sábado, 7 de dezembro de 2013

FOZ



Deságuam o que deveriam ser as últimas considerações sobre as ações humanas. Considerações em constante estado de metamorfose. Que já se fazem presente no cotidiano, mas que por sua aberrante racionalização conflitante com a realidade. Deixa de ter credito. Até o dia, que ela venha a servir a um propósito social condicionado. Porém, duvido muito, que este dia chegue. Mas dentro do Universo, tudo é possível, já que foi idealizado.
A realidade atual é como uma grande estória mitológica. Fatos fictícios, que ocorrem num contexto de seres e ações reais. Porém, poucos são aqueles que interpretam a história do homem cotidiano, sem estar afetado, pela ficção da estória mitológica. Mas como o ser intitulado de duplamente sábio, vai compreender isto, se pouco conseguiu interpretar a real mensagem escondida nas metáforas, e palavras, que se encontraram neste texto?
O homem é um rio poluído, violentamente contido pelas margens. Mas é um rio que as vezes provoca inundações. Mas passa um tempo, as margens voltam a serem seus limites.
Até quando, o homem vai restringir o seu campo de visão.
As vezes penso se deveria ter escrito este texto com uma escrita mais complexa (aramaico, cuneiforme,...), onde a letra já é uma metáfora e expressa uma intenção. Talvez, só assim, o ser humano interpretasse a real mensagem destes pensamentos proibidos. No entanto, quantos teriam a disposição de ler um documento de extrema complexidade?
No entanto somos condicionados a pensar limitado. E os que pensam um pouquinho mais, são condicionados aos limites de uma doutrina ou ideologia que os fascina e manipula. E existe um terceiro grupo sem voz, ou doutrina que os prendam, que simplesmente faz como eu, tece o que a doutrina ou a ideologia não abrange. Questiona situações e fatos supostamente inquestionáveis. Ou seja, o grupo que não possui credibilidade. Isto se deve porque a maioria não possui capacidade criativa e reflexão ampla para compreender o que foi realmente expressado. Já na outra ponta, do grupo que fugiu um pouquinho da limitação, vê o que foi escrito com os olhos de sua ideologia ou simplesmente num contexto de defesa a ela. Ou seja, o “absurdo”, ninguém recepciona, porque foge do que eles acham que é real e interessante ao que estão condicionados.
Então tudo que foi escrito, ou se torna subversivo, ou uma utopia. Se tiver a sorte de se tornar subversivo, ganha credibilidade, independente de se lutar por este condicionado status. Mas para se tornar subversivo, estas escrituras devem ser necessariamente condenada por alguma instituição. Entre elas a Igreja e o Poder Judiciário.
Resumindo, nenhuma outra instituição ou organização possui este poder de qualificar a credibilidade de forma tão ampla. Isto porque, o homem é um ser que se motiva no que é proibido. Pois, se é proibido e gerou consequência, é porque algo de nocivo gerou a alguém. Que não mais vai se apegar a decisão comum, acordada em um tribunal. Mas sim vai ser analisada pelo mundo, que ira discutir o que realmente de ruim existe na obra. É neste momento que as observações aqui relatadas, ganharão vida  e serão propagadas tão rápido quanto a luz. Pois, estes pensamentos se tornaram mártires.
Parece estranha tal situação, mais a Igreja Católica, é o maior exemplo de propagação por mártires. A batata, só se propagou na França porque foi colocada guardas para cuidar da plantação do rei (bem como imaginou seu idealizador, ao tentar fazer o povo a plantar batata). O Nazismo no Brasil, só se difundiu e não para mais de crescer, porque foi criada uma lei, (inconstitucional por sinal), que proíbe esta manifestação sócio-política. O comunismo, só ganhou força no Brasil, porque foi perseguido. Resumindo, quando se condena alguém pelo que ele pensa, através de instituições, se cria e se dá a credibilidade absoluta. Pois, porque proibir e condenar uma pessoa que escreve um monte de “besteira”. Supostamente é assim que grande parte dos leigos raciocinam. 
Ah! Mais ele tem que provar! O ingênuo pensa assim. Quem tem teto de vidro, não quer se expor. Mas, existe sempre os precipitados, que deixam os sentimentos fluírem,  colocando um império de anos, em um confronto onde alcançarão uma Vitória de Pirro. Que será tão maléfica a este império e em consequências a outros.
Vocês nunca pararam para pensar porque não se questiona a veracidade das teorias das conspirações, como também quem as escreve não sofrem processos judiciais. Ou seja, é melhor estas teorias andarem livres, como teorias condicionadas ao processo de duvida. Pois, caso contrário, estas teorias, deixariam o condicionamento duvidoso, e passariam a carregar algo valioso.
