanha o processo de metamorfose do ciclo interdependente da vida.
O Librorum Prohibitorum não é um pensamento que deva promover a negação de outras teorias. Não é um manual da conspiração. É apenas um pensamento que busca promover o descondicionamento do valor conceituado e denominado de liberdade. É o combate a gênese do que incomoda o homem de paz, corrompido por uma suposta virtù contemporânea.
Hoje esta racionalidade é do mundo, pois, foi inspirado no contexto de ser livre, e propagador da pacificação e extermínio de sentimentos artificiais e ações que torna a vida humana muitas vezes insuportável.
Os pensamentos que foram tecidos até o presente momento, se desenvolveram  dentro de uma linearidade lógica. Isto se deu desta forma, porque se a proposta era apresentar uma contemplação nova do horizonte que vislumbramos, haveria a necessidade de demonstrar e explicar as características de cada elemento basilar que faz parte desta inspiração profana. Apesar da apresentação linear ser vista como ultrapassada por grande parte de filósofos contemporâneos, (principalmente os “estudiosos” da História), existe a necessidade de contemplar a circunstância de que as informações cientificas, filosóficas, místicas e históricas, nos diversos propileus desbravados e utilizados, nem sempre são de conhecimento leigo. Diante deste fato, existe a relevância de no mínimo, se fornecer marcos e explicá-los. Caso contrário, se o texto for concebido, dentro do pressuposto que o leitor possui os conhecimentos que ali são referenciados, e por este motivo, o texto segue um contexto não linear, pode acontecer a situação que a pessoa apenas vai ler, e nada vai entender. No entanto, pode acontecer, que o escolhido pelo livro, se interesse e busque por si só as informações que não compreende. Mas este último caso, por experiência, dificilmente ocorre, pois, se a pessoa estiver em um nível avançado de manipulação e ignorância, ela vai começar um questionamento de forma correta com um desfecho ignorante, ou seja: “de onde este louco achou tanta besteira?”. Em consequência disso  mal vai se interessar em saber de onde apareceu tudo que leu.   
No entanto, a linearidade possui um lado ruim, pois, condiciona a pessoa a racionalizar dentro de estrada bem delimitada, que a faz não perceber que existem outras coisas fora daquela linha. Motivado por este fato, ocorreu a necessidade de alertar, sobre a extrema atenção que se deve ter a este condicionamento. Pois, cada propileus é uma explicação superficial, de conhecimento de um macro universo. Porém, que se relaciona sempre com outro propileus, complementando conhecimentos. Um propileus, não acaba quando começa o outro, mas sim deságua no novo, sem ter perdido a sua essência e nem a essência dos outros propileus, que a ele se uniram.
A explicação apresentada, se faz linear dos seus marcos, (pois, o papel não é a mente, que consegue contemplar, tempos e espaços diferentes dentro de um raciocínio lógico). Porém, estas explicações, são interdependentes e não esgotadas.
Se lá no começo: no propileus da História, você achou uma explicação linear e tradicional, então, reflita: “será que todos possuem o conhecimento histórico igual ao seu, a ponto de conseguir distinguir,  perceber e entender os fatos a serem apresentados sem estes estarem em uma linha lógica?” Tá eu sei! Mas e os outros povos e experiência? É como expliquei, são marcos, pontos de referencias que geraram consequências que sentimos hoje. No entanto, não estão esgotados, necessitam sempre serem aprofundados, por outros pontos de vistas. Mas isto não é válido só ao contexto histórico, mas a todas as informações que recebemos, não importando sua fonte.
Da mesma forma que é aconselhável relacionar, complementar, perceber e refletir os conhecimentos inter-relacionados que se espalham no universo do Librorum Prohibitorum com as informações da própria obra sem com isso se prender na linearidade. Pois, ele é um livro feito por um ser humano, não por um ser sobrenatural místico perfeito.
Por exemplo, este propileus possui ligação direta com o Propileus, Contradições, Simbologia da Guarda, Desenvolvimento da Integração, Considerações Fundamentais e de forma indireta com o restante da inspiração, pois, um complementa o outro, já que um depende do outro para possuir sentido. Ou seja, possui a mesma lógica complexa da Rede da Vida e do Meio Ambiente que nos provem a sobrevivência.
