O
novo horizonte deslumbrado visto além da aurora da alma nasce sob uma nova luz,
mas que carrega sombra. Pois, é uma visão humana. Um cenário contraditório, que
no fim, se desenha uma mesma estrada, onde os passos são dados por calçados
novos, porém, sempre sob a mesma estrada.
A
luz que se torna a rosa-dos-ventos possui uma foz. E toda foz, só existe,
porque a violência das águas são contidas pelas violentas margens. Eis, que
existe um motivo para isto. E tudo isto não passa também de um interesse.
Recairia
em hipocrisia, se não houvesse percebido que a Ordem desenhada, funciona dentro
de um padrão de interesses. Interesses, universais? O tribunal que irá decidir
isto, não é o meu, mas sim o seu. Mas a sobrevivência humana é um interesse
vital, o bem comum, é um interesse de sobrevivência. No entanto, sob que
perspectivas que se fundamentam estes interesses?
Complexa
contradição, que atenta o livre-arbítrio. Já que o simples ato de criar um
pensamento que o norteie no caminho da reflexão, já é um ato subversivo e
corrompedor do livre julgamento. Utopicamente viajando, seria possível, por si
só, o homem duplamente sábio contemplar uma consciência plena, sem necessitar
buscar respostas no pensamento de outrem?
Somos
unidos por uma teia, o resultado de nosso livre-arbítrio, é um fato
compartilhado indiretamente ou diretamente com outros seres. Porém, a
alienação, é o momento de lócus-fusco do homem. Eis, que quando repasso a
informação que não devemos recepcionar tudo que chega até nós de forma
superficial, esta informação se torna um elemento alienador do livre-arbítrio,
contaminado por um propósito, a qual oculta na literalidade da ação, um
interesse.
Então
a contradição é contemplada no contexto de rompimento da alienação, no combate
dos interesses, nos conhecimentos que guiam o livre-arbítrio. Seria da natureza
da vida em sociedade? Mas viver só e
isolado, traz o progresso? Mas quem nos condicionou que necessitamos evoluir?
Sobreviver, não é a nossa meta?
O
homem é uma grande contradição, porque combate o que cria, com as mesmas armas
que estão sendo combatidas. Então transcendemos a um outro nível, onde
descobrimos, que não é o ciclo vital complexo, mas sim o ser, que o deixa
complexo, na tentativa achar alternativas para as suas ações de gênese destrutiva,
sem no entanto, parar de realizá-la.
Hoje
nesse novo horizonte, fui tocado por um eclipse. Vi a luz e as sombras se
degladiando no manto celestial, enquanto a mãe terra, adaptava-se as efêmeras
mudanças. Tudo que foi escrito se contradiz. E quem conseguiu perceber este
eclipse no céu do novo horizonte, não precisa deixar a cordilheira de onde
observa solitário, seus espelhos. Ou precisa?
Mas
a contradição é complexa. Deveria ter um nexo. Mas se oculta e corrompe. Quem a
vê, não mais se vê. Descobre que o caos, é o processo de um ciclo. Que a
negação, é condição. E que o livre-arbítrio é tão artificial, quanto os nossos
pensamentos.
O
vento, depois de trinta e seis invernos, trouxe talvez, uma suposta oculta
verdade de grande importância basilar, sobre tudo que até então carregou. Eis
que mostrou, a contradição de seu mundo, e insurgiu o livre-arbítrio, ao
condicionar isto na percepção de identificá-la, no nosso mundo crepuscular.
São
revelações, que só consegue contemplar, quando se viaja por mundos renegados.
Utópicos por interesses. Proibidos, por alienação. Esta descrito o horizonte
e mapeado o caminho que leva até ao seu
propileus. Existem os que nasceram para
contemplá-lo e os que viverão
para o renegá-lo. Mas isto só se descobre no condicionado tempo. Porque isto é
da natureza vital do homem. Sem este espírito, o homem não vive, já que não se
aperfeiçoa para enfrentar os antagonismos e contradições.
Outra
contradição é o combate à violência. Combater, tentar mudar uma situação é por
natureza, ser violento. Mesmo, que esta violência não seja condicionada a ser
vista assim. Pois, a revolução do ser, é um conflito entre forças antagônicas.
Porém, demonstrar isto é complexo. Já que o ser alienado, já parte com a
premissa, que combater o mau é normal; do que serve para sobreviver não é
violência; o que causa morte ou dor física, recebe o status de violência. No
entanto, a violência se manifesta em um contexto muito mais amplo. Pode ser
propagada por palavras que destroem o ego de uma pessoa. Pode ser propagada
pela economia, que muda radicalmente a vida da sociedade. Surge no contexto
transformador do ciclo vital. Pois, alterar qualquer estado, seja por
convencimento ou pela força bruta, se configura em violência.
