quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

EVOLUÇÃO?


É assim que penso. E fundado nisto que faço a leitura do mundo que observo. Minha inspiração, não foi incentivada por um acontecimento sobrenatural. Pelo menos, é isto que percebo e acho, dentro do superficial e resumido conhecimento que possuo de tudo que contemplo e que ainda não contemplei, mas espero ainda contemplar.
Minha inspiração é o reflexo de meu condicionamento, manifestado em um contexto mais evoluído ou não evoluído! Eis, que cheguei a esta rara conclusão, porque observei que não sei se estou certo ou errado. Mesmo cercando as ações, e supostamente tentando amenizar ao mínimo os efeitos da reação. Consequentemente, identifiquei que possivelmente esta ação, afetava a minha evolução, a humana e a do planeta no sentido das circunstancias que movem o mundo,  acontecerem mais lentos. Propiciado  pela falta de elementos subversivos, que a principio, tentam ser evitados para não renascerem. Mas este raciocínio é apenas uma observação, que é tão imperfeita quanto o ser que a expõe, pois interpretou o que tenta entender.
Evoluir: o que é isto realmente?
Talvez a melhor filosofia, a explique como um fenômeno de adaptação e superação de circunstancias que afrontem a condição do ser vivo sobreviver. No caso do ser humano, esta noção se torna mais complexa porque além de se adaptar e superar os desafios da sobrevivência, o ser da quinta raça ainda deve estar atento a não afrontar a convivência inter-relacionada a sociedade humana e ao contexto ambiental. Isto ocorre, porque nós, seres humanos, conhecemos os riscos que podem ser gerados pela não observação de muitas ações que praticamos.  
No entanto, será que se evolui ou se regride? Pois, quanto mais se aprende, mais se descobre que estamos imperfeitos, que pouco sabemos e de que nada possui uma certeza. Chegando até, cair em um contexto paranóico de raciocínio sem fim e sempre gerador de mais perguntas do que respostas.
Mas houve evolução, pelo menos a notoriedade dos eventos geológicos  e biológicos apontam convictamente para isto. Porém, ao custo do desaparecimento de diversas realidades, que com o tempo se tornarão uma só, já que o palco que permite a evolução, um dia irá perecer. É um raciocínio ilógico, mas se parte do zero, para um dia chegar ao zero. Então a que propósito serviu e servirá a evolução? Dentro de um contexto cientifico, não existe uma resposta, tão pouco no mundo filosófico. No entanto, no universo místico, tudo ganha um propósito.
Neste contexto percebe um eterno condicionamento do homo sapiens sapiens de desenvolver ações, e pensamento sempre sob a luz de um propósito. E criar ramificações especiais que fundamentem estes propósitos. Tudo para alcançar um interesse de sobrevivência comum. Mas a evolução não é um condicionamento, mas as observações que o ser humano faz sobre ela, são condições a se tornarem um condicionamento manipulador da liberdade do ser manifestar seus atos de sobrevivência.
Diante desta complexidade, então para que evoluir, se a ignorância nos permite manter-se afastado do condicionamento constante e teoricamente inevitável. Porém, como já se pode perceber, não esta se falando apenas na evolução racional, mas da universal, biológica e geológica. Ou seja, o ser não evolui solitário, mas sempre fará parte de um processo de evolução maior e abrangente. Pois, o homem faz parte de um contexto interdependente inevitável a sua sobrevivência.
Quebrar o condicionamento é evoluir e recair em um outro condicionamento mais complexo, que nos leva a raciocinar que não evoluímos em um contexto amplo, mas em um sentido evolutivo restrito a apenas a um universo. E por este motivo percebe-se que não se evolui nada. Já que para uma real evolução, se deve ocorrer transformações dentro de uma perspectiva de evolução que abranja e atenda todos os campos evolutivos que nos cercam. Porém, não deve haver espanto quanto a isto, já que, involuntariamente isto já acontece naturalmente. O que não ocorre, é a percepção desses fatos e sua suposta utilização no contexto do desenvolvimento das ações e reações desenvolvidas pelos seres de perspectiva (dom) racional.
O homem é um animal que percebe sua evolução e é o que menos a entende. Isto porque, supostamente os outros animais por não conseguirem perceber e consequentemente nem tentá-la entendê-la, são os que melhor se adaptam a ela sem necessitar corrompê-la e transmutá-la para fora de sua velocidade normal como o ser humano faz.
São os atos subversivos que nos fazem evoluir, justamente pela reação a esta subversidade. Mas que muitas vezes é totalmente desproporcional ao ponto de comprometer o conjunto de evoluções de forma mais intensa. Então não se evolui, e sim se estagna ou regride, porque recai no contexto de partir do zero, para chegar um dia ao zero.
Não sei se certo ou errado, mas a evolução que o ser humano deveria desenvolver seria a de partir do zero e não mais retornar ao zero. Mas daí, seria uma utopia. Um conto de fadas, que transcende os limites do ciclo que se convive espontaneamente.
Neste contexto, se adentra no universo pregado pelo misticismo, onde a evolução possui um propósito, no que toca o fim da jornada física. Mas isto fica difícil de conceber cientificamente e filosoficamente. Pois, esbarra na fé, um elemento de difícil analise de coerência probatória e palpável, devido a sua real abstração. Mas que é a melhor fonte até o presente momento, para apresentar novas perspectivas de inspirações, para quebrar o ciclo condicionante da realidade/ilusória que nos acorrenta. Isto se dá, porque a fé em um contexto místico, lendário,...  se aparta realmente dos padrões que cercam o que se condiciona de vida.
Mas daí a evolução se transforma em condicionamento doutrinário, a ponto de ser uma ferramenta a ser utilizada por homens (anomalias) a favor de interesses diversos. Se torna um campo que se deve permanecer sob a guarda dos mistérios, e por este motivo, os mesmos que pregam a fé em universos alternativos, são os que derrubam os exploradores visionários que tentam desvendar seus mistérios e criar uma nova perspectiva capaz (imagino eu) de romper com os limites até então intransponíveis aos nossos condicionamentos. Esta seria superficialmente, o propósito do porque que devemos evoluir. Mas com certeza, não deve ser o único motivo.   
O Librorum Prohibitorum, busca ensinar e apreender com o ser, no que tange a perspectiva da ação de evoluir, a explorar o proibido ocultado em ilusões, para dele tirar respostas que satisfaçam não apenas um contexto de bem comum, mas o de real propósito de sermos uteis. Pois, quando um ser evolui, ele involuntariamente se torna útil. Pois, a forma de pensar, expressar e relacionar-se com o universo que o cerca, lhe proporciona ensinar e apreender, e principalmente, fazer os outros seres refletirem.
Um ser avança um passo, e em consequência outros seres continuarão a direção daquele passo. Mas não como condicionamento, mas como consequência da propagação do que se elegeu como melhor para o sobreviver.
Evoluir é preciso. Saber o por quê é necessário. Mas descobrir o por quê da evolução, já é um ato evolutivo, mas incompleto. Cada pensamento, ensinamento, aprendizagem, experiência,..., são marcos que se aperfeiçoam no final de cada pequena redescoberta. No entanto são fatos que quanto mais recebem reflexões, mais demonstram caminhos alternativos (a principio). Até o dia que se abre um campo de visão novo, e se percebe uma trilha que nos proporciona a contemplação de um universo novo. E é este mundo realmente inédito, que nos permite evoluir.

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