sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O CÂNCER QUE CORROMPE A SOBREVIVÊNCIA


Observando a condição que qualquer ação praticada por um único ser humano provoca uma reação na Teia da Vida, contempla-se uma condição em que as ações não devem então impregnar danosamente a harmonia existente na Rede. Diante disso, ocorre uma ordem natural e tolerável, que se reverte a um número de ações que se desenvolvem na Rede. Pois, caso contrário, ela não funcionaria a favor da atual realidade, e por efeito teríamos uma reação danosa. 
Nesta perspectiva ações comuns e de sobrevivência geram ações complexas que satisfaçam a sobrevivência. Porém, algumas ações provocam reações adversas, no sentido de serem prejudiciais ao ciclo existencial aos moldes terráqueos. Diante desta condição começa o processo de desenvolvimento do câncer que conforme sua evolução corromperá toda Teia, refletindo no ciclo da vida da espécie humana.
Diante de uma observação superficial, então se cria um rol de possíveis ações que geram muitos transtornos. No entanto, a partir de uma reflexão mais apuradas se chega a um número bem reduzido de ações humanas que podem ser classificadas como altamente perigosas a Ordem. Ou seja, não é um simples furto que vai se qualificar como ação altamente perigosa a Teia, mas sim o fato gerador deste furto, ou seja, o câncer propriamente dito. 
A concepção do fato gerador deve ser entendida pela análise do que fez com que a pessoa agisse ou tivesse certa conduta. Quando se analisa isto se chega à conclusão que isto ocorreu devido a um fato significativo que alterou o fluxo natural da Rede. E é justamente estes fatos significativos que devem ser combatidos, pois eles são o Câncer que impregna toda a Teia.
Os fatos significativos são fatos dinâmicos e mutáveis, que se desenvolvem ou são criados indiretamente pela própria evolução social do ser humano. Diante disto, eles podem desaparecer em virtude da evolução humana ou continuar sob outro aspecto, conforme a sua adaptação as novas condições. Porém, eles vão ser sempre nocivos ao ciclo existencial, tendo a característica ou a recepção que bem entende a sociedade.
Neste contexto é complexo definir pura e simplesmente o que pode ser identificado como Câncer. Pois, se fazer uma análise bem profunda, se chegará à conclusão que os seres vivos são o Câncer da Rede, tendo no homem sua manifestação mais agressiva. Mas, isto somente não é justificativa para o ser humano ser caçado deliberadamente. Pois, se for fazer uma análise ainda mais profunda, se chegará à concepção que até as coisas inanimadas são também um Câncer. Eis, que esta absurda consideração tem como fundamento a ideia de que tudo que existe (matéria) é formado por átomos. Sendo assim, as teorias científicas explicam que os átomos são elementos que possuem um tempo de vida útil, se relacionam no contexto de troca de elétrons e de associações que formam moléculas que posteriormente irão servir para dar suporte a vida. Ou seja, os elementos supostamente sem se enquadrarem no condicionamento da noção vida. Também possuem um começo e um fim, já que são formados pelos mesmos elementos que nos formam. A diferença é que o ser vivo acelera seu processo terminal, já os elementos inanimados, se transformam a partir de agentes externos a ele. No entanto, no processo de sua transformação também colaboram com a evolução da Rede.
Um grande exemplo dessa condicionada visão absurda é a própria evolução geológica da Terra. Pois, segundo as pesquisas mais plausíveis, o planeta em seu início era uma grande massa incandescente de elementos químicos, que reagiam e a inda reagem de forma constante, formando substâncias e gases diversos, que aos poucos formou a atmosfera e líquidos que cobriam a crosta terrestre ainda em formação. Até que chegou aos dias em que o céu ficou da forma como o conhecemos, os grandes reservatórios de líquidos tornaram-se reservatórios de água e a vida como concebemos se adaptou as condições que encontrou, se alterando conforme se alterava as condições.
Neste contexto questionável fica notória uma suposição: as coisas inanimadas são realmente “inanimadas”, paradas eternamente. Pois, se assim fosse, como seria o mundo se não houvesse reações físicas e químicas. Ou seja, o que é formado por átomo, deixa de ser eterno e inanimado.
Diante disso, o Câncer que corrompe a Rede não é o homem ou o ser vivo em si. Pois, é da natureza do ser se transformar. O que corrompe a Rede é a ação que acelera as transformações no mundo, sem a Natureza poder adaptar a vida como é concebidas as novas condições que ascendem no horizonte.
