É
assim que penso. E fundado nisto que faço a leitura do mundo que observo. Minha
inspiração, não foi incentivada por um acontecimento sobrenatural. Pelo menos,
é isto que percebo e acho, dentro do superficial e resumido conhecimento que
possuo de tudo que contemplo e que ainda não contemplei, mas espero ainda
contemplar.
Minha
inspiração é o reflexo de meu condicionamento, manifestado em um contexto mais
evoluído ou não evoluído! Eis, que cheguei a esta rara conclusão, porque
observei que não sei se estou certo ou errado. Mesmo cercando as ações, e
supostamente tentando amenizar ao mínimo os efeitos da reação.
Consequentemente, identifiquei que possivelmente esta ação, afetava a minha
evolução, a humana e a do planeta no sentido das circunstancias que movem o
mundo, acontecerem mais lentos.
Propiciado pela falta de elementos
subversivos, que a principio, tentam ser evitados para não renascerem. Mas este
raciocínio é apenas uma observação, que é tão imperfeita quanto o ser que a
expõe, pois interpretou o que tenta entender.
Evoluir:
o que é isto realmente?
Talvez
a melhor filosofia, a explique como um fenômeno de adaptação e superação de
circunstancias que afrontem a condição do ser vivo sobreviver. No caso do ser
humano, esta noção se torna mais complexa porque além de se adaptar e superar
os desafios da sobrevivência, o ser da quinta raça ainda deve estar atento a
não afrontar a convivência inter-relacionada a sociedade humana e ao contexto
ambiental. Isto ocorre, porque nós, seres humanos, conhecemos os riscos que
podem ser gerados pela não observação de muitas ações que praticamos.
No
entanto, será que se evolui ou se regride? Pois, quanto mais se aprende, mais
se descobre que estamos imperfeitos, que pouco sabemos e de que nada possui uma
certeza. Chegando até, cair em um contexto paranóico de raciocínio sem fim e
sempre gerador de mais perguntas do que respostas.
Mas
houve evolução, pelo menos a notoriedade dos eventos geológicos e biológicos apontam convictamente para isto.
Porém, ao custo do desaparecimento de diversas realidades, que com o tempo se
tornarão uma só, já que o palco que permite a evolução, um dia irá perecer. É
um raciocínio ilógico, mas se parte do zero, para um dia chegar ao zero. Então
a que propósito serviu e servirá a evolução? Dentro de um contexto cientifico,
não existe uma resposta, tão pouco no mundo filosófico. No entanto, no universo
místico, tudo ganha um propósito.
Neste
contexto percebe um eterno condicionamento do homo sapiens sapiens de
desenvolver ações, e pensamento sempre sob a luz de um propósito. E criar
ramificações especiais que fundamentem estes propósitos. Tudo para alcançar um
interesse de sobrevivência comum. Mas a evolução não é um condicionamento, mas
as observações que o ser humano faz sobre ela, são condições a se tornarem um
condicionamento manipulador da liberdade do ser manifestar seus atos de
sobrevivência.
Diante
desta complexidade, então para que evoluir, se a ignorância nos permite
manter-se afastado do condicionamento constante e teoricamente inevitável.
Porém, como já se pode perceber, não esta se falando apenas na evolução
racional, mas da universal, biológica e geológica. Ou seja, o ser não evolui
solitário, mas sempre fará parte de um processo de evolução maior e abrangente.
Pois, o homem faz parte de um contexto interdependente inevitável a sua
sobrevivência.
Quebrar
o condicionamento é evoluir e recair em um outro condicionamento mais complexo,
que nos leva a raciocinar que não evoluímos em um contexto amplo, mas em um
sentido evolutivo restrito a apenas a um universo. E por este motivo percebe-se
que não se evolui nada. Já que para uma real evolução, se deve ocorrer
transformações dentro de uma perspectiva de evolução que abranja e atenda todos
os campos evolutivos que nos cercam. Porém, não deve haver espanto quanto a
isto, já que, involuntariamente isto já acontece naturalmente. O que não
ocorre, é a percepção desses fatos e sua suposta utilização no contexto do
desenvolvimento das ações e reações desenvolvidas pelos seres de perspectiva
(dom) racional.
O
homem é um animal que percebe sua evolução e é o que menos a entende. Isto
porque, supostamente os outros animais por não conseguirem perceber e
consequentemente nem tentá-la entendê-la, são os que melhor se adaptam a ela
sem necessitar corrompê-la e transmutá-la para fora de sua velocidade normal
como o ser humano faz.
São
os atos subversivos que nos fazem evoluir, justamente pela reação a esta
subversidade. Mas que muitas vezes é totalmente desproporcional ao ponto de
comprometer o conjunto de evoluções de forma mais intensa. Então não se evolui,
e sim se estagna ou regride, porque recai no contexto de partir do zero, para
chegar um dia ao zero.
Não
sei se certo ou errado, mas a evolução que o ser humano deveria desenvolver
seria a de partir do zero e não mais retornar ao zero. Mas daí, seria uma
utopia. Um conto de fadas, que transcende os limites do ciclo que se convive
espontaneamente.
Neste
contexto, se adentra no universo pregado pelo misticismo, onde a evolução
possui um propósito, no que toca o fim da jornada física. Mas isto fica difícil
de conceber cientificamente e filosoficamente. Pois, esbarra na fé, um elemento
de difícil analise de coerência probatória e palpável, devido a sua real
abstração. Mas que é a melhor fonte até o presente momento, para apresentar
novas perspectivas de inspirações, para quebrar o ciclo condicionante da
realidade/ilusória que nos acorrenta. Isto se dá, porque a fé em um contexto
místico, lendário,... se aparta
realmente dos padrões que cercam o que se condiciona de vida.
Mas
daí a evolução se transforma em condicionamento doutrinário, a ponto de ser uma
ferramenta a ser utilizada por homens (anomalias) a favor de interesses
diversos. Se torna um campo que se deve permanecer sob a guarda dos mistérios,
e por este motivo, os mesmos que pregam a fé em universos alternativos, são os
que derrubam os exploradores visionários que tentam desvendar seus mistérios e
criar uma nova perspectiva capaz (imagino eu) de romper com os limites até
então intransponíveis aos nossos condicionamentos. Esta seria superficialmente,
o propósito do porque que devemos evoluir. Mas com certeza, não deve ser o
único motivo.
O
Librorum Prohibitorum, busca ensinar e apreender com o ser, no que tange a
perspectiva da ação de evoluir, a explorar o proibido ocultado em ilusões, para
dele tirar respostas que satisfaçam não apenas um contexto de bem comum, mas o
de real propósito de sermos uteis. Pois, quando um ser evolui, ele
involuntariamente se torna útil. Pois, a forma de pensar, expressar e
relacionar-se com o universo que o cerca, lhe proporciona ensinar e apreender,
e principalmente, fazer os outros seres refletirem.
Um
ser avança um passo, e em consequência outros seres continuarão a direção
daquele passo. Mas não como condicionamento, mas como consequência da
propagação do que se elegeu como melhor para o sobreviver.
Evoluir é preciso. Saber o por quê é necessário. Mas
descobrir o por quê da evolução, já é um ato evolutivo, mas incompleto. Cada
pensamento, ensinamento, aprendizagem, experiência,..., são marcos que se
aperfeiçoam no final de cada pequena redescoberta. No entanto são fatos que
quanto mais recebem reflexões, mais demonstram caminhos alternativos (a
principio). Até o dia que se abre um campo de visão novo, e se percebe uma
trilha que nos proporciona a contemplação de um universo novo. E é este mundo
realmente inédito, que nos permite evoluir.
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