Observando a condição que qualquer ação praticada por um
único ser humano provoca uma reação na Teia da Vida, contempla-se uma condição
em que as ações não devem então impregnar danosamente a harmonia existente na
Rede. Diante disso, ocorre uma ordem natural e tolerável, que se reverte a um número
de ações que se desenvolvem na Rede. Pois, caso contrário, ela não funcionaria
a favor da atual realidade, e por efeito teríamos uma reação danosa.
Nesta perspectiva ações comuns e de sobrevivência geram ações
complexas que satisfaçam a sobrevivência. Porém, algumas ações provocam reações
adversas, no sentido de serem prejudiciais ao ciclo existencial aos moldes
terráqueos. Diante desta condição começa o processo de desenvolvimento do
câncer que conforme sua evolução corromperá toda Teia, refletindo no ciclo da
vida da espécie humana.
Diante
de uma observação superficial, então se cria um rol de possíveis ações que
geram muitos transtornos. No entanto, a partir de uma reflexão mais apuradas se
chega a um número bem reduzido de ações humanas que podem ser classificadas
como altamente perigosas a Ordem. Ou seja, não é um simples furto que vai se
qualificar como ação altamente perigosa a Teia, mas sim o fato gerador deste
furto, ou seja, o câncer propriamente dito.
A concepção do fato gerador deve ser entendida pela análise
do que fez com que a pessoa agisse ou tivesse certa conduta. Quando se analisa
isto se chega à conclusão que isto ocorreu devido a um fato significativo que
alterou o fluxo natural da Rede. E é justamente estes fatos significativos que
devem ser combatidos, pois eles são o Câncer que impregna toda a Teia.
Os fatos significativos são fatos dinâmicos e mutáveis, que
se desenvolvem ou são criados indiretamente pela própria evolução social do ser
humano. Diante disto, eles podem desaparecer em virtude da evolução humana ou
continuar sob outro aspecto, conforme a sua adaptação as novas condições.
Porém, eles vão ser sempre nocivos ao ciclo existencial, tendo a característica
ou a recepção que bem entende a sociedade.
Neste contexto é complexo definir pura e simplesmente o que
pode ser identificado como Câncer. Pois, se fazer uma análise bem profunda, se
chegará à conclusão que os seres vivos são o Câncer da Rede, tendo no homem sua
manifestação mais agressiva. Mas, isto somente não é justificativa para o ser
humano ser caçado deliberadamente. Pois, se for fazer uma análise ainda mais
profunda, se chegará à concepção que até as coisas inanimadas são também um
Câncer. Eis, que esta absurda consideração tem como fundamento a ideia de que
tudo que existe (matéria) é formado por átomos. Sendo assim, as teorias
científicas explicam que os átomos são elementos que possuem um tempo de vida
útil, se relacionam no contexto de troca de elétrons e de associações que
formam moléculas que posteriormente irão servir para dar suporte a vida. Ou
seja, os elementos supostamente sem se enquadrarem no condicionamento da noção
vida. Também possuem um começo e um fim, já que são formados pelos mesmos
elementos que nos formam. A diferença é que o ser vivo acelera seu processo
terminal, já os elementos inanimados, se transformam a partir de agentes
externos a ele. No entanto, no processo de sua transformação também colaboram
com a evolução da Rede.
Um grande exemplo dessa condicionada visão absurda é a própria
evolução geológica da Terra. Pois, segundo as pesquisas mais plausíveis, o
planeta em seu início era uma grande massa incandescente de elementos químicos,
que reagiam e a inda reagem de forma constante, formando substâncias e gases
diversos, que aos poucos formou a atmosfera e líquidos que cobriam a crosta
terrestre ainda em formação. Até que chegou aos dias em que o céu ficou da
forma como o conhecemos, os grandes reservatórios de líquidos tornaram-se
reservatórios de água e a vida como concebemos se adaptou as condições que
encontrou, se alterando conforme se alterava as condições.
Neste contexto questionável fica notória uma suposição: as
coisas inanimadas são realmente “inanimadas”, paradas eternamente. Pois, se
assim fosse, como seria o mundo se não houvesse reações físicas e químicas. Ou
seja, o que é formado por átomo, deixa de ser eterno e inanimado.
Diante disso, o Câncer que corrompe a Rede não é o homem ou o
ser vivo em si. Pois, é da natureza do ser se transformar. O que corrompe a
Rede é a ação que acelera as transformações no mundo, sem a Natureza poder
adaptar a vida como é concebidas as novas condições que ascendem no horizonte.
