Grito por tempos novos de uma
consciência ampla, reflexiva e sabia, ainda acorrentado ao condicionamento do
ciclo do passado, presente e futuro. Repito o velho paradigma, como se este
fosse novo. Ou seja, vamos mudar tudo, para ficar tudo do mesmo jeito que está!
Não é isto que quero. Não faz parte
da minha perspectiva. Porque ela é transcendente ao contexto de vislumbre do
que se observa e propaga. No entanto, só dei um passo, na esperança que outros
continuem estes passos, sob uma nova luz e no contexto de aperfeiçoamento do
que teci, através de uma inspiração que preencha o ser que pasmado e
surpreendido leu estas superficiais considerações sem nexo. Mas que esta
dispersa por todo o universo onde exista a racionalidade.
O ser humano é uma nação de um homem
só, no complexo exercício de viver em harmonia e paz, não em pax. Nesta nação,
já é de consciência de todos, que ser culpado ou ser inocente, tanto faz. Pois,
no universo do ser, se fala uma outra língua, se vive outros pensamentos outras
noções de leis. Neste mundo o ser é o rei, o juiz, promotor, legislador e o advogado. É o sacerdote e a anomalia.
Salvar este mundo da ditadura da manipulação, cegueira e da ignorância, é
permitir que as vozes da liberdade soem por outros universos íntimos. Que
inspire uma revolução. Mas não uma revolução social, mas racional. Para daí
sim, outras revoluções partirem delas.
Que seja bem vindo então estes novos
tempos. Uma era onde os homens se comportarão como seres com o dom da
racionalidade. E não com a racionalidade controlada por mecanismo que
transcendem o objetivo de se proteger o bem comum.
Mas, por que lutar por uma
perspectiva de evolução racional e física ampla, se o futuro do homem é a morte
e o do planeta é o mesmo, mais cedo ou mais tarde?
Uma possível resposta, mas não a
única, é porque desconhecemos muitas coisas sobre o universo da morte e da
vida. Pois, o que é vislumbrado cotidianamente, é apenas o funcionamento da
vida, não o seu mecanismo. A morte possui esta mesma observação. Eis, que se
caso contrario fosse, o ser humano, não ia ficar perdendo tempo filosofando,
sobre de onde o homem veio, e para onde vai! Não ficaria criando doutrinas
místicas, para explicar o que vem depois que se morre. Ou seja, independente se
proposital ou não, o homo sapiens sapiens, vive uma realidade em que desconhece
sua origem e tão pouco se existe alguma coisa a se vislumbrar depois que morre.
E o pior de tudo, é que não consegue chegar a conclusão alguma, já que além de
um condicionamento que possui, as informações que lhe chegam sobre estes
“mistérios”, são sempre contraditórias e carregadas de interesses.
Diante disto, a idéia de novos
tempos, é especificamente a libertação do ser da manipulação e do conhecimento
ignorante, que apenas satisfaz o condicionamento social, não o conhecimento
sábio universal. Isto ocorre, porque é no presente que o homem fundamenta o
futuro, através do que corrigiu do passado. Ou seja, os novos tempos, começam,
a todo instante que alguém visa buscar uma melhoria real para o mundo. Ela não
é uma utopia que se imagina realizar em um futuro.
Não a nada de novo, apenas a
consciência de recordar o que os diversos ensinamentos de bem comum pregam
(leis dos homens e as leis divinas). Praticar ações de bem comum, sem ser
manipulado a fazer isto, como compreender as ações humanas e saber lidar com
elas, buscando sempre explorar a essência benévola existente nela, será sempre
um passo para tornar a ação presente um novo tempo. Pois, se a ação ruim
contamina outras ações humanas, porque uma ação boa não teria o mesmo poder de
propagação?
Se grita por novos tempos, com
conhecimentos antigos, que sempre estiveram presentes no ser humano, mas que
devido a sua simplicidade, nunca foi dado a devida atenção. E é este um outro
problema de condicionamento que norteia o homem, que é achar que tudo que é
capaz de mudar algo ou revolucionar, deve partir de um conhecimento ou fato
complexo. Resumindo, não é a vida que é
complicada, mas sim o ser humano que deixa a vida complicada. Mas este é o
preço por portar o dom da racionalidade. De agir imperfeitamente, já imaginando
como se fará para consertar esta imperfeição, a qual a principio, poderia ser
evitada antes de ser desenvolvida.
O novo tempo é sempre o tempo de
vivenciar a correção das imperfeições, e perceber outras e corrigi-las. Não de
redescobrir e praticar ações cancerígenas, quando se esta consciente sobre as
consequências que acarretarão delas.
Mas a impaciência do ser humano, é
muito grande, quando o contexto, é verem as coisas mudarem. Os filhos da quinta
raça, se tornaram imediatista, pois a perspectiva de vida temporal lhe forjou
assim. Querem experimentar tudo, para não sentirem necessidade disso depois.