Neste contexto, identificar as ações e agentes causadores do Câncer é permitir que o homem evolua dentro de uma plausibilidade e harmonia. Sem correr risco de extermínio ou substituição por uma outra espécie mais evoluída e adaptada a uma hipotética nova condição.
Porém quais são as ações e comportamentos humanos causadores de desequilíbrio? Para se descobrir isto, sempre devemos retroceder a sua gênese. Analisando a ação mais simples até ser possível analisar a mais complexa.
O homem sempre matou e roubou, porém se observar a gênese desses atos verifica-se que o ser mais remoto agia assim, dentro de um contexto de sobrevivência. Tinha que matar para não morrer, tinha que tomar a força um alimento, para não passar fome. Com o advento da racionalidade mais complexa, o homem começou a se comportar dentro de um padrão comunitário. Porém, continuou matando e roubando. Pois, tinha que proteger o grupo de ataques de outros grupos que lutavam por sobrevivência ao tentarem roubar os alimentos que eram de todos. Ou seja, matar e roubar nesse sentido era fazer guerra, era lutar pela sobrevivência, dentro de uma condição de aceitação legal. E não criminosa.
Porém o homem evoluiu a um novo nível existencial e o que era comum a todos passou a ser particular, de um único dono. Surge a propriedade privada. E sendo assim, aparecem as diferenças sociais (que timidamente existiam, mas eram contempladas pela Natureza. Bem diferente da desigualdade social, criada pela sociedade no contexto dos desejos e satisfação intima), e com elas se fortalecem os sentimentos de ganância, inveja, avareza, status social, poder,... surgem as consequências geradas por estes sentimentos, roubo, disputa por poder, assassinatos dentro de um contexto criminal, corrupção,...
Ou seja, pela gênese, chega-se no contexto de que a fonte de um homicida, ladrão, corrupto e qualquer outra anomalia se vincula a seu sentimento e interesse social. E sua ação se torna um sintoma do Câncer e não o câncer propriamente disso.  
Diante dessa exposição e exemplo, não adianta exterminar a anomalia, se o Câncer não for curado. Não adianta citar uma lista de anomalias. Se não existir uma lista de sentimentos e ações humanas que devam ser tratados. Pois, o Câncer é fonte provedora de anomalia. E a passividade e a hipocrisia é a fonte provedora do Câncer. 
Mas como tratar o Câncer?
Esta resposta foi dada pelo filosofo Pitágoras, quando ele expressou: “Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens”.
Uma frase bem real, porém complexa. Pois, educar é condicionar alguém. E para condicionar alguém dentro de uma perspectiva que ele não se torne um rebelde mais tarde, contestando ou afrontando o condicionamento. Justamente porque lhe foi ocultado ou proibido pelo condicionamento. É necessário ensinar a pessoa a desenvolver o pensamento reflexível livre, mostrar o que é condicionado não como errado, mas que possui um limite, que não deve superar o livre-arbítrio.
Mas isto não se faz?
Diante deste questionamento, observando o profissional professor, o líder social denominado de sacerdote e as famílias, percebi o que é de consciência de todos no mundo. Pois, estes cidadãos denominados de “professores”, sacerdotes e familiares possuem nas mãos uma ferramenta poderosa para mudar o mundo.
Mas Infelizmente, não é assim que esta funcionando, ou melhor, esta funcionando no fortalecimento do Câncer. Pois, a família possui valores contaminados, por um sistema corrompido, criados por anomalias, que se corromperam pelo Câncer. A escola esta corrompida por professores despreparados, carregados de ideologias aplicáveis a adultos com discernimento desenvolvido e não a crianças e jovens em estágio de formação e descobrimento do básico. E a grande maioria dos sacerdotes estão alienados as suas respectivas doutrinas e interesses chegando a tal ponto de existir uma contradição entre o que é pregado e o que é praticado.