Neste contexto, identificar as ações e agentes causadores do
Câncer é permitir que o homem evolua dentro de uma plausibilidade e harmonia.
Sem correr risco de extermínio ou substituição por uma outra espécie mais
evoluída e adaptada a uma hipotética nova condição.
Porém quais são as ações e comportamentos humanos causadores
de desequilíbrio? Para se descobrir isto, sempre devemos retroceder a sua
gênese. Analisando a ação mais simples até ser possível analisar a mais
complexa.
O homem sempre matou e roubou, porém se observar a gênese
desses atos verifica-se que o ser mais remoto agia assim, dentro de um contexto
de sobrevivência. Tinha que matar para não morrer, tinha que tomar a força um
alimento, para não passar fome. Com o advento da racionalidade mais complexa, o
homem começou a se comportar dentro de um padrão comunitário. Porém, continuou
matando e roubando. Pois, tinha que proteger o grupo de ataques de outros
grupos que lutavam por sobrevivência ao tentarem roubar os alimentos que eram
de todos. Ou seja, matar e roubar nesse sentido era fazer guerra, era lutar
pela sobrevivência, dentro de uma condição de aceitação legal. E não criminosa.
Porém o homem evoluiu a um novo nível existencial e o que era
comum a todos passou a ser particular, de um único dono. Surge a propriedade
privada. E sendo assim, aparecem as diferenças sociais (que timidamente
existiam, mas eram contempladas pela Natureza. Bem diferente da desigualdade
social, criada pela sociedade no contexto dos desejos e satisfação intima), e
com elas se fortalecem os sentimentos de ganância, inveja, avareza, status
social, poder,... surgem as consequências geradas por estes sentimentos, roubo,
disputa por poder, assassinatos dentro de um contexto criminal, corrupção,...
Ou seja, pela gênese, chega-se no contexto de que a fonte de
um homicida, ladrão, corrupto e qualquer outra anomalia se vincula a seu sentimento
e interesse social. E sua ação se torna um sintoma do Câncer e não o câncer
propriamente disso.
Diante dessa exposição e exemplo, não adianta exterminar a
anomalia, se o Câncer não for curado. Não adianta citar uma lista de anomalias.
Se não existir uma lista de sentimentos e ações humanas que devam ser tratados.
Pois, o Câncer é fonte provedora de anomalia. E a passividade e a hipocrisia é
a fonte provedora do Câncer.
Mas como tratar o Câncer?
Esta resposta foi dada pelo filosofo Pitágoras, quando ele
expressou: “Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens”.
Uma frase bem real, porém complexa. Pois, educar é
condicionar alguém. E para condicionar alguém dentro de uma perspectiva que ele
não se torne um rebelde mais tarde, contestando ou afrontando o
condicionamento. Justamente porque lhe foi ocultado ou proibido pelo
condicionamento. É necessário ensinar a pessoa a desenvolver o pensamento
reflexível livre, mostrar o que é condicionado não como errado, mas que possui
um limite, que não deve superar o livre-arbítrio.
Mas isto não se faz?
Diante deste questionamento, observando o profissional
professor, o líder social denominado de sacerdote e as famílias, percebi o que
é de consciência de todos no mundo. Pois, estes cidadãos denominados de
“professores”, sacerdotes e familiares possuem nas mãos uma ferramenta poderosa
para mudar o mundo.
Mas Infelizmente, não é assim que esta funcionando, ou
melhor, esta funcionando no fortalecimento do Câncer. Pois, a família possui
valores contaminados, por um sistema corrompido, criados por anomalias, que se
corromperam pelo Câncer. A escola esta corrompida por professores
despreparados, carregados de ideologias aplicáveis a adultos com discernimento
desenvolvido e não a crianças e jovens em estágio de formação e descobrimento
do básico. E a grande maioria dos sacerdotes estão alienados as suas
respectivas doutrinas e interesses chegando a tal ponto de existir uma
contradição entre o que é pregado e o que é praticado.
