Existe
um exemplo de complexidade no contexto de quem busca o bem, mas sem querer
provocam o mal. Cito os teóricos ateus que propagam suas ideias, sendo que
muitas vezes se tornam anomalias sem se darem conta.
Concebe-se,
como ateu a pessoa leiga ou não que não crê na existência de um ser místico
superior. Como também são críticos ferrenhos ou não do que é pregado pelas
doutrinas religiosas que representam este ser. Já teóricos ateus, são aqueles
que são considerados ateus, e criam teorias para influenciar outros a seguirem
suas filosofias ou defender um ponto de vista científico ou social.
A
Ordem não se interessa por filosofias de aceitação ou contestação de existência
de um ser superior. No entanto, ela sofre a influência em suas linhas ao
sentido de aceitar as religiões como instituições de controle das ações humanas
e da propagação de valores úteis que não interfiram maleficamente no ciclo
existencial ou cause nela um caos. Sendo assim o ser simplesmente de convicção
ateísta não é um problema, tanto que deve ser respeitado. O que se torna um
problema é o ser humano que tenta afrontar as religiões, no sentido de destruir
esta submissão que os homens possuem em relação a um ser superior e por efeito
geram contestações que muitas vezes causam distúrbios sociais.
Isto
se dá, pelo simples fato de que o que segura os homens para não cometerem
tantos danos ao ciclo existencial, não é apenas as leis humanas, mas as leis
divinas, o medo do acerto de conta, ou o lugar que merecerão ir depois que
morrerem. Pois, tudo isto forja a consciência das pessoas. Ou seja, as
religiões conseguindo atingir os seus objetivos de propagação de valores,
reflete-se no direito dos homens que começam a ser respeitados. Pois, a
consciência pesará para o ser que se propõe a fazer algo ilegal. É lógico que
num primeiro momento as coisas não acontecem assim, eis, que a cada dia que
passa as pessoas deixam de ter fé de fato em algo místico e passam a acreditar
superficialmente só em palavras que atendam seus interesses. E este fator
somados a outros, configuram a sociedade que temos, que neste momento está
começando a ficar fora de controle. Neste contexto, a propagação de ideias e
teorias ateístas se tornam prejudiciais, pois se não existe um deus, vida após
a morte, inferno, carma, ..., por que as pessoas vão respeitar as leis e o
direito de outra pessoa, se a vida é efêmera e deve ser aproveitada? E sob esta
condição que o teórico ateu se torna um conspirador, pois, ele dá base e
fundamentos para as pessoas deixarem de acreditar na consciência mística. Uma
consciência fabricada, mas que ainda parece ser necessária se observado este
ponto de vista.
Um
Guardião da Ordem pode ser ateu, mas este deve ser sábio ao transmitir este
ateísmo. O ateísmo deve partir da consciência da pessoa, e não da consciência
alheia. Pois, se ele parte da consciência íntima, ele se dá num contexto de
responsabilidade, onde a pessoa que o concluiu, geralmente continua respeitando
e temendo os ordenamentos jurídicos locais. Já ao ateísmo produzido pela
consciência alheia elaborada superficialmente, não se transmite apenas as
consciências responsáveis, mas também as consciências irresponsáveis. Pois, o
nível de entendimento de uma ideia, texto, teoria, intenção, esta intimamente
relacionada ao nível de conhecimento, sabedoria e consciência por parte de quem
recepciona o novo conhecimento. Ou seja, “de gente com boas intenções o inferno
esta cheio”. Mas será que é assim mesmo. Devemos comparar um ateu, um doente a
uma anomalia cancerígena?
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