sábado, 23 de novembro de 2013

POLUIÇÃO SONORA


                Não raro nos últimos anos é observar nas manchetes dos jornais que circulam pelos grandes centros urbanos, títulos relacionados a brigas, transtornos e até mortes gerado pelo “som alto”.

Não se tece critica a quem adora escutar musica. Pois, é prazeroso escutar musica. O problema são os excessos cometidos por certos cidadãos conhecidos vulgarmente por “jacu boys”, que ao exercerem seu justo direito de escutar musica, afrontam o direito de outros. No entanto, a de ressaltar que quando um direito transcende os seus próprios limites e atinge o direito do próximo ele se torna contra lei.
Infelizmente este suposto direito de “escutar som alto”, esta se agravando e colaborando com o agravamento de outros problemas na sociedade. Pois, antes o que era uma simples contravenção penal o qual dispensava a prioridade policial, se tornou prioridade para se evitar consequências de capa de jornal. Ou seja, a polícia que já tem que atender casos de roubo, homicídio, tráfico, confronto entre grupos de exceção e sequestro, contemporaneamente também tem que dar atenção a briga de vizinhos por causa de “som alto”. Não é porque é o dever deste órgão estatal que devemos dar serviço a ele, quando se poderia fazer o contrario, ou seja, não agir fora da lei (não afrontar o direito do próximo), não saturar o serviço policial com atos que socialmente sabemos que vai dar transtorno, mesmo não se configurando um crime de status grave.
Outro problema do suposto “direito de escutar som alto”, principalmente dentro de carro e de forma cotidiana se estende ao futuro. Pois, o sistema auditivo possui também um limite de tolerância. Passou desse limite ele já começa a sofrer consequências, as quais não se percebem quando jovem, mas sim quando chega aos 40 anos. Ou seja, provavelmente daqui 20 a 30 anos, haverá um grande numero de pessoas com graves problemas auditivos. Os quais a maioria irão se tratar com o sistema de Saúde estatal. É um direito que as pessoas possuem! Mas poderia ser evitado por dois motivos: o primeiro é a consciência intima de saber o que faz mal ou bem para o organismo; o segundo em colaborar para não saturar o sistema de Saúde colaborando dessa forma para que o sistema consiga atender de forma digna as pessoas que realmente necessitam. O problema é que  quem mais usa o sistema são justamente os que sofrem por consequências de vícios causado por cigarro, bebida e entorpecentes; irresponsáveis no transito e pessoas que não se protegem nas relações sexuais. Ou seja, justamente os grupos que fazem o governo mais gastar com publicidade educativa!
O “jacu boy” custa caro para a sociedade. É o preço pago pela má educação familiar em impor limites e conscientização de boa convivência social. Se divertir é diferente de causar transtornos e consequências a outros.    

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