Porém,
encontrei informações que levaram-me a racionalizar que não é a estrutura
educacional que é falha. Que não é falta de verba ou coisa do gênero que a faz
hipoteticamente falha. Observei, que se o sistema educacional esta supostamente
falido e desacreditado, porque muitos professores o moldam assim. Pois, não
zelam pelo patrimônio público; toleram alunos destruírem o “patrimônio
escolar”; a destruírem seus livros que são emprestados pelo Estado; a
desperdiçar alimentação “gratuita” cedida pelo Estado; a denunciarem roubo de merenda
escolar; em esbanjarem materiais didáticos; não denunciam colegas que não
cumprem suas funções, incompetência de Diretores, professores que fazem
política em sala de aula e não dão aula; não se preocupam com os alunos; não
chamam os pais para não se estressarem; não denunciam pais relapsos ao órgão
competente; vivem de fofoca; perseguem colegas que almejam alguma melhora real
e radical; boicotam projetos úteis (mais complexos). No entanto, perdem tempo
com projetos inúteis e passageiros; não sabem e não tentam utilizar de forma
adequada a tecnologia disponível (usam aulas áudio-visual, mas para matar tempo
do que para dar aula); não fazem protesto contra programações televisas nocivas
a formação do ser; não denunciam marginais que rondam as escolas; aceitam
passivamente marginais em suas salas porque a lei obriga; não se manifestam
contra estas condições de forma racional e desvinculada de política e
ideologias utópicas. “Pois a única manifestação que sabem fazer é em favor de
melhora de salário”, que é justo, mas não é o maior dos problemas.
Pois, as ideologias mal interpretadas que guiam estes
professores, são as mesmas que fundamentaram as metodologias, disciplina
escolar, conteúdos disciplinares, que não abrangem a realidade biológica e
psicológica de jovens e crianças. Foram concebidas na perspectiva da pessoa
desenvolver conhecimento a partir da realidade e do conhecimento que possui.
Porém, não definem como repassar conhecimentos básicos que a pessoa não possui
e precisa para fazer a teoria funcionar. Como, também estas teorias estão
dispostas na perspectiva de repassar ideologia, sejam de esquerda ou direita.
A escola deveria ser um centro de cultura, não de
manipulação. Deveria passar conhecimentos, não ideologias, deveria trabalhar
com valores e condicionar as crianças e jovens a erradicar valores ruins, como
a ganância, corrupção, status social, poder,...
Porém
o professor não esta sozinho na falência da educação. Eis que uma outra
responsabilidade se reverte aos pais de alunos, que não vê a escola como uma
instituição de aprimoramento intelectual do ser, mas sim como “depósito de
crianças e jovens” ou “creche”. Ou seja, na concepção da maioria dos pais a
escola é o lugar onde mantém o filho longe de casa, onde tem comida e pessoas
para os cuidarem. Resumindo é onde se deposita o “problema filho”. Quanto a
alunos, estes são o reflexo da educação televisiva e cultural propagada pela
mídia e pela carência de educação de valores fornecida pela família e religião.
Não possuem limites, pois a lei é muito tolerante, dá a impressão que foi feita
por pessoas que nunca entraram numa sala de aula como professor, ou que não
concebem a ideia, de que certas atitudes mesmo feitas por jovens ou crianças,
devem possuir uma pena. Pois, a sociedade esta condicionada assim.
Ficaria
preso a diversas páginas, só comentando o quanto a comunidade escolar prejudica
o sistema educacional. Porém, a de ressaltar que não são todos, mas a maioria
que se tipificam como “falsos” professores. Já uma minoria que pode receber o
status de professor, são pessoas sérias, que lutam contra tudo isto, mas que
por estarem sozinhas, pouco conseguem fazer. E quando radicalizam, são
perseguidas e sumariamente condenadas! É isto mesmo, esta é a melhor expressão
para demonstrar o que acontece com quem quer o certo não só na escola, mas na
sociedade. Aceitando ou não. Isto sem contar que estas atitudes geram ônus ao
Estado, que tem que articular manobras para transferir mais verba para a
Educação, tirando muitas vezes de setores primordiais que alimentam a economia,
saúde e segurança. Tudo porque parte dos recursos da Educação são desviados e
desperdiçados pela incompetência profissional.
Estes
problemas citados é a realidade atual do ensino no Brasil e no mundo, que se
reflete no dia a dia da sociedade. Pois, um teórico respeitado, brilhantemente
um dia expressou em sua obra que a violência e a criminalidade possuem cinco
barreiras a serem transpassadas, para se expressarem na sociedade. A primeira
contenção é a família, a segunda a religião, a terceira é a escola, a quarta é
a polícia e a quinta a justiça ou o direito a liberdade. Infelizmente a
terceira barreira que é o divisor de águas, não consegue mais segurar a
criminalidade. Sendo que esta não encontra resistência plausível nas barreiras
anteriores, que deveriam funcionar interligadas. Porém, isto à muito tempo não
acontece mais.
Porém outro grande problema é que as pessoas acham que quem
deveria fazer isto é só a religião e a família. No entanto, todos deveriam se
comprometer a desenvolver a noção de valores benéficos nas crianças e jovens.