Porém, encontrei informações que levaram-me a racionalizar que não é a estrutura educacional que é falha. Que não é falta de verba ou coisa do gênero que a faz hipoteticamente falha. Observei, que se o sistema educacional esta supostamente falido e desacreditado, porque muitos professores o moldam assim. Pois, não zelam pelo patrimônio público; toleram alunos destruírem o “patrimônio escolar”; a destruírem seus livros que são emprestados pelo Estado; a desperdiçar alimentação “gratuita” cedida pelo Estado; a denunciarem roubo de merenda escolar; em esbanjarem materiais didáticos; não denunciam colegas que não cumprem suas funções, incompetência de Diretores, professores que fazem política em sala de aula e não dão aula; não se preocupam com os alunos; não chamam os pais para não se estressarem; não denunciam pais relapsos ao órgão competente; vivem de fofoca; perseguem colegas que almejam alguma melhora real e radical; boicotam projetos úteis (mais complexos). No entanto, perdem tempo com projetos inúteis e passageiros; não sabem e não tentam utilizar de forma adequada a tecnologia disponível (usam aulas áudio-visual, mas para matar tempo do que para dar aula); não fazem protesto contra programações televisas nocivas a formação do ser; não denunciam marginais que rondam as escolas; aceitam passivamente marginais em suas salas porque a lei obriga; não se manifestam contra estas condições de forma racional e desvinculada de política e ideologias utópicas. “Pois a única manifestação que sabem fazer é em favor de melhora de salário”, que é justo, mas não é o maior dos problemas.  
Pois, as ideologias mal interpretadas que guiam estes professores, são as mesmas que fundamentaram as metodologias, disciplina escolar, conteúdos disciplinares, que não abrangem a realidade biológica e psicológica de jovens e crianças. Foram concebidas na perspectiva da pessoa desenvolver conhecimento a partir da realidade e do conhecimento que possui. Porém, não definem como repassar conhecimentos básicos que a pessoa não possui e precisa para fazer a teoria funcionar. Como, também estas teorias estão dispostas na perspectiva de repassar ideologia, sejam de esquerda ou direita.
A escola deveria ser um centro de cultura, não de manipulação. Deveria passar conhecimentos, não ideologias, deveria trabalhar com valores e condicionar as crianças e jovens a erradicar valores ruins, como a ganância, corrupção, status social, poder,...
Porém o professor não esta sozinho na falência da educação. Eis que uma outra responsabilidade se reverte aos pais de alunos, que não vê a escola como uma instituição de aprimoramento intelectual do ser, mas sim como “depósito de crianças e jovens” ou “creche”. Ou seja, na concepção da maioria dos pais a escola é o lugar onde mantém o filho longe de casa, onde tem comida e pessoas para os cuidarem. Resumindo é onde se deposita o “problema filho”. Quanto a alunos, estes são o reflexo da educação televisiva e cultural propagada pela mídia e pela carência de educação de valores fornecida pela família e religião. Não possuem limites, pois a lei é muito tolerante, dá a impressão que foi feita por pessoas que nunca entraram numa sala de aula como professor, ou que não concebem a ideia, de que certas atitudes mesmo feitas por jovens ou crianças, devem possuir uma pena. Pois, a sociedade esta condicionada assim.  
Ficaria preso a diversas páginas, só comentando o quanto a comunidade escolar prejudica o sistema educacional. Porém, a de ressaltar que não são todos, mas a maioria que se tipificam como “falsos” professores. Já uma minoria que pode receber o status de professor, são pessoas sérias, que lutam contra tudo isto, mas que por estarem sozinhas, pouco conseguem fazer. E quando radicalizam, são perseguidas e sumariamente condenadas! É isto mesmo, esta é a melhor expressão para demonstrar o que acontece com quem quer o certo não só na escola, mas na sociedade. Aceitando ou não. Isto sem contar que estas atitudes geram ônus ao Estado, que tem que articular manobras para transferir mais verba para a Educação, tirando muitas vezes de setores primordiais que alimentam a economia, saúde e segurança. Tudo porque parte dos recursos da Educação são desviados e desperdiçados pela incompetência profissional.  
Estes problemas citados é a realidade atual do ensino no Brasil e no mundo, que se reflete no dia a dia da sociedade. Pois, um teórico respeitado, brilhantemente um dia expressou em sua obra que a violência e a criminalidade possuem cinco barreiras a serem transpassadas, para se expressarem na sociedade. A primeira contenção é a família, a segunda a religião, a terceira é a escola, a quarta é a polícia e a quinta a justiça ou o direito a liberdade. Infelizmente a terceira barreira que é o divisor de águas, não consegue mais segurar a criminalidade. Sendo que esta não encontra resistência plausível nas barreiras anteriores, que deveriam funcionar interligadas. Porém, isto à muito tempo não acontece mais.        
