Para
onde olhamos, percebemos a ação do homem. Seja em suas cidades, no domínio
sobre os elementos da Natureza, ou simplesmente, por sua maneira de pensar e
agir. Porém, se ele é e conseguiu tudo que contemplamos atualmente, foi porque
ele desbravou com coragem o horizonte e enfrentou e venceu os obstáculos mais
duros nesta longa jornada histórica até o presente momento.
No
entanto, existem os seres que nasceram para pensar, os seres que nasceram para
fazer as coisas acontecerem, e os indivíduos que nasceram para serem
manipulados e explorados. Sei que pelo
principio da racionalidade, o Homo sapiens sapiens, deveria desfrutar da
igualdade e coletividade. Porém, o desenvolvimento não ocorre igual para nenhum
ser na Natureza, e é por este motivo, que as espécies evoluem. Uma evolução no
contínuo processo de ação e reação no que tange o caminho da sobrevivência.
Mas
o grande problema do ser humano, é que o mais forte explora o mais fraco.
Porém, o mais fraco, não percebe, ou demora para perceber que para conter a ação daninha do mais forte, tem que se unir
com os que sofrem o mesmo destino. Na História da humanidade, diversas foram às
vezes, onde ocorreu este tipo de união, geralmente motivadas por uma invasão de
outros povos (que a principio também se uniram para satisfazer a própria
sobrevivência), contra um animal ou uma anomalia. Estes fatos acabaram gerando
uma arcaica, mas funcional (para as necessidades humanas da época) espécie de
Estado, que assumiu este papel de protetor do povo.
Porém, houve um tempo no mundo, em que essas pessoas
começaram a temer a violência dos seus protetores, governantes e senhores, por
este motivo os “respeitavam”. Porém, se tornavam passivos da ação dessas forças
para resolver seus problemas.
Diante
desta condição passiva, os homens começaram a sofrer explorações e ações que
despertavam sentimentos e instinto vinculados a sobrevivência. Então novamente
se despertou as primordiais motivações de outrora, que eram as mesmas, que
permitiram aos seus ancestrais se unirem, para combater o problema que os
atormentava. Só que desta vez, era para lutar contra o seu protetor. Ou seja,
um Estado, que praticava as mesmas ações e fatos que deveria ser por ele
combatido. Era um Estado contraditório e corrompido pelo poder.
Porém,
os homens se uniram de novo, e em um contexto extremamente violento,
conseguiram criar com o passar dos séculos, no contexto do processo de erro e
acerto, um Estado, onde o direito do cidadão fosse respeitado, e não afrontado
pelo próprio Estado, que é governado por homens. No entanto, a passividade do
ser humano aumentou. A ponto de o Estado ter que prover quase tudo ao
individuo. Praticamente o Estado se tornou um “deus”, porém, que não pode
castigar seus filhos mais rebeldes, tão pouco agir como um “deus”. Nesses
tempos, são os homens qualificados como mais fracos, que exploram o poderoso
Estado, enquanto os homens mais fortes, pagam o resultado desta exploração.
Se
justo ou não, só Cronus irá responder, mas o problema contemporâneo, que esta
sendo abordado, é a passividade manipulada humana, e não se o Estado esta certo ou não. Por quê?
É
de consciência de todos, que vivemos em um Estado de Direitos, justamente, para
o Estado poder agir, dentro da liberdade que lhe foi possibilitada. Porém, o
grande problema é: que para o Estado agir, necessita haver denúncias, pedidos
conscientes de serviços públicos, fiscalização e etc..., ou seja, necessita da
função responsável do cidadão, e não de pseudo cidadão, que age por má fé,
manipulado por alguém com interesse subversivo politiqueiro, ou por ignorância
de conhecimento de funcionamento do Estado.
Diante
desta condição, ocorre mais uma prova,
que é o ser humano o principal produtor de anomalias e do Câncer na Rede da
Vida. Pois, as pessoas ao verem uma ação criminosa, não reportam este fato as
autoridades competentes. Isto ocorre por que possuem medo de sofrerem represálias
do criminoso (seja que tipificação penal, civil ou administrativa que for).
Porém, fazem protesto contra o Estado! Como já foi supracitado em outros
propileus, houve um tempo, que se o povo afrontasse o Estado, independente de
motivo ou forma, a violência extrema seria sempre a resposta. Porém, hoje é
diferente, o povo prefere xingar e enfrentar o Estado, ao invés de se unir, e
enfrentar a anomalia, não deixando ela se criar.
É
difícil, ver um grupinho de três a cinco bandidos, colocar medo em uma população
de mais de mil pessoas. Isto ocorre porque as pessoas sabem que o Estado, não
irá reagir violentamente por qualquer motivo, como em outros tempos. Já o
potencial da anomalia reagir violentamente, é muito maior que a potencialidade
do Estado. Por este motivo que é preferível bater de frente com o Estado que
respeita a lei, mesmo não parecendo, do que afrontar a anomalia que não teme a
lei.