Mesmos aqueles que já estão corrompidos ou acham que não mudam mais. Pois,
querendo ou não, mesmo a pessoa achando que para ela não dá mais, ela pode sim
tentar fazer com que outro siga um outro
caminho mais justo e harmônico. Ou seja, faça o que eu mando, mas não
faça o que eu faço. Se não quer se salvar, tudo bem é o livre arbítrio. Porém,
quem sabe, a pessoa não muda seu comportamento daninho, no caminho do ato de
ensinar outrem o caminho do suposto e condicionado “bem”. Aprendemos ensinando,
e ensinamos aprendendo.
Diante disso, o que as pessoas, independentes de serem
professores, sacerdotes, guardiões, deveriam combater, são os comportamentos ou
ações humanas que se caracterizam dentro da Ordem como o egoísmo, ganância,
inveja, ciúme, corrupção, ódio, avareza, status, poder, mentira, hipocrisia,
cobiça, malandragem e intriga. Eis, que estes são o Câncer da Rede. São
fenômenos humanos que podem ser tratadas já antes de se manifestarem e se
propagarem. Pois, ninguém nasce sabendo estes valores negativos, porém eles são
aprendidos em sua evolução existencial! O combate deles inibe o cancerígeno
combate radical da anomalia.
Porém, expor motivos que justifiquem a proteção da Ordem. Uma
ação fácil se ficasse só na teoria ou no papel e não dependesse da
interpretação de outros seres supostamente duplamente sábios. No entanto,
proteger a Rede é mais complexo que uma simples exposição teorizada e redigida.
Pois, ela necessita ser praticada e não no âmbito da justiça como a sociedade a
concebe. Ou seja, surge uma contradição de valores no que tange o confronto dos
valores sociais com os naturais, já que, no âmbito da justiça observada na
natureza tendo como exemplo o nosso próprio organismo, temos que a justiça que
tem como pena o extermínio, seja no contexto da psique rebelde que contaminou o
ser ou no radicalismo físico. Pois, se observarmos como agem nossas células de
defesa na eminência de uma invasão alienígena, verificamos que não é uma ação
de tolerância, mas de hostilidade e que visam o extermínio, principalmente dos
organismos invasores se forem nocivo ao corpo todo. Neste contexto, o que se
esta fazendo é defender a estrutura que permite a sobrevivência da estrutura e
sistemas menores. Pois caso contrário, todos morrem, inclusive o invasor, que
provocou o caos no organismo invadido. Isto ocorre porque o organismo morto,
não se torna mais provedor das substâncias básicas para a sobrevivência do ser
invasor. Nesta analogia, se faz um questionamento: “por que se deve tolerar
certas ações e pessoas humanas que colocam em risco a própria existência da
espécie?”. Uma pergunta que terá muitas respostas e muitas críticas.
Principalmente daqueles que acham que estão “defendendo” a vida. Mas que não
concebem o verdadeiro significado da vida e nem o seu funcionamento.
A exposição citada não é um motivo que justifique a ação de
caça e extermínio do agente causador do Câncer da Rede. Não é uma apresentação
cujo tema seja rígido e esgotado, mas é uma exposição do fato gerador e sua
influência no âmbito do desenvolvimento do caos na Rede, que determinará não
uma fórmula única e acabada, mas, uma nova concepção a ser refletida sobre a
ação humana conspiradora, que sofrerá os olhares atentos e a intervenção da
realidade que a cerca.
Como
é possível perceber não existe um tipo específico de anomalia, como não se
configuram como únicas, mas na atual realidade, elas se qualificam como suposto
produtos irremediáveis do Câncer. No entanto esta noção é flexível, podendo ser
alterada ou complementada conforme a necessidade de proteção da Teia. Porém,
tal condição, se reverte as circunstâncias e situações que se liguem
diretamente a ciclo existencial humano. Por este motivo, deve existir muita cautela
no que julgar ser nocivo ou não a Ordem.
A
ação cancerígena é um contexto que se vinculam ao radicalismo da ganância,
corrupção, prazeres, sonhos... Porém, muitas vezes a anomalia se quer tem
consciência que esta sendo um Câncer. Pois, na cabeça dela existe uma outra
visão complexa de mundo. Prejudicial a visão corrente, mas não identificada
pela anomalia por falta de contemplações que transcendam o seu superficial e
leigo ponto de vista. É neste contexto, que o “Guardião” deve ser sensível em
identificar, antes de radicalizar sua ação.
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