Porém outro grande problema é que as pessoas acham que quem deveria fazer isto é só a religião e a família. No entanto, todos deveriam se comprometer a desenvolver a noção de valores benéficos nas crianças e jovens. Mesmos aqueles que já estão corrompidos ou acham que não mudam mais. Pois, querendo ou não, mesmo a pessoa achando que para ela não dá mais, ela pode sim tentar fazer com que outro siga um outro  caminho mais justo e harmônico. Ou seja, faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço. Se não quer se salvar, tudo bem é o livre arbítrio. Porém, quem sabe, a pessoa não muda seu comportamento daninho, no caminho do ato de ensinar outrem o caminho do suposto e condicionado “bem”. Aprendemos ensinando, e ensinamos aprendendo.    
Diante disso, o que as pessoas, independentes de serem professores, sacerdotes, guardiões, deveriam combater, são os comportamentos ou ações humanas que se caracterizam dentro da Ordem como o egoísmo, ganância, inveja, ciúme, corrupção, ódio, avareza, status, poder, mentira, hipocrisia, cobiça, malandragem e intriga. Eis, que estes são o Câncer da Rede. São fenômenos humanos que podem ser tratadas já antes de se manifestarem e se propagarem. Pois, ninguém nasce sabendo estes valores negativos, porém eles são aprendidos em sua evolução existencial! O combate deles inibe o cancerígeno combate radical da anomalia.           
Porém, expor motivos que justifiquem a proteção da Ordem. Uma ação fácil se ficasse só na teoria ou no papel e não dependesse da interpretação de outros seres supostamente duplamente sábios. No entanto, proteger a Rede é mais complexo que uma simples exposição teorizada e redigida. Pois, ela necessita ser praticada e não no âmbito da justiça como a sociedade a concebe. Ou seja, surge uma contradição de valores no que tange o confronto dos valores sociais com os naturais, já que, no âmbito da justiça observada na natureza tendo como exemplo o nosso próprio organismo, temos que a justiça que tem como pena o extermínio, seja no contexto da psique rebelde que contaminou o ser ou no radicalismo físico. Pois, se observarmos como agem nossas células de defesa na eminência de uma invasão alienígena, verificamos que não é uma ação de tolerância, mas de hostilidade e que visam o extermínio, principalmente dos organismos invasores se forem nocivo ao corpo todo. Neste contexto, o que se esta fazendo é defender a estrutura que permite a sobrevivência da estrutura e sistemas menores. Pois caso contrário, todos morrem, inclusive o invasor, que provocou o caos no organismo invadido. Isto ocorre porque o organismo morto, não se torna mais provedor das substâncias básicas para a sobrevivência do ser invasor. Nesta analogia, se faz um questionamento: “por que se deve tolerar certas ações e pessoas humanas que colocam em risco a própria existência da espécie?”. Uma pergunta que terá muitas respostas e muitas críticas. Principalmente daqueles que acham que estão “defendendo” a vida. Mas que não concebem o verdadeiro significado da vida e nem o seu funcionamento.
A exposição citada não é um motivo que justifique a ação de caça e extermínio do agente causador do Câncer da Rede. Não é uma apresentação cujo tema seja rígido e esgotado, mas é uma exposição do fato gerador e sua influência no âmbito do desenvolvimento do caos na Rede, que determinará não uma fórmula única e acabada, mas, uma nova concepção a ser refletida sobre a ação humana conspiradora, que sofrerá os olhares atentos e a intervenção da realidade que a cerca.
Como é possível perceber não existe um tipo específico de anomalia, como não se configuram como únicas, mas na atual realidade, elas se qualificam como suposto produtos irremediáveis do Câncer. No entanto esta noção é flexível, podendo ser alterada ou complementada conforme a necessidade de proteção da Teia. Porém, tal condição, se reverte as circunstâncias e situações que se liguem diretamente a ciclo existencial humano. Por este motivo, deve existir muita cautela no que julgar ser nocivo ou não a Ordem.

A ação cancerígena é um contexto que se vinculam ao radicalismo da ganância, corrupção, prazeres, sonhos... Porém, muitas vezes a anomalia se quer tem consciência que esta sendo um Câncer. Pois, na cabeça dela existe uma outra visão complexa de mundo. Prejudicial a visão corrente, mas não identificada pela anomalia por falta de contemplações que transcendam o seu superficial e leigo ponto de vista. É neste contexto, que o “Guardião” deve ser sensível em identificar, antes de radicalizar sua ação.     

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