segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

ENTENDENDO O QUE NÃO SE ENTENDE OU ACREDITA.


Estou perdido! Então você esta no caminho certo! Respondia o eco que vinha do labirinto que é atravessado quando se procura por algo cujo, não se sabe o que é. É assustador, mas atiça a curiosidade. E quanto mais se descobre, mas ficamos perdidos. Até, que aparece um novo rumo, que nos ensina mais um pouco, mas, propositalmente nos abandona. Parece que nos força a pensar, a considerar tudo que foi aprendido até ali. Então olhamos para cima, e vemos que o labirinto não tem teto, apenas parede, que podem ser escaladas, para lá de cima ser contemplado um caminho sem obstáculo. Plano, com um fim não condicionado. Mas para ter alcançado esta conclusão, tivemos que ver o que o condicionamento das paredes dos corredores do labirinto não permitiam. Tivemos de ter a coragem de escalar as paredes, as quais eram altas demais, e que poderiam ser o caminho para a morte ou a deficiência, se caso caíssemos. Porém, tínhamos que decidir, já que descobrimos um caminho novo. Mas o problema era considerar o que era fundamental para uma coerente decisão. E não a uma superficial decisão, que pouco faria diferença se seguíssemos pelos corredores do labirinto, ou andássemos, sobre eles.     
Neste contexto, as considerações fundamentais se tornam uns dos elementos básicos da sabedoria, que se reverte ao processo de reflexão, para a ampliação das perspectivas encontradas nas tendências que fundamentam nossa maneira de pensar e agir no contexto da Ordem. Isto não quer dizer que sejam noções rígidas, que devam ser tomadas como único norte que fundamente as ações de um Guardião. Porém elas são noções em sentido amplo que funcionam para ativar o processo de decisão entre proteger ou não proteger a Ordem. Ou seja, elas não vão produzir uma resposta para o veredicto final, mas sim vão criar uma complexa abordagem que mais confunde, do que soluciona. Pois, isto se deve pela forma que os seres humanos são forjados, e pelo próprio reflexo evolutivo desse sistema interdependente.  
A não compreensão ampla dos elementos fundamentais, além do que é escrito, é a não compreensão da nossa própria missão existencial, seja ela, como Guardião da Ordem, ou como, um mero viajante pelos fios que tecem a Rede. Pois, as ações humanas, não são estáticas como as palavras construídas com letras de um alfabeto fonético.
Porém, quais são estes elementos basilares?
Deveriam ser noções amplas de valores. Mais isto é superficial demais. No que tange o deslumbre de um macro universo complexo. Por este motivo, não existe uma lista. Isto ocorre porque, não é um rol de conceitos que definem o norte a ser explorado, e sim a necessidade, dentro de um processo de erro e acerto, a qual só pode ser compreendida observando, refletindo e a vivenciando. Valores são o resumo da expressão concreta da artificialidade humana.
 Diante disto, tudo se torna relevante e ao mesmo tempo descartado, já que estamos cercados por consequências de nossas próprias ações, motivadas por reações, de gênese sentimental, instintiva, racional, ideológica, natural,... Este fato acontece, porque se encontramos presos a um campo complexo e ilimitado de ligações, que se tornam a matriz  uma das  outras. Entendendo estes elementos fundamentais, que complexamente serão definidos na necessidade da caminhada do ser, se entende os elementos derivados deles que muitas vezes são a evolução e sustentação da vida.   
Porém, seu desafiador e suposto entendimento, independem de serem analisados pela lógica formal. Porém, que se condicionam involuntariamente a quebra da lógica, desvinculada de qualquer técnica de análise única e exclusiva. Isto porque, ações  humanas não são números e não se estabelecem dentro de uma consideração exata. São variáveis extremamente radicais, dinâmicas sem nexo e complexas, fora do universo plano.   
O que deve ser considerado e como encontrá-los?
Primeiramente é entender a “consideração geral”, a qual se liga a sobrevivência humana, uma sobrevivência que não destrói a Teia, mas que se reverte em consequências ao ser humano e ao meio que lhe faz sobreviver. Pois, rompe os fios que o liga com a essência original, com um estado de espírito condicionado á uma utópica harmonia. Ou seja, que desacelera o processo de metamorfose da Teia. Acelerado pelos seres humanos, que desencadearam o que não tem como ser parado, a não ser por um grande processo de caos, que deve ser no mínimo adiado. Pois, caso contrário, o principal vetor da mudança que é o homem, tende a desaparecer.  
