terça-feira, 17 de dezembro de 2013

PROGRESSO?




Notoriamente o ser humano se destaca e leva vantagem sobre os outros seres devido a sua capacidade intelectual. Porém, em contra partida é o elemento da Natureza que mais altera o planeta Terra.
Não existe um meio de estagnar as alterações, pois o Universo é uma constante e permanente alteração. E se levar em consideração que a sorte do acessório (os seres humanos) é consequência da sorte do principal (Universo), então seria possível admitir que o homem segue o padrão.
Porém, poderia se expressar que não é bem assim. Principalmente se levar em consideração que as mudanças promovidas pelo progresso aceleram demais as mudanças que ocorrem no meio e que afetam o homem e não é acompanhada pelo instinto de adaptação que é outra característica dos humanos.
Mas o Universo muda constantemente, e o homem é composto dos mesmos elementos que formam o Universo, então onde esta o problema?
O problema é que o suposto progresso corrompe e limita a intelectualidade forjada na sabedoria. Ou seja, apenas enche o ser com conhecimentos, mas não com mecanismos que lhe permitam usar para o “bem geral de fato” mas para o bem superficial de consequências que agravam outros problemas.
A atual concepção de “progresso” não respeita a Rede. E por efeito, este desrespeito compromete a existência do ser. Mesmo tendo por perspectiva que um dia a humanidade irá desaparecer. Mas porque não adiar este dia para mais tarde?
O homem se diz superior aos outros animais. Porém, os outros animais só satisfazem as suas necessidades biológicas e não as psicológicas, alteram o meio o menos possível. Um cachorro por exemplo já se contenta com um carinho, o ser humano busca sempre mais; já o rato só se reproduz se o meio lhe fornece água e alimento para a prole, já o ser humano se reproduz por acidente, irresponsavelmente, sem contemplar sua realidade. Resumindo o progresso contemporâneo, visa a atender as vontades psicológicas humanas, e por este motivo que a sociedade colhe a violência, doenças, tristeza,... Onde esta o intelecto superior?
Mas se o progresso fosse norteado a não afrontar a Natureza e atender somente a real necessidade de sobrevivência humana, sem se contaminar com a moda, luxo e interesses econômicos, talvez a realidade da humanidade, seria mais prospera.       
Mas se o fim é inevitável, por que se preocupar?
A resposta para esta questão se resume a uma outra pergunta: “qual a melhor morte: morrer em meio a um inferno ou morrer em meio a um paraíso de forma natural?”
É contraditória tal pergunta, já que a ideia é evoluir sem se submeter a emoções mais profundas. Porém, viver em um mundo sem lei, toxico a vida e principalmente de aparência, não seria um bom legado para as futuras gerações. Da mesma forma que não podemos legar para o futuro da Terra, gerações que agravem mais os erros que nos produzimos no presente.
Viver é primordial, mas preservar o meio para que outros também possam desfrutar da vida é essencial. Diante disso, se questiona: que modelo de progresso realmente interessa para nós?   

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