sábado, 21 de dezembro de 2013

O ATEU


    
Existe um exemplo de complexidade no contexto de quem busca o bem, mas sem querer provocam o mal. Cito os teóricos ateus que propagam suas ideias, sendo que muitas vezes se tornam anomalias sem se darem conta.
Concebe-se, como ateu a pessoa leiga ou não que não crê na existência de um ser místico superior. Como também são críticos ferrenhos ou não do que é pregado pelas doutrinas religiosas que representam este ser. Já teóricos ateus, são aqueles que são considerados ateus, e criam teorias para influenciar outros a seguirem suas filosofias ou defender um ponto de vista científico ou social.
A Ordem não se interessa por filosofias de aceitação ou contestação de existência de um ser superior. No entanto, ela sofre a influência em suas linhas ao sentido de aceitar as religiões como instituições de controle das ações humanas e da propagação de valores úteis que não interfiram maleficamente no ciclo existencial ou cause nela um caos. Sendo assim o ser simplesmente de convicção ateísta não é um problema, tanto que deve ser respeitado. O que se torna um problema é o ser humano que tenta afrontar as religiões, no sentido de destruir esta submissão que os homens possuem em relação a um ser superior e por efeito geram contestações que muitas vezes causam distúrbios sociais.
Isto se dá, pelo simples fato de que o que segura os homens para não cometerem tantos danos ao ciclo existencial, não é apenas as leis humanas, mas as leis divinas, o medo do acerto de conta, ou o lugar que merecerão ir depois que morrerem. Pois, tudo isto forja a consciência das pessoas. Ou seja, as religiões conseguindo atingir os seus objetivos de propagação de valores, reflete-se no direito dos homens que começam a ser respeitados. Pois, a consciência pesará para o ser que se propõe a fazer algo ilegal. É lógico que num primeiro momento as coisas não acontecem assim, eis, que a cada dia que passa as pessoas deixam de ter fé de fato em algo místico e passam a acreditar superficialmente só em palavras que atendam seus interesses. E este fator somados a outros, configuram a sociedade que temos, que neste momento está começando a ficar fora de controle. Neste contexto, a propagação de ideias e teorias ateístas se tornam prejudiciais, pois se não existe um deus, vida após a morte, inferno, carma, ..., por que as pessoas vão respeitar as leis e o direito de outra pessoa, se a vida é efêmera e deve ser aproveitada? E sob esta condição que o teórico ateu se torna um conspirador, pois, ele dá base e fundamentos para as pessoas deixarem de acreditar na consciência mística. Uma consciência fabricada, mas que ainda parece ser necessária se observado este ponto de vista.

Um Guardião da Ordem pode ser ateu, mas este deve ser sábio ao transmitir este ateísmo. O ateísmo deve partir da consciência da pessoa, e não da consciência alheia. Pois, se ele parte da consciência íntima, ele se dá num contexto de responsabilidade, onde a pessoa que o concluiu, geralmente continua respeitando e temendo os ordenamentos jurídicos locais. Já ao ateísmo produzido pela consciência alheia elaborada superficialmente, não se transmite apenas as consciências responsáveis, mas também as consciências irresponsáveis. Pois, o nível de entendimento de uma ideia, texto, teoria, intenção, esta intimamente relacionada ao nível de conhecimento, sabedoria e consciência por parte de quem recepciona o novo conhecimento. Ou seja, “de gente com boas intenções o inferno esta cheio”. Mas será que é assim mesmo. Devemos comparar um ateu, um doente a uma anomalia cancerígena?

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