No
contexto da ideia, de que o homem participa involuntariamente e inseparavelmente
de uma rede “fictícia” de ação e reação. Onde por ele possuir uma racionalidade
mais complexa, se comparado com outros seres vivos, consegue compreender das
mais variadas formas este acontecimento, e por este motivo tenta se adequar a
este contexto de ação e reação através da criação de um condicionamento
artificial. Que a principio visa corrigir as imperfeições desencadeadas pela
conduta humana na trajetória de sua vida.
Diante
disto, as principais bases fundamentais do condicionamento das atitudes
humanas, possuem como matriz norteadora, o tempo e a noção cíclica que ele
representa de começo, meio e fim; o antagonismo representado em sua expressão
máxima pelo bem e mau, que guia e fornece sustentação ao elemento Justiça. Um
contexto místico/filosófico representado pelo universo da morte e da vida, mas
que também se condicionam em um contexto antagônico e interligado ao bem e mau
sob a influência do tempo. E por fim, os sentimentos, que abrange o seio das
ações humanas que são controladas pela justiça, analisada pelo antagonismo bem
e mau, corrigida pelo universo misterioso da vida e morte, mas sempre sobre o
ciclo do tempo.
A
partir desses elementos, se vislumbra o universo ilusório e cíclico,
complexamente difícil de romper. Pois, é a partir deles que criamos todas as
noções de interpretação da realidade que carregamos e utilizamos. E por este
motivo que nos vemos condicionados.
Mas
isto não deveria ser novidade, já que a racionalidade humana consegue perceber
isto. No entanto, a maneira de racionalizar muitas vezes é afetada por
ideologias e doutrinas, propagadas por diversos meios de comunicação que
bloqueiam a recepção mais abrangente das circunstâncias. E é a partir desse
fato que a ilusão ganha vida, pois dificilmente é contestada.
Quando
se rompe com a ilusão, se conclui em um primeiro momento, que se descobriu algo
novo, quando na verdade, apenas se redescobriu algo que foi ocultado e é
deslumbrado por poucos. Mas que possui a capacidade de realmente promover uma
revolução racional, capaz de quebrar o ciclo que nos reverte compreender apenas
o condicionamento natural. No entanto, se é possível conseguir chegar até a
esta racionalidade de percepção, então é possível desbravar uma condição “nova”
de descobertas. No entanto, se esbarra no universo propagado pelo misticismo. O
qual fala de lugares e padrões de vida descontextualizados com o
condicionamento que possuímos, os quais são fundamentados muitas vezes pelo
condicionamento científico e filosófico que nos preenche e criam um padrão para
o que é real e possível de provar.
Outro
fator que interfere no contexto de contemplação e uma real descoberta de um
universo totalmente inédito a racionalidade humana, é as constantes suposta
“divergências” sobre assuntos místicos. Ou seja, se criam diversas
interpretações, sobre um mesmo contexto, que no final acaba se chegando as
mesmas conclusões, mas sempre dentro de cenários diferentes, já que uma
concordância em certos assuntos, ferirão muitos interesses humanos. Diante do
fato de não se chegar a um consenso comum de tolerância e analise de muitos
fenômenos ainda longe do domínio do filho racional dos deuses, é que o
misticismo (as religiões), criam e deixam transparecer um ponto fraco, que é
muito bem explorado pela ciência e a filosofia, que a partir disso conseguem
desenvolver argumentos que contestem a credibilidade de um fato místico,
simplesmente porque pela lei do universo cientifico e filosófico, deve existir
uma lógica concreta. Dando a entender aos leigos, a idéia que isto representa
uma verdade absoluta. Mas devido ao nosso condicionamento, acreditamos nisto
sem muito refletir sobre se este processo realmente trás uma certeza absoluta
de um fato (é lógico que isto já foi questionada e ainda é, mas então no que
acreditar?).
Por
este motivo, a recepção que temos dos conhecimentos místicos, é interpretado
como uma grande lenda, quando a principio deveríamos os desbravar para alcançar
as repostas fora do padrão que buscamos, para lhe darem sentido dentro do
padrão condicionante que nos acorrenta. É por este motivo, que a visão do
Librorum Prohibitorum não é filosófica, pois, ele não busca apenas na
racionalidade humana as explicações para o que atormenta os seres da quinta
raça, mas explora as entrelinhas de universos considerados como lendas. O que é
incompatível com a filosofia, que vê nas lendas, uma explicação superficial e
imperfeita da realidade. Porém, a explicação explorada pelo livro proibido, não
esta na simples interpretação, mas em pequenos detalhes, que só podem ser
percebidos e analisados, quando inter-relacionados a outras lendas de povos que
antes nunca se cruzaram em sua trajetória existencial.