E em um segundo momento, é que resposta condicionante, não responde esta questão. Como também nada que corrompa o livre-arbítrio. Porém, esta resposta já é uma condicionante de ação. Diante disso, o mais plausível a ser tecido, é que o caminho da sabedoria, esta em aprender a escutar, refletir e a ter paciência para descobrir. Pois, quem deve mostrar os nossos primeiros passos, são as nossas ações e pensamentos.
Se olhe pelos olhos dos outros, mas não obrigue ninguém a te ver pelos seus olhos. Não crie uma lista do que deve ser considerado ou desconsiderado, no que tange uma reflexão. Pois, o que vale agora, por causa de uma nova visão ou conhecimento de uma nova plausível informação, não terá o mesmo valor amanhã. Nunca esqueça, a vida é uma constante metamorfose. Uma variável indefinida que não se adapta a nenhuma lógica. Mesmo, havendo tentativa de se fazer isto.
Não espere que os outros compreendam seus pontos de vistas e raciocínio. Mas observe e considere que apesar de todos humanos possuírem uma racionalidade, estes não a desenvolvem da mesma forma. Por este motivo, em muitas situações o que para você é um conhecimento comum, para outrem é extremamente complexo. Mas a de ressaltar que isto é válido em sentido amplo, e não apenas na interpretação destas palavras. Pois, quantas foram as vezes que na busca de um serviço profissional ou informação, somos surpreendidos por pessoas que não possuem as informações necessárias ou a competência que seu cargo ou status exige? Ou quando possuímos a informação correta ou o conhecimento do procedimento necessário para um específico fato, e simplesmente os buscamos na necessidade de uma circunstância, verificamos que o que buscamos esta sendo feito errado pela pessoa responsável. E quando demonstramos o erro ou pleiteamos o que é certo, não somos atendidos, porque a pessoa acha que ela esta certa. Consequências: conflito, efeitos futuros,...  Ou seja, tudo porque alguém não possuía o conhecimento necessário para recepcionar uma solicitação cotidiana, a qual deveria dominar e não achar que esta certa. Com os pensamentos complexos e mais abrangentes ocorre o mesmo. Não espere que todos possuam o mesmo status de sabedoria e conhecimento que você carrega. Eis, que uns ainda não conhecem e compreende as informações que você carrega (não me refiro apenas a filosóficas, mas também as gerais e notórias). Já outros podem estar mais avançados. Existem ainda os que aparentam conhecer algo, pois possuem muita informação e conhecimento, mas não carregam a sabedoria além de não perceberem o condicionamento doutrinário que os cegam. No entanto estes se acham com a razão.    
Porém, a consideração fundamental principal que deve ser sempre respeitada, é a interdependência existente entre as noções de valores e suas respectivas gêneses. Fundada em noções reais, e não em condicionamentos. Fundado no que existe e não no que é artificializado pelo homem. O que parte de uma mentira, nunca vai ser verdade, mesmo não havendo lógica na Teia da Vida. Identificar o que existe realmente, e dar os primeiros passos para afastar o caos que afronta a vida que condicionamos. 
Se percebermos que existe uma interdependência entre ações e reações, então se considera que para entender as consequências geradas pelas dores de uma alma, é necessário primeiramente, explorar, refletir e compreender a fundo, as dores que levam sombras a nossa própria alma. Esta é a consideração base que não se pode deixar de contemplar.
Antes de questionarmos as imperfeições mundanas, devemos verificar se nos estamos realmente certos. Se são coerentes nossos raciocínios. Se eles não se contradizem. É esta a consideração fundamental para a análise de qualquer valor, observação ou pensamento. Pois, se concluímos algo com a alma corrompida por um raciocínio imperfeito. Por efeito a visão que temos do mundo será imperfeita e passível de contestação.  O problema é: como descobrir se estamos raciocinando certo, sem a ação de condicionamentos e elementos que corrompem qualquer ser?   

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