Estes pensamentos não foram dispostos prontos, necessitam serem aperfeiçoado, como tudo que o homem faz e cria. E da natureza dessas palavras, uma consideração que não deve ser descartada.  
Sendo assim, poderá ainda haver questionamentos quanto a superficialidade dos elementos expostos nesta obra proibida, no entanto, o que se deve compreender é o seguinte: o Librorum Prohibitorum é um pensamento, que forjou-se a parir de outros e da noção de diversos elementos, diante desta complexidade, o foco do livro não é seus elementos, mas sim a interdependência que eles possuem no trajeto de visualização do que se esconde a nossa frente.
Os elementos demonstrados, funcionam apenas como marco guia no caminho do desbravamento do novo horizonte, o qual motiva o escolhido pelo livro a buscá-lo e assimilá-los a parir de um estudo mais amplo que transcende as folhas de papel, ou seja, a pesar de existirem muitas metáforas, é fornecida uma explicação básica, mas composta de conhecimentos e palavras-chaves que possibilitam ao escolhido, deslumbrar em macros universos específicos, o contexto que lhe causa curiosidade e duvida na complementação de contemplação melhor da visão que este librorum tenta ilustrar.
Pois, a superficialidade é outro condicionamento, principalmente se refletirmos, que um livro por maior que ele seja, é apenas segundos de pensamentos, um instante efêmero de inspiração, que se tenta em anos e em diversas páginas o dispor. Ou seja, uns poucos segundo de raciocínio, não conseguem ser contemplados por um simples livro e em anos. Mas, o que se tem, é um resumo e um breve caminho que levaram até aquele conhecimento.
Neste contexto observamos a contradição da convenção tempo-espaço nas insipientes noções que o fazem dele. Pois, como relacionar o pensamento humano, na mesma velocidade e abrangência interdependente que ele possui na mente (no instante de inspiração), a uma breve exposição, seja oral ou escrita?
Resumindo, o grande livro que é para ser explorado esta na própria mente, pois, ele contém todos os conhecimentos básicos necessários para uma elucidação de um conhecimento, é altamente veloz e involuntário, na disposição de uma pesquisa interna, seja de experiências vividas ou de conhecimentos assimilados. Isso sem contar que é possível trabalhar com qualquer informação simultaneamente a outras diversas, deslumbrando e interagindo a elas ao mesmo tempo. Isto sem contar, que conhecimentos que demoraram anos para serem registrados, se apresentam resumidos, contextualizado,  sugeridos e ensaiados espontaneamente e simultaneamente. Sendo assim, as palavras escritas ou faladas, ações humanas, situações cotidianas,... são códigos que despertam e abrem este livro.
Neste contexto, se verifica que nenhuma palavra expressada é realmente superficial. A superficialidade esta no ser, pois quanto mais pobre a sua mente for de dados, experiências de vida e criatividade, menos abrangente será sua interpretação. Diante disto, o Librorum Prohibitorum deixa de ser superficial, pois, o propósito dele é justamente motivar o escolhido, a preencher a mente com conhecimentos diversos e não com conhecimento condicionante. Eis, quando se teceu sobre o tempo, vida , morte, guardiões, Teia da Vida, justiça,..., se buscou mostrar o básico dos marcos que quando inter-
relacionados ou percebido seu complexo já existente inter-relacionamento, se conseguiria vislumbrar e recepcionar novos universos que transmutam a vida.
Porém, existe um bloqueio na mente, que transcende o condicionamento. O qual é; como funciona; qual a sua gênese;..., não foi possível identificar de forma coerente e plausível, devido a sua extrema complexidade, mas que a principio, se encontra respondido dentro de cada um de nós, e não no outrem. Talvez, seja este bloqueio, que não permita o ser humano, utilizar de forma mais dinâmica e consciente (não conveniente) a sua mente. E talvez, seja por este motivo, que o escolhido ou o curioso, esteja rindo de tudo que lê, justamente pela dificuldade de entender tudo que foi escrito até aqui.
O caminho para superar esta dificuldade já foi diversificada vezes expressado, mas não só por este livro, porém, existe o bloqueio. E quanto a isto, não a nada a se fazer, pois todos são supostamente livres para aceitar ou não esta condição.    

Nenhum comentário:

Postar um comentário