Notoriamente o ser humano se destaca e leva
vantagem sobre os outros seres devido a sua capacidade intelectual. Porém, em
contra partida é o elemento da Natureza que mais altera o planeta Terra.
Não existe um meio de estagnar as alterações,
pois o Universo é uma constante e permanente alteração. E se levar em
consideração que a sorte do acessório (os seres humanos) é consequência da
sorte do principal (Universo), então seria possível admitir que o homem segue o
padrão.
Porém, poderia se expressar que não é bem
assim. Principalmente se levar em consideração que as mudanças promovidas pelo
progresso aceleram demais as mudanças que ocorrem no meio e que afetam o homem
e não é acompanhada pelo instinto de adaptação que é outra característica dos
humanos.
Mas o Universo muda constantemente, e o homem
é composto dos mesmos elementos que formam o Universo, então onde esta o
problema?
O problema é que o suposto progresso corrompe
e limita a intelectualidade forjada na sabedoria. Ou seja, apenas enche o ser
com conhecimentos, mas não com mecanismos que lhe permitam usar para o “bem
geral de fato” mas para o bem superficial de consequências que agravam outros
problemas.
A atual concepção de “progresso” não respeita
a Rede. E por efeito, este desrespeito compromete a existência do ser. Mesmo
tendo por perspectiva que um dia a humanidade irá desaparecer. Mas porque não
adiar este dia para mais tarde?
O homem se diz superior aos outros animais.
Porém, os outros animais só satisfazem as suas necessidades biológicas e não as
psicológicas, alteram o meio o menos possível. Um cachorro por exemplo já se
contenta com um carinho, o ser humano busca sempre mais; já o rato só se
reproduz se o meio lhe fornece água e alimento para a prole, já o ser humano se
reproduz por acidente, irresponsavelmente, sem contemplar sua realidade.
Resumindo o progresso contemporâneo, visa a atender as vontades psicológicas
humanas, e por este motivo que a sociedade colhe a violência, doenças,
tristeza,... Onde esta o intelecto superior?
Mas se o progresso fosse norteado a não
afrontar a Natureza e atender somente a real necessidade de sobrevivência
humana, sem se contaminar com a moda, luxo e interesses econômicos, talvez a
realidade da humanidade, seria mais prospera.
Mas se o fim é inevitável, por que se
preocupar?
A resposta para esta questão se resume a uma
outra pergunta: “qual a melhor morte: morrer em meio a um inferno ou morrer em
meio a um paraíso de forma natural?”
É contraditória tal pergunta, já que a ideia
é evoluir sem se submeter a emoções mais profundas. Porém, viver em um mundo
sem lei, toxico a vida e principalmente de aparência, não seria um bom legado
para as futuras gerações. Da mesma forma que não podemos legar para o futuro da
Terra, gerações que agravem mais os erros que nos produzimos no presente.
Viver é primordial, mas
preservar o meio para que outros também possam desfrutar da vida é essencial.
Diante disso, se questiona: que modelo de progresso realmente interessa para
nós?
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