Existem
vezes que da ganância deriva a corrupção, seja ela passiva ou ativa. Neste
contexto, alguns seres que representam a digna classe dos policiais, juízes,
promotores, políticos e servidores públicos gerais, que deveriam por lei
protegerem e organizarem os homens tornam-se hipocritamente nocivos a
sociedade, pois são corruptos.
Nesta
concepção, se demonstra que funcionário público é a pessoa que desempenha uma
função pública na administração direta e indireta, prestando serviços e
organizando a sociedade nos seus mais variados setores, que se configuram como:
saúde, educação, infraestrutura, justiça, segurança, administração,
fiscalização e representação. Sendo assim se verifica a extrema ligação que
estes elementos possuem com a ordem social e por efeito com o próprio ciclo
existencial humano. Por exemplo: o policial possui como função a segurança do
cidadão, coagindo e repreendendo as ações ilegais, investigando,
conscientizando, prendendo anomalias, cuidando do patrimônio público e privado,
colocando a sua vida em risco em prol de pessoas que nem conhece,... Ou seja, é
o policial o responsável pela proteção do cidadão contra a ação daninha de um
outro ser humano. No entanto dentro da categoria dos policiais, existem aqueles
que não seguem o código de ética e de deveres de um policial, pois, facilitam a
fuga de criminosos, vendem informações, fecham os olhos para certas situações,
perseguem colegas policiais que estão cumprindo com o seu dever, fora outras
situações que alimentam o crime, fazendo o mesmo aumentar. Não precisa tecer um
longo comentário para explicar como estas ações são daninhas ao ciclo
existencial humano, já que elas por efeito geram o aparecimento de um predador
(um elemento indeterminado que pode ser desde um humano a um evento
natural,...). Pois, os que possuem o poder legal para combater as ações
condenáveis dentro da sociedade estão corrompidos ou se encontram ineficientes
pela erva daninha que corrompe a estrutura da instituição que representam.
O
problema é que isto gera seres com sede de vingança (o predador), que buscarão
o rompimento do ciclo vital de falsos policiais e anomalias ligadas a ele, com
rigor e crueldade, entendendo que não basta tirar a vida. Tem que fazê-los
sofrer antes do momento final. Porém, o ataque a um membro da polícia por mais
sujo que este esteja é um atentado a própria polícia, e aceitando ou não, a
função da instituição é defender quem é
bom ou ruim. Mesmo achando certo ou não. E ainda lembrando que dentro da
categoria não é só um que pode estar corrompido, mais outros, então a reação
policial poderá ser maior, já que quem pode estar comandando as investigações,
possa ser um policial corrompido, que estará cumprido o seu dever e ao mesmo
tempo defendendo a sua pele. Esta é a situação. Neste contexto o cidadão
cedente de “justiça” se torna bandido perigoso, por causa da bandidagem.
Diante
disso é possível perceber que o Câncer é contagioso. Transforma pessoas boas em
anomalias.
No
entanto, as vezes a ganância e os interesses chegam onde não deveria, ou seja,
no poder judiciário. É notória a importância do operador do direito dentro da
sociedade, já que eles são responsáveis diretos pelo funcionamento da justiça.
Ocorrendo a corrupção dentro destas frentes, ocorre o mesmo que alguém dizer:
“ser daninho na sociedade é crime, mas para você eu vou fechar os olhos”. É
este o terrível fato que ronda a sociedade, quando um juiz vende suas
sentenças. Pois, “facilita” a vida de bandidos, dando a entender que a
liberdade e os erros cometidos possam ser pagos com dinheiro ou favores, e por
estes motivos podem ocorrer livremente. Dentro deste exemplo, se cria a
perspectiva, do “não vai dar nada!”, pois a polícia prende, e depois tem que
soltar, o processo corre e de repente é extinto, some, ..., resumindo, não deu
nada. A única coisa que ficou foi a dignidade rasgada de quem foi assaltado, a
dor de quem perdeu um filho para o tráfico, o ódio de quem viu sua filha ser
violentada..., e tudo isto pode gerar a justiça pelas próprias mãos, que não
dará nada também, mais vai trazer um desequilíbrio na Ordem. Pois, uma pessoa
que aprende a matar, geralmente deixa de acreditar nas leis e se torna não um
conspirador, mas uma vítima da ineficiência da justiça. Que não lhe vingou,
usando a lei. Já o promotor que tem o papel de fiscalizar a justiça, mas fecha
os olhos para isso, também é um conspirador.
Porém,
isto só é uma superficialidade visível, pois, como explicar o relato que por
coincidência escutei involuntariamente numa fila de um banco entre um suposto
estagiário de um Tribunal de Justiça e um provável conhecido dele. O estagiário
comentava que havia tecido acórdãos e decisões judiciais! Pois, segundo o
comentário, um professor Doutor Juiz Federal de Direito solicitou na sala de
aula onde ele cursava Direito que seus alunos fossem voluntários para
“analisar” e darem pareceres sobre alguns processos (só 70) dois para cada um
da turma, fora a outra turma, isto enquanto ele esteve na academia. Resumindo,
comentava o desconhecido, que ao verificar e se deparar com uma decisão deste
mesmo juiz em um caso futuro a esta situação descrita, descobriu surpreso que
era a decisão tecida por ele no suposto trabalho. Curioso com tal acontecimento
foi verificar outras decisões, descobriu que todos os processos analisados
pelos seus colegas de classe tinham como resultado, a decisão tecida na
academia.
