O fim de ano esta chegando e
com ele o término das atividades escolares. Nesta época é possível observar uma
prática comum, mas reprovável por quem tem consciência e contraditórias a
realidade humana de muitos, mas aceita por muitos leigos e ignorantes de fato,
por verem nela a expressão de alegria do estudante que passa de ano ou que
passa no vestibular.
A ação comemorativa que me
refiro é a quebra de ovos e a posterior utilização da farinha de trigo que é
jogada sobre os estudantes.
Por que sou contra a esta
pratica?
Primeiro que ovo e farinha
de trigo são alimentos. No entanto, apesar das pessoas saberem disso, elas não
relacionam estes fatos com desperdício alimentar. Tão pouco raciocinam dentro
da seguinte lógica: “esta “tradição” não
é isolada, ou seja, não é um ovo só que esta sendo quebrado, mas sim milhares,
se partir do princípio que no Brasil existem mais de 5.000 escolas. Se em cada
uma dessas escolas apenas um aluno quebrar apenas um ovo, teremos o resultado
somando todas as incidências de 5.000 ovos. Porém, é lógico que são quebrados
mais o que faz com que absurdamente sejam quebrados (desperdiçados mais de
50.000 ovos dentro de uma perspectiva baixa). É logico que existem instituições
que reprimem esta “tradição”. O mesmo raciocínio vale para a farinha de trigo 1
kg x 5.000 (no mínimo)”.
O Brasil é autossuficiente na
produção de ovos. No entanto temos que importar trigo! Este é um dos muitos
motivos de nosso pão ser caro.
Porém, o mais agravante é
saber que em muitos países da África, pessoas ficam sem comer por dias, ou
seja, “um simples e misero ovo e um
pedaço mínimo de pão seriam um abençoado banquete”. Porém, enquanto isto no
Brasil, desperdiçamos comida para expressar alegria!
O engraçado é a contradição
de ação. Pois, os filhos de muitos doadores de alimentos, são os que praticam
esta ação. Também a hipocrisia se destaca, pois muitos que vão na “igreja” e
gritam por melhores condições sociais no sentido de combater a fome, são os que
verem, participam e até defendem esta “tradição”, porque não pensam naquela
conta simples que citei,...
Para o bom entendedor o que
escrevi já basta, mas para o mal entendedor e para aquele que acha isto uma
bobagem, tudo que escrevi deveria estar em uma privada.
Antonio Ilson Kotoviski Filho é professor de
História, Bacharel em História, Especialista em História do Brasil,
Especialista em Geografia do Brasil, Mestre em Ciências da Educação, Bacharel
em Direito, historiador e poeta.
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