Os pensamentos proibidos também são assim. Ou vai ficar no universo da duvida, ou vai ser divulgado pelos mecenas da justiça ou da religião. Mas isto é apenas uma suposição de como se propagarão estas ideias.
No entanto o pensamento proibido, ele não é questionável, porque ele se auto- questiona, no ser. Se manifestando simplesmente em uma nova contemplação, de um horizonte não observado. Pois, ao contrário das doutrinas e ideologia,  a observação alheia, é o foco de analise de correção de um pensamento imperfeito. E são estas correções, que permitem o ser evoluir. Porém, sempre observando, a diferença entre influencia, condicionamento e contemplação sábia.
A foz não é o fim, mas a formação de um lago, ou a ampliação de uma gigantesca bacia hidrográfica ou o simples deságue em um mar. A foz desses pensamentos, também são assim. Pois, ampliam e dão caminhos a outros pensamentos. Quebram paradigmas.
Era para ser o fim do ciclo, no entanto, mal se chegou na contemplação perfeita e possível. Pois, pensamentos moldam e são moldados pelas situações que deles se originaram. É a motivação para a evolução, uma consequência do processo de ação e reação, que não tem começo, tão pouco fim. Apenas um norte, sem a possibilidade de voltar atrás.
Eram para desaguarem os últimos pensamentos, no entanto desaguaram novas observações e reflexões. A foz virou nascente, e as margens foram transpassadas por uma enchente inevitável, causada por um rio assoreado.
Por algum motivo, estas escrituras ganharam um novo estagio de abstração. Mas isto já estava previsto. No entanto, o que não se fazia ideia, era que tudo que foi tecido, já havia ocorrido no Universo antes. Mas, faz sentido, pois se a vida é um ciclo, as circunstancia que afetam os elementos são cíclicos. Por que então os pensamentos não seguiriam esta lógica?
Porque se seguissem, o homem não seria o que ele é hoje. Isto ocorre porque o novo revoluciona, mas o que foi superado, mantém-se adormecido, se caso o novo virar velho. Estas escrituras buscam quebrar o ciclo com algo novo. Mas para fazer isto, houve a necessidade de perceber que tudo que se pensou ser um novo horizonte, não passava de um horizonte já contemplado, mas visitado por poucos.
A foz então não desaguou apenas. Não causou o fim ao rio. Mas sim, fez suas águas desaguarem em uma outra realidade, mas complexa e abrangente. Tão abrangente que não consegue ser transpassada por pontes, mas sim por barcos carregados, que navegam solitários, geralmente apontados para uma única direção, quando na verdade, poderiam escolher qualquer direção, para chegar onde objetivam. Pois, o mar onde desaguaram as águas, não possuem estradas ou margens que condicionam e limitam os caminhos.
Esta é uma nova realidade a ser contemplada, um mundo mais amplo, onde navegar com um barco cheio, pode ser um risco de naufragar. É uma viagem, onde depender do vento é estar propicio a se perder e naufragar. É um destino onde lendas e mitos se tornam realidade, e a realidade vira estória. Um mundo onde o canto das sereias, só hipnotiza quem não quer vê-las.  
Porém, este novo mundo, possui um limite. E é este limite a ser um dia transcendido. Quando e como, não foi possível descobrir. Porque para se transcender este novo horizonte, não se contempla mais a idéia de um caminho, direções ou marcos.  Mas existe a certeza que pode este limite ser encontrado, e ganha força quando se olha do barco em meio a solidão do mar, para o céu, e utopicamente se imagina rompe-lo quando o dominá-lo. Mas primeiro, devemos dominar e entender o mundo condicionado por direções e ciclos. Depois, se aventurar a um Universo onde cair e subir, não possuem lógica. Pois, possivelmente, o antagônico só se compreende com o contraditório.
Era para ser a foz. E foi, porém, foi o primeiro fim de ciclos dos muitos a se alcançarem para se entender como o grande ciclo dos elementos funcionam. É contraditório, no entanto, sob que perspectivas. A velha forma de pensar condicionada, ou a nova, com um outro tipo de condicionamento de pensamento, ainda a ser identificado.
São questões que só surgem, porque estamos navegando longe demais, de onde padronizadamente deveríamos estar. Por isto que estas escrituras se intitulam de proibidas, pois, nos trouxeram a lugares que são proibidos ou utópicos aos seres da raça de ferro de campo de visão condicionado.
Quem ainda não percebeu isto, sequer chegou próximo do rio, que possibilitou alguns chegarem até onde foi descrito. Mas a realidade é esta. Uns verem, outros aceitam o que não verem e um grupo aceita o que os outros dizem o que elas devem ver. Quem está certo ou errado, ainda não se sabe, mas se imagina que muita gente que viu o que não era para ver, tenta conviver com isto a seu modo e interesse.

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