União
é poder! Não é incitação a justiça com as próprias mãos, mas, é um primeiro
passo para fazer o Estado enxergar, o que a burocracia não permite e o povo
comum não aponta. Pois, um exemplo disto é que existem muitas pessoas que
reclamam que os telefones estão quebrados, que a iluminação pública esta
destruída, que as placas e muros foram danificados, etc... no entanto, como
primeira ação, tentar junto com outras pessoas da comunidade descobrir quem são
os vândalos que provocam tal situação, e posteriormente cobrar das autoridades
providencias, preferem recorrerem as emissoras de televisão e rádio, estas por
sua vez, por possuírem em seu quadro de trabalhadores, pessoas esclarecidas,
porém corrompidas, preferem explorar “politicamente” o fato, manipulando a
cabeça de seu publico, para atingirem posteriores interesses.
O
certo seria, solicitar a manutenção e ao mesmo tempo promover a denuncia contra
os vândalos, diretamente junto aos órgãos competentes. E não através de
intermediários, mal intencionados. Pois, quando tem uma reportagem em que o
Estado supostamente não realiza a manutenção adequada do patrimônio público,
pouco se questiona, sobre os motivos que geraram aquela necessidade de
manutenção e posteriormente de se trabalhar a tentativa de resolver este fato
gerado pelo vandalismo.
O
que se observa com estes exemplos, é que a grande parte da população é passiva
e manipulada, sempre a espera de um “herói”, geralmente uma pessoa cheia de
ideologias, utopia e com boa argumentação, mas que na verdade, desconhece o
funcionamento estatal (mas acha que conhece), para tirar proveito, com
promessas e ilusões. Geralmente político, sacerdotes, ONG’s,...
Porém
o ser humano, não deveria necessitar disso, pois, ele nasceu com a capacidade
de aprender e ensinar, se aperfeiçoar, se agregar quando necessário...
Contemporaneamente, o conhecimento é um artigo popular, que pode ser adquirido
em escolas públicas, em livros distribuídos em bibliotecas públicas, pelo rádio
e em programas e canais específicos da televisão. Isso sem contar a rede
mundial de computadores (internet). Ou seja, só não é possível, ensinar a
coragem para as pessoas. No entanto, se pode fornecer ferramentas para ela
desenvolver e agir com sabedoria, real conhecimento de causa e extinção da
passividade e manipulação.
Diante
deste exposto, que se reverte ao título deste capítulo, quanto ao motivo que
se questionou se o homem precisa ser
protegido. Como é possível perceber, os seres duplamente sábios, possuem muitas
armas para combater as anomalias. No entanto, eles devem combater a principal,
que não é a que está fora dele, mas sim, a ignorância e o condicionamento que
reinam em seu ser. Mente fraca aceita tudo, menos o que lhe faz enxergar. Pois,
quem esta manipulando e tirando proveito das pessoas, geralmente, tipificam e
denominam o que é subversivo a ele. Um exemplo: se este livro for visto por um
sacerdote mal intencionado, devoto da materialidade e de seus meios de
obtenção, vai proclamar isto como coisa de “Lúcifer”; já o professor carregado
de ideologias utópicas e falidas, se referirá a esta obra, como um livro de
conteúdo sem valor nenhum, lixo,..., os políticos mais espertos, como
subversivo e assim vai. Mas, ninguém vai perguntar o que o povo acha em seu
intimo. Pois, sabe que se fizer isto, vai verificar uma mudança que afrontam
muitos interesses “sujos”.
O
homem precisa de ajuda, já que ele querendo ou não, se vincula a nós, e assim
sucessivamente. E partindo do principio, que toda ação gera uma reação, então,
deve-se exterminar a ignorância dos homens. Mas não com ideologias, mas sim,
conhecimentos e desenvolvimento da
sabedoria, no contexto da ação de respeito ao seu livre arbítrio e convicções,
até o dia que ele realmente conseguir entender o que se pretende mostrar a ele,
sem tê-lo condicionado a isso.
Ao
proteger o homem, se protege a sobrevivência do ser humano, e o meio que ele
vive e lhe provem sustentação. Mesmo ele não tendo contemplado isto ainda em
seu raciocínio condicionado de interesses e bloqueios ideológicos e
dogmáticos.
Proteger
é ensinar e mostrar o erro, mas ao mesmo tempo incentivar o ser a corrigir o
que está errado. No entanto, existe uma questão muito relevante para ser
refletida: como ensinar alguém, que não aprende nada com a morte; não aprende
nada com a violência, não aprendeu nada com a fome e a miséria; que não
aprendeu nada com o conhecimento e tão pouco com a experiência vital que
convive?
Que
tipo de ajuda, que nós seres humanos que já não tenhamos vivenciados, realmente
precisamos?
É
duro admitir, mas o homem esta consciente dos caminhos que deve seguir, das
ações que deve evitar e do real bem comum que deve proteger. Mas o problema é
que não o coloca em pratica. Por quê?
Uma
resposta que muitos na Terra já sabem, porém, ainda não encontraram as palavras
“mágicas” para expressá-las, a ponto de convencer o homem a ser um propagador
de uma real mudança.
É
por este simples motivo, que se questiona, se os seres da raça de ferro,
precisam realmente de ajuda?
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