Como buscar um novo tempo, em um
mundo assim?
Somo mais de seis bilhões de humanos.
Deste enorme contingente de pessoas, dentro de uma perspectiva otimista,
existem pessoas que buscam um novo tempo de forma descondicionada mas
consciente de ser útil em um contexto evolutivo dentro do universo da
sobrevivência. Não sei se eles são muitos ou poucos, mas sei que de alguma
forma, eles tentam ensinar isto a alguém. Ou seja, a velocidade de propagação
dessa consciência, esbarra no livre arbítrio de seus receptores aceitarem e
praticá-la ou não. Não é imposta. Tão pouco se preocupa com o tempo, “de se vai
dar tempo ou não de evitar o pior”. Isto porque, não se transfere conhecimento
condicionado a um limite temporal efêmero. Mas, sim, se repassa o conhecimento
“eternamente”, já que sua evolução é constante e ilimitada.
A princípio, todas as pessoas são
imperfeitas, mas uma minoria se comporta e se desenvolve como anomalia. As
outras são o que aprendem e repassam com um involuntário senso de bem comum.
Pois, mesmo em sua imperfeição e ignorância, o ser da quinta raça busca a paz
(mas involuntariamente se ilude com a pax e a virtú), mas mesmo assim, buscam
serem felizes, mas muitas vezes por caminhos infelizes. Por este motivo, o ser
homem, é uma representação analógica da esperança. Uma esperança em um mundo
que ele imagina utópico, devido a simplicidade que se desenha este mundo, mas
que na verdade pode ser feito, basta o ser humano buscar isto de forma simples.
Porém, não são todos que querem isto.
E é por isto que estas palavras neste propileus do novo tempo, como também as
reflexões deste Librorum Prohibitorum, são ou poderão serem vistas como uma
grande “viagem ao mundo da loucura” ou melhor, como uma grande besteira tecida
por um ser “sem noção nenhuma de realidade”. Isto acontece, porque existe um
condicionamento para que isto que foi lido, seja interpretado assim. Pois, caso
contrário, se estas escrituras fossem interpretadas por quem realmente porte o
conhecimento e reflexões livres do condicionamento, com certa convicção, eu
imagino, que este ser racional ao invés de criticar ignorantemente, extrairia o
que ele valorasse como útil e coerente para refletir e aproveitar no contexto
de algum pensamento que elabora. Mesmo que fosse uma pequena frase. No entanto,
jamais um ser sábio, ignoraria um pensamento humano, por mais simples que seja,
ou teoricamente errôneo, sem antes refletir sobre o que observou. Porque tem a
consciência que ninguém é portador de um conhecimento e sabedoria divina. Neste
caso, o que pode estar sendo valorado como besteira hoje, é um pensamento
avançado que foi expressado involuntariamente em época não compatível a
recepção dele. Exemplo de pensamentos que fugiam do padrão da época que
apareceram, e por este motivo condenaram seus criadores no contexto social,
foram: Galileu Galilei, Leonardo da Vinci, Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von
Hohenheim (Paracelso), Nicolau Copérnico,...
O novo tempo é assim, primeiro se
observa, depois se desenvolve uma reflexão e por fim se age, mas sempre dentro
de um contexto de não afrontar o inter-relacionamento que nos torna um só. Não
é difícil agir assim, mas o problema são as variáveis que influenciam nossos
sentimentos. Por este simples motivo, que o mundo ideal se torna distante do
real.
Mas existem sentimentos e
condicionamentos. Aprender a identificá-los, é um passo importante para não ser
dominado por eles. Neste caso, não se mata os sentimentos, apenas apreende a
satisfazê-los dentro de suas necessidades reais, e não com artificiais que
extrapolam limites naturais. É difícil, mas agir sobre pressões dos sentimentos
é mais complicado ainda.
Neste contexto o novo tempo, não se
torna mais “frio”, se torna harmônico. E um raciocínio harmônico, não causa
consequências de extremas imperfeições. E isto faz uma grande diferença no
desencadear das ações. Mesmo estas sendo quase que instantâneas ao fato.
Então, é novo o tempo que se
compartilha com os homens?
Novo tempo? Nova consciência? Novo
caminho? Nova era? O que é inédito realmente nisto tudo?
Mas a questão não é se é novo ou não,
mas sim, se o homem vai ser capaz de um dia transcender sua racionalização.
Isto sim é novo, pois rompe com a realidade e se exploram outras. Mas isto,
alguns seres já realizam. No entanto, ganham denominação de loucos, (não no
contexto patológico, mas no contexto de difamação expressado por um ser
ignorante), mas isto é o preço em ser pioneiro em qualquer ramo da vida.
O novo tempo a muito tempo chegou,
mas pouco dele se tirou. Apenas o reconhece, mas não o pratica. Ter consciência
disso, é perceber a grave imperfeição que carregamos, e insistimos em não
corrigi-la.
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