Alterar
o padrão de vislumbre do mundo humano, é afrontar forças que vingaram a partir
dele, e se enraizaram no cotidiano do ser da quinta raça. Então o passado é
sempre a biblioteca do futuro. Pois, lá estão as respostas que forjam o passado
e ditam as regras para as perspectivas do futuro. O que foge a isto, ou é
proposital (já esta previsto), para fingir que tudo mudou, mas nada se alterou
na essência. Ou é um vetor que foi até imaginado, porém, que escapa ao controle
do passado, pois é um fato inédito, que não se molda a ele, mas que é
extremamente hostil a ele. Já que possui a força de realmente o superar.
Mas
toda ação gera uma reação (consequência), e este conhecimento como já foi
tecido em portais anteriores, o ser humano conhece bem. Tanto é, que
desenvolveu a ciência da História, para narrar e interpretar as ações humanas
já ocorridas, para justamente encontrar respostas que expliquem porque o bem
comum foi corrompido, e por este motivo evitar os fatos geradores que
ocasionaram este afrontamento do bem comum. Porém, a História, é uma ciência criada e manipulada
pelo homem sapiens sapiens, ou seja, por “tabela”, também recebe a influencia
de todo e qualquer tipo de condicionamento que sofre o homem. E por este
motivo, pode se tornar imperfeita, se caso servir de ferramenta ao interesse de
uma anomalia humana.
No
entanto, o ato de recordar o que aconteceu, é uma ação natural da psique
humana, que justamente funciona como guia norteadora de suas ações. A ponto de
criar um complexo raciocínio, que permite muitas vezes o ser humano, prever
(antecipar mentalmente) acontecimentos, e a partir disso decidir ou não se vai
concretizar sua intenção que gerou todo o seu raciocínio que antecipa suas
ações. Ou seja, a História, em seus mais diversificados níveis de contemplação,
é o passado que forja o presente para produzir um futuro pré-objetivado, mas
nunca dentro de uma convicção extrema. Pois, toda ação, mesmo bem controlada,
gera ações inevitáveis e inéditas para a contemplação humana. E é estes fatos
inéditos, que tentam os homens, pois, eles não os prevêem, mas os esperam,
quando algo sai errado. Que lógica ou filosofia explica isto.
Diante
disto, se observa que o homo sapiens sapiens não é um ser ignorante a ponto de
desconhecer seu condicionamento. Por este motivo é que existem os seres que
recebem o status de anomalia. Pois, não são pessoas desprovidas de inteligência
e conhecimento de regras (com exceção dos portadores de desvios mentais, os
quais observam o mundo e se comportam dentro de um contexto patológico
totalmente comprometido ao padrão psicológico).
Se
o homem desprovido de problema mental, possui esta capacidade de prever as
consequências e até ser tentado por um possível acontecimento inusitado a seu
favor ou não (sorte), então, porque seus atos continuam tão imperfeitos,
geradores de consequências terríveis a sua própria sobrevivência?
Porque
superficialmente e parcialmente equivocada, se analisa que a anomalia vê a
morte como o fim. Não como o inicio de um horizonte novo. Por isto, vivem como
se o presente fosse o seu ultimo dia. Refletem, questionam, mas não conseguem
praticar o que raciocinaram. Até acreditam em outras realidades, mas seu
condicionamento é extremamente conflitante e radical. Isto ocorre, porque ela
vive o antagonismo, na perspectiva involuntária de se satisfazer da justiça aos
moldes do que já é pregado (só que a seu favor), e não em um contexto novo.
Rompe a submissão tácita ao bem comum, para ela ser o senhor de um novo bem
comum ditado pela perspectiva antagônica criada em sua mente repleta de
imperfeições e disfarçadas de “boas intenções”, mas longe de buscar isto e de
ser uma mente rebelde.
No
entanto, a anomalia é um produto complexo, de um passado que convive com o
futuro, e transmuta o presente, em um ciclo de eterna convivência ao passado
corrompido por ações, que se propagam sem fim. Porque não são dizimadas da
consciência humana. Porque a anomalia é
o resultado da essência de um câncer, que a sociedade ao invés de tratar com
ações radicais, a trata com hipocrisia. Ou seja, não pode se referir a tal fato
(câncer), mas pode-se involuntariamente o praticá-lo, pois poucos são os que o
percebe a essência cancerígena, mas são muitos que acham certos cuidados a
isto, uma grande besteira.
O
futuro do homem, é uma consequência devastadora de sua hipocrisia, construída
em seu passado. No entanto ele sabe
disso, possui ferramentas para acabar com isto, mas no entanto, prefere
conviver com isto. Pois, é portador de uma pax tangida pela virtú que lhe
corrompe sua ação, já que ela lhe fornece alternativas para conviver aos moldes
da satisfação de um mundo sem perspectiva de uma realidade harmônica, mas que
hipocritamente, consegue se ocultar no próprio contexto de quem prega
misticamente um novo horizonte. Herege é a pessoa que percebe isto. E
excomungado é o destino do ser que afronta esta circunstancia.
Tecer
sobre o futuro dos homens, é falar sobre os fatos que guiam o bem comum e
consequentemente onde tudo irá terminar. Então se caminha pelos caminhos
místicos, e reconhece que eles buscam fundamentar a harmonia do bem comum. Mas
o problema é que existem várias doutrinas místicas, que propagam seus ensinamentos
de várias formas e guiados por vários interesses. Independente de quem acredita
ou não, uma coisa é padrão. O homem deve possuir uma conduta de paz, justiça e
sabedoria (a qual, é pregado por todas as doutrinas místicas!). Porém, os que
acreditam nessas doutrinas, não percebem isto, já que muitos já rompem com seu
superficial conhecimento e sabedoria, estes três fundamentos do bem comum, ao
criticar e rotular com calunias infundadas e muitas vezes não pertinentes a uma
verdade filosófica, a doutrina mística diferente da qual segue. Ou seja, ao
invés de buscar o condicionado bem, pregam o mal que a propósito é combatido
por sua respectiva doutrina, ao desrespeitar a outra doutrina.
Se
confunde a doutrina com a ação de uma anomalia humana, que usa a religião para
se tirar proveito, criando uma imagem que a doutrina é ruim. Quando na verdade,
é o seu propagador, que pouco propaga da essência real dela.
É
neste contexto, que se percebe o condicionamento direcionado recebido por um
ser, ditado por outro. Pois, se o ser não consegue, ver e separar o homem
imperfeito do universo que esta contaminando ao representar, é porque este ser
é tão imperfeito quanto aquele que esta sendo valorado e vinculando a que
supostamente se desconhece em sua real essência.
São
as doutrinas religiosas que propagam profecias e conhecimento sobre o futuro do
homem. Os quais sempre possuem como destino a morte. No entanto, falam do
passado, o qual pesará numa posterior realidade. Mas este passado se corrige no
presente.
Independente
de religião. O que é pregado pela religião, é também explorado em outros
contextos pela Ciência da Ética, Moral e Cívica, Sociologia, Psicologia,..,
influencia? Talvez sim, não, talvez,..., ou seja, o ponto chave é o bem comum.
O mesmo defendido pelo ateu, que propaga o que a religião quer em essência de
organização e relacionamento social, mas sobre outra visão apartada do
misticismo.
Isto
é comum a todos, porque todos sabem, que se o passado continuar se repetindo
imperfeito e sem correção, o presente se contamina, e o futuro se confirmará
como uma profecia previsível, até para quem não acredita nela.
O
passado do futuro, é um estado abstrato de condicionamento temporal, que é e
será sempre a fonte para se contextualizar dentro de uma superficial e imprecisa
previsão, devido a complexidade que envolve vários vetores, explicados e
previsíveis, e vetores inexplicáveis e imprevisíveis.
Para
imaginar o futuro é necessário ver seu reflexo no passado, pois, o cenário e as
personagens mudam, mas história continua a mesma, mesmo sendo contada
diferente. Isto representa um ciclo vicioso, que possivelmente só poderá ser
rompido, se aparecerem alternativas para explicar um novo mundo que diariamente
entramos em contato, mas que duvidamos dele.
Longe
de ser uma defesa ao misticismo, e tão pouco de ser um critico as ciências e
filosofias, mas só a união entre estas manifestações da racionalidade humana no
que tange todos os sentidos, seria capaz de desvendar o que não se entende. Já
se caminha para isto. Mas existe uma resistência a isto, que mais parece
proposital a defender interesses, do que ser por ignorância. Mas um motivo
existe. E pouco se comenta sobre ele, apesar disso transcender o fato e
expressar-se sem palavras.
É
no passado que está a resposta, para quem se preocupa com o futuro. A ciência
desmistificou muitas coisas que posteriormente revolucionou o pensamento e o
mundo. Contemporaneamente a ciência finge ignorar o que o homem não entende
“misticamente”. Por que? Que futuro quer se proteger em ocultar os segredos do
passado?
São questões que não se consegue responder
superficialmente e com qualquer informação. Mas são questões que não se deve
fazer a quem possui estas respostas. Pois, o passado já mostrou o que pode
acontecer, e este é um futuro que uma minoria não quer.
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