Combate-se
o mau com bem. Porém, mesmo sendo bom, se esta aplicando um ato violento. Pois,
se existe um antagonismo, então esta ação para o mau, é uma ação violenta, que
fere seus interesses. Considerando estes fatos é notório, que qualquer agente
modificador do sistema, seja ele composto por matéria ou por energia, é
violento. Mas isto é uma visão que contempla um horizonte, que poucos conseguem
tocar.
Feliz,
é o ser que não se preocupa com sistema ou teoria alguma, que pouco se importa
com que ocorre a sua volta. Pois, este vive a seu modo dentro das regras e
deixa a vida o levar, como um grande desafio.
Talvez,
um dia o livro por algum motivo o eleja. E por curiosidade, o eleito contemple
apenas a literalidade do que enche seus olhos. Pouco entenderá e tão pouco a
credibilidade das palavras lidas terão algum efeito. E por este motivo, o livro
pouco importará. Já que ele carrega para o seu leitor, uma grande ficção.
Uma
ficção tão complexa quanto a ideia, de que tudo que contemplamos, não existe, e
sim, uma criação do pensamento. Uma filosofia
milenar, que poderia definir e dar sentido a real morte, pois, ao morrer o
pensamento cessa. Mas, isto se contradiz, pela própria evolução do ser vivo,
que recebe informações de seus genes, que evoluem de geração a geração. Então
ninguém morre, apenas vive no ciclo existencial das próximas gerações. É
complexo e sem nexo. Até o dia que um grupo o eleja como uma verdade
plausível.
Esta
é a contradição, acreditar ou não. Aprender a contemplar a natureza, mesmo
sendo um guia norteador do livre-arbítrio. Descobrir alternativas. Mais se deve
identificar, que é a nossa ação mais simples que causa grandes mudanças. Porque
estas ações se unem e se tornam comuns, aceitáveis, mesmo gerando o erro
terminal. Mesmo sendo a pratica, da equação anti-vida, demonstrada pelos
estudos mais “conspiradores” da matemática.
A
Teia é uma Ordem Cósmica, a vida é uma rede paralela, o homem é o deus de seu
Universo. Um universo antagônico, devoto de Cronus, Tánatos e Têmis. Um deus
que devota outros deuses. Um universo de antagonismos contraditórios, que
contextualiza o que não existe, mas se sente, porque é interessante isto para
um grupo. Não um grupo de conspiradores, mais o grupo que alimentam os
conspiradores. Mas que nega a sua existência, porque é melhor assim.
Mas
a maior contradição é: se aceitar tudo isto é viver sem paz, porém se lutar
contra isto é buscar a paz. A paz é um estado que o ser carrega, pode ser
compartilhado e até propagado. Porém a sua manutenção é intima e pessoal. Neste
contexto ser passivo a tudo é egoísmo. Mas se desfruta de paz! Como lutar pela
paz sem romper sua essência em todos os sentidos? Quem carrega a paz, não
incomoda os outros, pois não busca o poder, a riqueza, não interfere em nada.
Já que em tudo existe um caminho pela paz. Porém e incomoda quem não possui a
paz ou não a compreende. Por isto, rompe a paz de quem a conseguiu, já que este
acha que para ter paz, todos devem lutar por ela. Ou seja, a grande contradição
esta raciocinar que para se atingir a paz se deve caminhar por um caminho
antagônico a ela. Este livro pregou isto. Mas você percebeu?
Se
não, é porque os valores estão comprometidos por doutrinas. Como então você
explicaria a intolerância religiosa que em sua base deveria primeiramente lutar
pela paz, no entanto em suas ações propaga o antagonismo?
As
observações de contradições não esta no antagonismo superficial, mas no
contexto do que dita a essência. Um exemplo: se a paz é individual, então para
que ela seja universal, é necessário que um grande grupo de pessoas aprenda a
ter paz. Ou seja, a encontrar primeiramente a paz nelas mesma. E não lutar pela
paz dos outros ou pela paz que acha ser a “certa”.
No entanto, quando todos descobrirem que só existe a
essência una. E que está deve carregar a sabedoria, pois é naturalmente volátil
no contexto de como ela é usada. A busca pelo o que é nominado e nos faz bem se
sessara. E a contradição será compreendida como expressão que demonstra a falta
de visão em lato sensu. Ou seja, a contradição só é visível e se expressa onde
à contemplação é superficial e limitada já que é gerada por aprendizagens e
conhecimentos superficiais.
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