Diante
desse exemplo de irresponsabilidade eu questiono, e a decisão de um aluno que
fez de qualquer jeito simplesmente para tirar nota. Mas que valeu oficialmente.
Foi justa? Prejudicou quantos? E a jurisprudência daquela decisão que corre nos
tribunais?
Como
conseguir entender as motivações para decair em ganância e corrupção quem
possui cargo vitalício, bom salário, respeito social, estudo, bom convívio
social e sabedoria? Que procedimento de recuperação necessitaria alguém assim?
Será que só a foice do anjo da morte o perdoaria? E os outros que vivenciaram a
ação do anjo, porque continuam no lado obscuro da sociedade? Qual é o segredo,
a verdadeira verdade que estão protegendo? Não há explicação plausível. Espero
que um dia exista, pois, a Teia não pode ser eternamente regada de sangue, para
punir e ser exemplo.
Já
quando nos reportamos aos políticos corruptos ocorre o mesmo raciocínio no
contexto do funcionalismo público, verificamos que suas ações conspiram
gravemente contra a Ordem, pois recursos desviados por eles estagnam setores da
administração pública específicos e necessários a sobrevivência e ao
desenvolvimento de um povo. Pois, quando o homem passou seus diretos de
auto-proteção e de sobrevivência para a supervisão do Estado, ele quis dar
forças a uma entidade que conseguisse impedir a possibilidade da ação humana do
mais forte sobre o mais fraco, da auto-justiça,... que se configuram na ideia
de que “o homem, é o lobo do homem”, encontrada na Teoria do Contra Social de
Thomas Hobbes.
Nesta
contextualização verifica-se que por causa de uma ação desonesta de um
político, pessoas morrem, a economia para, a ordem social vira um caos, as
pessoas ficam ignorantes por falta de Educação, a poluição corrói a saúde,
crescimento desordenado das cidades, o crime organizado ganha força, o
terrorismo surge como reação, doutrinas extremamente radicais renascem ou
surgem,... em consequência disso, que acaba sofrendo, é o homem de bem, tanto
em sua evolução quanto no seu bolso.
Porém,
foi nesta perspectiva que vi que quem faz o político desonesto, não é o próprio
político apenas, mas tem colaboração do povo leigo e ganancioso. Por quê?
Se
trabalhar com o princípio de que o político não é um “ser alienígena”, que
desce do céu e assume o poder. Sem muito esforço se chega a conclusão que o
fulano saiu da sociedade. Sociedade esta formada por pessoas, como eu e você.
Sendo assim, quem coloca o governante no poder a princípio somos nós. De onde
sai o governante? Sai da sociedade. Sendo assim, por mais boa vontade e
honestidade que este possua, o povo consegue corrompe-lo. Eis que não importa a
classe. Em época de política, grande parte da sociedade, vira mendiga, e não
deixam em paz os candidatos. Pedindo, desde água-ardente até privilégios ou
facilidades para suas empresas. Resumindo, se um candidato não cede, outro
cede.
Isto
me fez contemplar uma consideração plausível, de que é fácil reclamar do
governante e dizer que ele não presta. Porém, é difícil de enxergar que um dia
ele saiu do meio de nós, que reclamava das mesmas coisas, mas que para chegar
ao poder, sofreu uma forja de interesses. Sendo que os responsáveis pela forja
deste que nos representa no poder, fomos nós mesmos. É por isto que existe um
ditado que cita que cada povo tem o governante que merece.
Mas
o ser que é consciente, por que tem que aceitar isto. Por que esta numa
Democracia? Ou seja, o poder e a sua sustentação, se manifesta nos mecanismo
que melhor mantenha calmo a população. A Democracia, se forja nas promessas e
nas ações estrategicamente políticas e também na politicagem.
Mas
culpar um político por estes sintomas é complexo. Pois, as vezes o Estado sofre
a consequência de administrações anteriores e os políticos que administram no
presente, sofrem a culpa, as vezes sem ter. Ou sofrem ataques da mídia
corrompida,...
Estas
concepções devem ser observadas, porque o mundo da política possui infelizmente
um lado muito sujo, carregado de intrigas e planos para se destruir a imagem de
pessoas políticas..., promovidos por outros seres, que desejam estarem no lugar
de quem pretendem derrubar. Mas não para mudar as coisas, mas para mantê-las do
mesmo jeito, no contexto de um novo cenário.
Já
os servidores públicos não citados e comentados, são aqueles que fazem parte da
estrutura do Estado, vai desde o faxineiro até ao Secretario ou Ministro. Eles
foram lembrados e também são passivos de responsabilização pelo ato de
corromper a sociedade, porque é muitas vezes por eles que se processam os desvios
de verbas, é através deles que se fazem trocas de favores que beneficiam
particulares e não toda a população. É através deles que pode se iniciar os
sintomas de câncer na sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário